Primeiramente, preciso realizar um apelo a todos meus
amigos: saiam mais comigo, estou refletindo tanto que estou quase virando um
espelho. Segundamente, fui eu andar pelo shopping da Zona Sul, Rio sul. Nome autoexplicativo.
Várias pessoas diferentes passam por lá, mas posso traçar um estereótipo:
jovens levemente bem vestidas, baixinhas, com tênis da moda, alguns
acessórios... Ah, geralmente andam em bando, com seus Smartphones nas mãos,
geralmente rindo e comentando sobre algum famoso. E os homens? Jovens com
bonés, os mesmos tênis da moda, umas blusas sem mangas, bermudas, tudo de
marca, os famosos playboys. Isso sem contar a quantidade incrível de casais e
famílias, todos geralmente abastados, a família muitas vezes vai toda, levando
até os pequenos, que ficam correndo e berrando por aí, mas os parentes tentam
compreender e reprimir qualquer sentimento negativo e achar bonitinho que os
mais novos sejam mini demônios. E as lojas? Todas arrumadinhas, com vitrines chamativas,
noventa porcento lojas de roupas, lojas para grávidas, ah sim, muitas grávidas
e casais novos e ricos, que querem fazer quartos banhados em ouro para seus primogênitos.
E eu passando por todos esses, me sentindo ridícula em meus trajes, um vestido
florido, coisa que quase nunca uso, me sinto bruta demais para isso, sério, me
sinto como um urso em um vestido. E pensando em como eles devem gastar dinheiro
com roupas, e que eu queria ter apenas dez porcento disso para comprar livros.
O único lugar daquele recinto das compras em que eu me sinto confortável era na
livraria mesmo, e cada vez que eu via um livro que já havia lido, esboçava um
sorriso. É como rever velhos amigos, espero que eles sejam vendidos, prezo por
eles, gosto de verdade. E o mar de possibilidades, poder embarcar em várias
aventuras, é demais. Achei um livro que me encantou por ter um assunto
interessante, o qual não vou comentar aqui, mas enfim, paguei e fui para a fila
do ônibus ( ônibus de graça, olhem que maravilha), fiquei lá, prostrada,
embaixo de chuva fina de fim de domingo. Domingo já é deprimente, quem dirá o
fim dele. Casais e as famosas famílias esperando para pegar os táxis e, risos, úberes,
(não sei se essa última palavra existe, se não, acabei de criar um neologismo.).
E fui embora, ia escrever mais, mas está bom
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