carta do galois

Meu bom amigo, Ha prazer em estar triste por ser consolado, nós realmente ficamos felizes em sofrer quando temos amigos, sua carta, cheia de uncao apostolica, me trouxe um pouco de calma. Mas como destruir o trajeto de emocoes tao violentas quanto aquelas que tenho passado: Como se consolar por ter secada em um mes a mais bela fonte de felicidade que pulsa em um homem, de a ter esgotado sem felicidade, sem esperanca, certo de que nós a teremos seca por toda uma vida:
ah, e ainda venha depois dessa pregar a paz! Venham pedir encarecidamente aos homens que sofrem que tenham pena desses mesmos! Pena, jamais. Ódio, ai esta tudo. Quem nao o sente profundamente, esse ódio do presente, nao nutre verdadeiramente o amor pelo futuro. quando a violencia nao for mais uma necessidade em minha conviccao, ela o sera em meu coracao. Eu nao quero ter sofrido sem me vingar. Tirando isso, serei de voces. Mas deixemos isso ai, talvez existam seres destinados a fazer o bem, mas provar isso, jamais. Voce me disse que aqueles que me amam deveriam me ajudar a contornar as dificuldades que o mundo oferece ,e esses que me amam, como voce disse, sao bem raros. e a partir disso voce se ve inclinado , obrigado a dar o melhor de si para me converter. mas é meu dever te prevenir, como ja fiz mais de cem vezes, da vaidade dos seus esforcos. amo duvidar da sua cruel profecia de quando voce disse cruelmente que eu nao iria trabalhar mais, mas admito que ainda exista uma probabilidade. pra ser um sabio, me falta, nao ser nada mais do que isso. o meu coracao se revolta contra a cabeca. eu nao acrescento e somo junto como voce, uma pena. 
Perdao, pobre auguste, se eu feri sua suscetibilidade filial (algo como a sua subordinacao de espirito) ao falar rapidamente do homem a que voce e dedicado, meus recursos contra ele nao sao muito agressivos, e meu riso nao tem nada de amargo, o que ja e muito da minha parte, estando no estado de irritacao em que me encontro. Vou ai te ver dia primeiro de junho , espero que nos vejamos em breve na primeira quinzena de junho, partirei la pras cinco e vou pra esse lugar irrelevante ai que esqueci o nome e to com preguica de copiar. 
Lendo de novo sua carta, quero ressaltar uim ponto em que voce me acusa de estar embriagado pela lama putrefata de um mundo podre que me polui o coracao, a cabeca e as maos, 
nao ha censuras mais energicas no repertorio dos homens da violencia.
Embriaguez! eu to desencantado de tudo, ate do amor pela gloria!
como um mundo que eu detesto poderia me poluir? reflita bem!