Vazio
Meus olhos estão pesados
Meus dedos se movimentam rápido
Tec tec tec tec
A luz branca da tela me incomoda
Minhas pálpebras mal se aguentam
Meu corpo está cansado
Clama por piedade
Depois de um dia exaustivo, quase sem repouso.
Minha mente não permite, não consegue.
Se desligar
Quero dormir
Mas minha cabeça está cheia de ideias
Ideias ligeiramente inúteis
Levemente insubstanciais
Já falei com todos que passaram
Por essa madrugada amena
Foram dormir
E aqui resto eu digitando, tentando expressar meus pensamentos.
É como se nada passasse pelo meu cérebro
Fosse direto do meu inconsciente para meus dedos e então
Para a tela.
Ah, a tela
Tao brilhante, mas brilho ruim
Brilho maligno que perturba minhas retinas
E música
Que com seu barulho
Tenta anular o barulho que tem dentro de mim
Caos destruindo o caos
Silêncios fazem mal
Vou repousar minha cabeça
Nesse travesseiro
E você se pergunta
Por que você escreve em pequenos períodos?
E eu digo:
Pois acho que assim o texto fica mais fluido
Me considere modernista
Poderia rimar, sim, poderia.
Mas enche o saco. Fica parecendo texto de teatro.
Vou cerrar meus olhos, fechar as cortinas, enxergar o breu.
Faz bem, sabe.
Boa noite.
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