mesmo nós sendo só
pessoas
que não são nada
sempre somos o nada
sou a completude do nada
sou os beijos
confortos e completudes do nada
sou seio que conforta
e a garganta que esmaga
e a mão que vai na cara
dentre outras coisas que passam por ela
sou cera quente nas visceras
E o entorpecer no fim da tarde
sou o tempo que precisa para renderizar
sou a impaciência
sou o gozo em uma cara cheia de sangue
e quem é você?
Você é algo
alg-uém
que quero conhecer
O seu nada tem máscara
De tudo
Que é o fetiche do desconhecido
Me mostre o novo que não existe
um olhar, um cintilar
de dentes brilhosos
pedras preciosos olhos
estes não as obsidianas frias do outro
mas pedras vulcânicas
a lava escorre por dentre eles
e sua tentativa de conter a própria torrente de líquido mortal
fogo em plasma te consome
ebulição
não quero que se contenha
mas se atenha
aos fatos
de que somos irresistíveis
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