domingo, 13 de novembro de 2016

Tristeza ao metaescrever

Eu leio meus textos aqui, sabe
E cada vez mais penso se são legais ou não
Cada vez mais penso se não são só mais um bando de palavras distribuídas aleatoriamente
E fico pensando
Quando será que começarei a escrever coisas legais
Que serão valorizadas e até parafraseadas
Eu vejo tantos textos
Mas ás vezes bate um vazio
Como se a pessoa que escreveu não estivesse mais aqui
Como se fosse tudo banalidade
Como se eu estivesse tentando regar uma planta
Que não germina
Que fica embaixo do sol ferrenho, que tem tudo para dar lindas flores
Mas não brota, nadinha
Esse deve ser um dos complexos da escrita
Eu não sei, fiquei confusa agora
Eu escrevo porque sinto quase que uma necessidade
Eu sei que vocês gostam mais dos meus desenhos
Eu queria que mais gente gostasse de ler
Que debatessem mais ideias comigo
Fico escrevendo para meu destinatário invisível
E tentando escoar esses sentimentos por meio de palavras
Mas pessoas não tem mais paciência para palavras
Ver memes é mais legal
GIFs, jogar, e tal
Eu queria
Saber prender a atenção das pessoas
Queria saber escrever decentemente
E publicar meu livrinho com coisas pequenas
Mas substanciais
Eu, acima de todos
Ia amar esse livro mais que tudo
Ia ser pequeno, talvez
Eu poderia ilustra-lo também
O faria com o maior prazer
Ideias brotam, não quero que elas morram
E a ideia de que talvez isso seja muito difícil de fazer
E que não sou renomada, não tenho contatos
Me deixa triste
Eu queria saber moldar melhor minha criatividade, que acredito que seja bastante
Querer, ás vezes, não é poder
Preciso voltar a ler

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