sábado, 26 de novembro de 2016

Notebook quebrado e tretas

Ok, vamos rebobinar um pouco. Eu estava em uma instituição de ensino, não vou dizer o nome dela. E tinha uma garota meio loira com quem eu tinha uma rixa, e eu precisava resolver alguma coisa muito importante com meus conhecidos lá.
Havia uma grande mesa no meio do cômodo, só para esclarecer os momentos seguintes. Eu eu fui amparar uma grande amiga minha que estava em cima da mesa, Ela tinha acabado de passar por umas situações difíceis e eu só fui cumprir o meu papel e tentar faze-la se sentir melhor.
Enquanto isso, meu pai esperava impaciente para eu sair de lá logo. No momento em que eu fui me deslocar para cima da mesa, a garota loira viu. Ela tinha cara de uma pessoa muito desgostosa, muito cretina mesmo, vão por mim. Sabe aquela pessoa que te olha torto, empina o nariz, te olha com um desprezo imensurável? Pois é. E ainda loira pintada, cabelos longos e ondulados que emolduravam o rosto da discórdia, do cão chupando manga. Meu notebook estava aberto em uma cadeira perto dessa mesa com um trabalho que eu tenha acabado de fazer e tinha que apresentar mais tarde no mesmo lugar.
Só sei que quando eu fui recuperar meu notebook, depois de segurar minha amiga em meus braços e dizer a ela que tentaria dar o máximo de suporte possível, ao ir embora, a tela estava totalmente rachada. Totalmente, não tinha nenhum espaço salvo, tudo destruído. A raiva foi subindo em mim muito rápido, como fogo se alastrando em uma floresta. Eu encurralei a garota loira em um canto e comecei a gritar com ela.
-FOI VOCE, NÉ, SUA VADIA?
E ela não muito intimidada, apesar de ser mais baixa. Ela falou:
-Não, foi uma outra garota.
E eu:
-EU VI QUE FOI VOCE! MEU PAI ESTÁ AÍ DE TESTEMUNHA!
E ela se desvencilhou e foi embora.
Mas não por muito tempo. Eu a segui e a encurralei contra uma parede de algum estabelecimento.
Era cerca de duas da tarde, dia ensolarado.
Eu cheguei à frente dela, só parede atrás, e tentei dar uns socos na cara da cretina.
Mas o soco não ia, meu braço ia para trás para pegar impulso, mas quando eu tentava alcançar a cara dela, não ia de jeito nenhum, me deixando um tanto frustrada, e ela não me atacava não se defendia, não fazia muita coisa.
E eu tentei dar dois tapas nas faces do rosto dela, mas acho que dei dois tapas bem devagar, nem machuquei nada. Eu comecei a xingar de coisas ruins que não vale a pena comentar aqui. E ela só reclamando, falando que eu sou maluca, que ela não tinha quebrado nada.
Mas eu sabia.
Eu sabia que aquela maldita tinha deixado a tela do meu pc em frangalhos, e eu ainda gritei, da forma mais infantil possível:
-ISSO VAI TER REVANCHE, NÃO VAI FICAR ASSIM, ESSA PUTA VAI PAGAR PELO QUE FEZ!
Tinha umas quatro pessoas comigo, meu pai, minha mãe, a raysse e mais um amigo aleatório. Não sei por que não me pararam, não me contiveram.
Só sei que eu fiquei com muita raiva. Muita mesmo. A garota se desvencilhou e começou a andar com a família dela, ela bem no meio para não acontecerem mais ameaças minhas. Depois ela me mandou um áudio falando assim:
-Tenho gravada a parte que você falou que queria me matar, vou mandar para a escola.
Eu respondi:
-Você tem quatro testemunhas, eu tenho cinco, eles sabem que você quebrou meu computador, a sua denúncia vai ser anulada.
E eu não sei mais o que ela disse. Fiquei meio abalada, repetindo várias vezes:
-ELA QUEBROU MEU NOTEBOOK!
Depois fui falar com a garota no telefone.
A raiva tinha se transformado em dor.
Eu perguntei:
-POR QUE? O QUE QUE EU TE FIZ? Eu sempre tentei ser uma pessoa legal com você!
E ela foi respondendo assim:
-Pois é... Ela respondia de maneira fria e calma, enquanto eu morria do outro lado da linha.
-VOCE SABIA QUE EU USAVA MEU COMPUTADOR PARA ESTUDAR??? E AGORA, COMO VOU FAZER?

Nessa hora o cenário do sonho mudou

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