segunda-feira, 6 de julho de 2020

rescussitando

nem sei escrever rescussitando
é ao contrario
ressuscitando
pelas pedras molhadas de cachoeiras
lembro cheiros
memória falha de um dia
diz desperta
nao, diz mais forte
DESPERTa
de perto, o que ha em suas entranhas
desejos e ventos que beijam acasos
e que ventam antigos fragmentos
que nos rodeiam
lembre que tem sonhos
se me exponho, recomponho
tropega, recordo
acordo, concordamos em continuar
incertos, cansados decertos
de errados muitos
errantes, retirantes , nomades
diante de suas escolhas
em colinas silenciosas
achei um tesouro
de esmeralda um besouro
irrompo ao estouro cidade caos
encolhas e encolhi o corpo como um feijao
num embriao
mais um na multidao
que sente que pensa preciso sentir menos
versos bobos sussurrados pequenos
calada diante da imensidao
de volta a imersao, daqui mesmo inicio a pulsacao
ainda pulsa, ainda é vivo
enquanto sou
fervo queimo e congelo
mente estudante que vive de estudar e amar
sou mar em que os patos boiam
sou o amigo em que tuas insegurancas apoiam
nao regufiado, ligeiramente descansado
estamos em casa
revezamos quem vai descansar embaixo de nossa asa
des-escondido estou aqui,
um ponto, celula, atomo
buraco, linha, onda
som e sonda
descoberto, desperto, ouvidos atentos
sao pesados tempos
notebook nao tem varios acentos
canto baixo toco voz,
o universo inteiro numa casca de noz
e mesmo assim tao pequeno corpo fraco
copo forte de vidro fortaleza, cear
queria me mandar,
mas isso ta longe de acabar
fico so imaginando onde vai estar
nossa proxima viagem errante
gratificante
algo que me faz crer,
viver, correr
como o sangue nas veias
as acaloradas cozinhadas juntas ceias
com meus amigos-abrigos
que cantam cantigas
absortos de todas intrigas
partilhamos trigo e tragos
consertamos com cola oriental
os vasos fragmentados em seus estragos
e o resultado fica mais lindo que o original
que me respiram como sou
que me inspiram onde quer que vou
mais valiosos que mil dinheiros
doces, falhos, verdadeiros
saudades, amigos

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