Esse é o poema
E prosa hei de recitar
Parece que dos abricós, resta o pomar
Mesmo com a chuva, não tema
Saudades da jade, de paisagismo
Que eu tive o prazer de desenhar
Dormindo, a desfrutar
O ar do pamplonao, vivo organismo
Saudades de minhas colegas de interiores
Comentando aulas de danusinha
A turma fazendo GD, tadinha
No Sketch-up botaram flores
Dos professores, hei de contar pouco
Há um mais rígido,
Outro mais louco
E outro chato
Quem conhece sabe
Há o legal, que elogia e estimula
E o que fala: Copia, é pro seu bem
De ferro, ninguém
Mas as pessoas de lá me deixam em paz
Como ninguém
Seja Natália, Esther, Carol, Bia
Rabiscando setas e caveiras
Fazendo poses e caretas
Não rimei nada agora,tá, isso é arte
Da escultura? Jéssica, Guilherme, Tuti
Esse último, penteando meu cabelo liso e caído
E o Gabriel com suas flores e flautas
Fico feliz por não termos te perdido
No meio da mata, quando fomos explorar
Essa faculdade tem muito o que proporcionar
Tudo correu bem, não morreu ninguém
Só fomos picados por mosquitos
Um beijo pra galera de pintura
Pretendo me mover um centímetro
E me juntar nessa aventura
E lá estarei eu, simples criatura
E cá estou eu, e sinto saudades, doce dor
Dos momentos divertidos, de ir ao museu
E a maior obra de arte que eu achei, senso meu
Foi um extintor
Fernanda, uma das primeiras pessoas que fiz contato
Que mesmo sem conhecer, já tive tanto tato
Fernanda, onde estamos indo?
Eu não sei, estava te seguindo
Tassiane, melhor piadista
Te adoro pelo que você é
Que artista!
Saudades de voltar contigo pelos meios mais toscos e simples para economizar moedas
Do pessoal da minha turma tenho muito a dizer
Pena até de introduzir esse enorme contexto
Para você, fulano do outro lado da tela ler
É um grande texto
Crislaine, com sua sensibilidade
E por onde eu me metesse
Sempre distinguia seu falar doce
Mentira, porque ela falava baixo
Enquanto eu era tormenta e ambição
Ela era calma, pacífica
Linda, causa comoção
De enxergar, sentir, alma rica
Lucas, com o olhar curvado
Sempre ligeiramente atordoado
Mas com o inquietante prestes a voar
E tua arte a se libertar
Da cabeça que tanto pensa
E da boca que pouco fala
Mas ele sabe que compensa
E é um bom amigo dessa que lhes escreve, essa mala
Victor, com os cabelos negros e olhos brilhantes
Parecem em ébano, diamantes
E exalam tanta paixao
Encanta de idosos a infantes
(menos quando fala rude com a danusinha)
Calú, sentiremos sua falta
Do seu semblante, da sua calma
E sempre irei me lembrar
De quando havia um galo ali
Lembra?
Wallace, com dois metros de timidez
É um homem de paciência
Que achava que tinha pelos números
O que a arte substituiu, e assim fez
Bruno e Cecília, o metaleiro e a gótica
Estar com vocês sempre é uma experiencia mágica
Olha como virei cliche
Mas com vocês, sei que posso contar
Como todos os outros, que eram de exatas
Amo a ciência, e meus colegas da química
Mas sou apenas artes, cabeça corpo e patas
Ainda saio com os químigos, fazemos mímica
(é sério, pergunta pra Hylana)
Erikson, lembra quando você leu minha mão?
E eu tinha esquecido
Que em meio a choppada
A sua eu também tinha lido
E o cebola, que enquanto eu era pranto
Não me olhou com espanto
Mas me cobriu com invisível manto
E disse que tudo ficaria bem.
O Caio, a Bruna, o outro caio e o carteado
Sempre no bar a conversar
Falando dos professores
E de como tem que ler e pesquisar
Iris, marcelo, ricardo, luis
A das formas digitais
O viking e tudo mais
O rebelde que muito faz
E o rei do RPG
Isaac, com seus figurinos a brilhar
Não dá para olhar em seu semblante
E não ser contagiado, hipnotizante
Tamanha alegria ao trabalhar
O Pablo não posso deixar de citar
Por ter sido o único, e primeiro
A me desenhar
Obrigada pela recepção
Desculpe-me, outros cursos
Mas a belas artes tem uma linda comissao
De trote, que é com educação
E em meio a tudo que me afligia
Meus conflitos internos eu apenas via
A galera de desenho industrial
Quebrar a cabeça na melancia
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