Primeiramente sonhei com o enem. Sonhei que estava eu e
Larissa e os pais dela (?) em algum lugar parecido com uma recepção de algum
lugar, acho que ela estava indo ao médico. Eu só sei que recebi a incrível
notícia que no papel de escrever as respostas do enem, tinha que colocar
respostas intercaladas, uma área para humanas e outra para natureza, com cores
diferentes. E que você precisava ver o número das questões bem específicas
porque ás vezes elas vinham trocadas. Resultado: Eu surtei. Eu recebi essa notícia
e já fui falando:
-Tudo bem, eu vou fazer uerj. Comecei a me amaldiçoar por não
ter me inscrito na FUVEST. Fiquei pensando em um ano em que eu iria ficar
naqueles prédios cinza e sombrios, com laboratórios disputados.
E a mae da Larissa tentou me confortar, falando que não devo
ter ido mal. E eu comecei a tentar contar meus pontos levando em conta meus erros. Outra pessoa chegou, acho que era
minha amiga Giovanna, e me falou que o esquema de marcar as respostas era
facílimo, que estava em roxo bem brilhante, e eu surtei de novo, falando que não
vi nada roxo, só rosa. Branco e rosa. Mas a Larissa cismou que tinha azul
também, um azul escuro que ficava bem separado. Entrei em pânico, dizendo:
-Assim fica difícil, sem a foto do cartão resposta pela
internet.
Vocês não tem ideia o quanto eu fiquei aflita.
Continuando.
Muda o cenário, muda a história.
Estava eu com o Diogo, outro amigo meu.
No terraço de uma empresa importante de construção, acho.
Tinha umas escavadeiras, uns guinchos, umas pessoas pegando coisas para lá e
para cá. E eu lembro de ter perguntado a ele o que era aquilo tudo, mas esqueci
a sua resposta. Ele andava no meio de todo aquele caos, o chão cheio de cal e
poeira, eles carregando sacos de areia (?) e instrumentos, o tempo todo, quase
que ignorando a gente lá no meio.
Até que vejo um policial levando um cachorro marrom grande,
como um doberman mas com cara de vira-lata, mas bem sério, o cão. Eu fiquei
curiosa para saber como era a cabeça de um cachorro desses e assobiei para ele,
mas nem ligou, só estreitou as orelhas. Presumi, então, que se tratava de um
detector de bombas. Fomos dar um passeio em um carrinho de polícia que vagava
por lá, (já percebi que meus sonhos são repletos de veículos), e descemos em
uma parte mais isolada do terreno, em frente a alguma coisa coberta de cimento
fresco. Saímos, eu, Diogo, o policial. Vi um cachorrinho lindo, filhote, um
husky siberiano de olhos azuis e pelo cinza, a coisa mais linda do mundo.
Fiquei brincando com ele, fazendo carinho nele, deleitada
com o cachorro. Eu percebia que ele era meio avoado, ás vezes não percebia o
que eu fazia, mas eu fiquei muito feliz com ele. O policial avisou:
-Ele ficou completamente surdo com uma explosão. Não tem
mais valor comercial nenhum.
De algum motivo, eu sabia que iam sacrificar o coitado do
cachorro. Eu, moradora de apartamento, convivente com pessoas odiadoras de animais,
entrei em pânico novamente.
Quis levar o bicho para casa, dar lar e amor para ele, um
cachorrinho tao dócil que mordiscava meus dedos, de brincadeira. Me partia o coração,
de verdade.
Eu comecei a chorar. E disse:
-Já que ele não serve mais, vocês jogam fora. Era só mais
uma peça na empresa de vocês, só mais uma máquina.
A droga do policial afirmou com um menear de cabeça e eu
chorando com o cachorro no colo, eu morrendo, o cachorro brincando e feliz da
vida.
Eu estava tao tocada e tao emocionada, que no fim do sonho
eu acordei, e senti uma lágrima escorrendo, e percebi que não era a primeira.
Sou um lago de emoções mesmo.
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