quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Sensações toscas

Vazio
Meus olhos estão pesados
Meus dedos se movimentam rápido
Tec tec tec tec
A luz branca da tela me incomoda
Minhas pálpebras mal se aguentam
Meu corpo está cansado
Clama por piedade
Depois de um dia exaustivo, quase sem repouso.
Minha mente não permite, não consegue.
Se desligar
Quero dormir
Mas minha cabeça está cheia de ideias
Ideias ligeiramente inúteis
Levemente insubstanciais
Já falei com todos que passaram
Por essa madrugada amena
Foram dormir
E aqui resto eu digitando, tentando expressar meus pensamentos.
É como se nada passasse pelo meu cérebro
Fosse direto do meu inconsciente para meus dedos e então
Para a tela.
Ah, a tela
Tao brilhante, mas brilho ruim
Brilho maligno que perturba minhas retinas
E música
Que com seu barulho
Tenta anular o barulho que tem dentro de mim
Caos destruindo o caos
Silêncios fazem mal
Vou repousar minha cabeça
Nesse travesseiro
E você se pergunta
Por que você escreve em pequenos períodos?
E eu digo:
Pois acho que assim o texto fica mais fluido
Me considere modernista
Poderia rimar, sim, poderia.
Mas enche o saco. Fica parecendo texto de teatro.
Vou cerrar meus olhos, fechar as cortinas, enxergar o breu.
Faz bem, sabe.                

Boa noite.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Um adendo

Pegue seu guarda-chuva
As coisas estão ficando sangrentas por aqui

Décimo segundo andar

Segunda feira.  Depois de um treino, eu suada, querendo subir logo pelo elevador de serviço lento. Abro a porta para uma mãe e sua filha, morenas, a mãe alta de cabelo liso preto, bonita, e sua filha, fofa, de cerca de uns cinco anos, eu presumindo, apenas. Mas sou boa em deduzir idades.
A criança aperta o seu andar, com certo esforço, pois mora no decimo segundo andar.
Eu, sem pensar sobre a mágica que os botões exercem sobre as crianças, apertei o meu andar.
Ela gostaria de ter apertado para mim.
Vacilei.                       
- Você é do sete – ela diz para mim, entusiasmada.
Respondo: Sim... Cansada e sem a mesma energia.
-Eu sou do doze! Continua ela.
- O meu é mais alto!
Eu tento rir, tento dar a interação que ela deseja.
-A minha mãe não me deixa chegar ``na`` janela. Bufa ela, como que reclamando, mas de maneira fofa. –Só acompanhada de um adulto.
E eu falo a coisa mais estúpida:
-Um dia você fica grande e pode ir sozinha.
Eu comecei a pensar em coisas super negativas, como: você pode chegar na janela, sozinha, daqui a quinze anos, perceber que seus sonhos eram uma mentira, depois de ter se perdido no mundo e visto o quanto ele é ruim, você pode visitar a janela sozinha sim,..
Mas eu estava me contendo, pensando:
ELA É UMA CRIANCINHA, NÃO FALE NADA PESADO, VOCE ESCREVE SOBRE ISSO DEPOIS.
A mãe dela olhando para ela, como que achando que estava me incomodando.
-É muito alto. –Prossegue ela - se eu cair eu abro um galo na minha cabeça
E lá fui eu pensando.
Querida, eu presenciei dois suicídios em frente ao meu prédio, dois casos de homens que aparentemente se jogaram de andares bem altos, e nenhum deles ficou com um galo na cabeça.
Se você realmente caísse, seu corpo iria se fragmentar em partes,  o seu sangue iria banhar o asfalto, seus membros iriam se distorcer nos mais estranhos ângulos, seus pais chorariam, ah, chorariam, uma multidão se aglomeraria e você seria levada de maca... Muito mais que um galo.
Mas eu me contive. E estou feliz porque eu me contive. No momento tive um mini-momento de não saber oque fazer.
A mãe dela disse:
-Ia ser mais que só um galo. Rindo.
Eu também estava rindo.
Falei:
Pois é... Rindo,  de maneira apreensiva. E a garota, começou a imaginar que o seu galo cresceria a ponto de servir como uma escada, e falou que plantaria bananeira para poder entrar em casa, só com o galo dela, pois ele ficaria tão imenso que chegaria no decimo segundo andar.
O mundo é muito cruel para as crianças, olhe essa imaginação.
Saí do elevador, não antes de escutar o final da teoria dela sobre o galo gigante. Ao fechar a porta, respirei fundo e pensei:

Por isso não quero ter filhos.

sábado, 26 de novembro de 2016

Notebook quebrado e tretas

Ok, vamos rebobinar um pouco. Eu estava em uma instituição de ensino, não vou dizer o nome dela. E tinha uma garota meio loira com quem eu tinha uma rixa, e eu precisava resolver alguma coisa muito importante com meus conhecidos lá.
Havia uma grande mesa no meio do cômodo, só para esclarecer os momentos seguintes. Eu eu fui amparar uma grande amiga minha que estava em cima da mesa, Ela tinha acabado de passar por umas situações difíceis e eu só fui cumprir o meu papel e tentar faze-la se sentir melhor.
Enquanto isso, meu pai esperava impaciente para eu sair de lá logo. No momento em que eu fui me deslocar para cima da mesa, a garota loira viu. Ela tinha cara de uma pessoa muito desgostosa, muito cretina mesmo, vão por mim. Sabe aquela pessoa que te olha torto, empina o nariz, te olha com um desprezo imensurável? Pois é. E ainda loira pintada, cabelos longos e ondulados que emolduravam o rosto da discórdia, do cão chupando manga. Meu notebook estava aberto em uma cadeira perto dessa mesa com um trabalho que eu tenha acabado de fazer e tinha que apresentar mais tarde no mesmo lugar.
Só sei que quando eu fui recuperar meu notebook, depois de segurar minha amiga em meus braços e dizer a ela que tentaria dar o máximo de suporte possível, ao ir embora, a tela estava totalmente rachada. Totalmente, não tinha nenhum espaço salvo, tudo destruído. A raiva foi subindo em mim muito rápido, como fogo se alastrando em uma floresta. Eu encurralei a garota loira em um canto e comecei a gritar com ela.
-FOI VOCE, NÉ, SUA VADIA?
E ela não muito intimidada, apesar de ser mais baixa. Ela falou:
-Não, foi uma outra garota.
E eu:
-EU VI QUE FOI VOCE! MEU PAI ESTÁ AÍ DE TESTEMUNHA!
E ela se desvencilhou e foi embora.
Mas não por muito tempo. Eu a segui e a encurralei contra uma parede de algum estabelecimento.
Era cerca de duas da tarde, dia ensolarado.
Eu cheguei à frente dela, só parede atrás, e tentei dar uns socos na cara da cretina.
Mas o soco não ia, meu braço ia para trás para pegar impulso, mas quando eu tentava alcançar a cara dela, não ia de jeito nenhum, me deixando um tanto frustrada, e ela não me atacava não se defendia, não fazia muita coisa.
E eu tentei dar dois tapas nas faces do rosto dela, mas acho que dei dois tapas bem devagar, nem machuquei nada. Eu comecei a xingar de coisas ruins que não vale a pena comentar aqui. E ela só reclamando, falando que eu sou maluca, que ela não tinha quebrado nada.
Mas eu sabia.
Eu sabia que aquela maldita tinha deixado a tela do meu pc em frangalhos, e eu ainda gritei, da forma mais infantil possível:
-ISSO VAI TER REVANCHE, NÃO VAI FICAR ASSIM, ESSA PUTA VAI PAGAR PELO QUE FEZ!
Tinha umas quatro pessoas comigo, meu pai, minha mãe, a raysse e mais um amigo aleatório. Não sei por que não me pararam, não me contiveram.
Só sei que eu fiquei com muita raiva. Muita mesmo. A garota se desvencilhou e começou a andar com a família dela, ela bem no meio para não acontecerem mais ameaças minhas. Depois ela me mandou um áudio falando assim:
-Tenho gravada a parte que você falou que queria me matar, vou mandar para a escola.
Eu respondi:
-Você tem quatro testemunhas, eu tenho cinco, eles sabem que você quebrou meu computador, a sua denúncia vai ser anulada.
E eu não sei mais o que ela disse. Fiquei meio abalada, repetindo várias vezes:
-ELA QUEBROU MEU NOTEBOOK!
Depois fui falar com a garota no telefone.
A raiva tinha se transformado em dor.
Eu perguntei:
-POR QUE? O QUE QUE EU TE FIZ? Eu sempre tentei ser uma pessoa legal com você!
E ela foi respondendo assim:
-Pois é... Ela respondia de maneira fria e calma, enquanto eu morria do outro lado da linha.
-VOCE SABIA QUE EU USAVA MEU COMPUTADOR PARA ESTUDAR??? E AGORA, COMO VOU FAZER?

Nessa hora o cenário do sonho mudou

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Não gosto do natal

Inteligentes são os grandes titereiros do comércio
Que vendem presentes para as pobres criancinhas
Pois é natal
Natal é sinônimo de presentes
Quanto dinheiro deve estar se acumulando nos bolsos desses grandes homens
Baseado na misericórdia de muitos
Lembra a igreja, não?
Não gosto do natal porque não vejo motivo para celebrar
Uma data de nascimento de uma figura religiosa
De uma religião que eu não pratico
Não gosto dessas imagens vermelhas e verdes
E douradas e brancas
Tudo tao utópico
Valorizar a família
A família que mal se fala o ano todo
Os filhos jogando em seus aparelhos eletrônicos
Sem ao menos olhar para a cara dos parentes
Pudera, eles vão criticá-los se forem realmente conversar
Um com o outro
Avós cansadas que insistem em fazer mesas grandes e cheias
De comida ligeiramente requintada
Para provar algo para alguém (?)
Essa tradição já não faz mais sentido
E todas essas imagens já tao elaboradas
Construídas
Não temos neve aqui, não temos lareira
Temos mosquitos que sugam nosso sangue
Sol que queima nosso couro cabeludo
E os mesmos papais-noéis vestidos com toda a parafernália
Embaixo do sol de Bangu de 40 graus
Só para tentar falar para nossas crianças que elas vão ser boazinhas
E receber presentes
Se se comportaram bem
Me diga
Qual a diferença disso para cachorros, que ganham recompensas
se não fizerem xixi no tapete?
E todo o mito
Da alegria do natal
Da magia do natal
Abram os olhos, amigos
Isso tudo é inventado
Estão tentando lhes persuadir que a vida pode ser bonita no natal
Mas o natal é comercial
Compras de natal
Sempre que eu escuto isso meu estomago se embrulha
E as luzes? Tudo tao feliz, família reunida
Trate os outros bem, acolha todos
Na noite de natal, eles dizem
Eu digo: faça o bem quando você puder
Não tente achar propósito para isso
:)



domingo, 20 de novembro de 2016

Crise de 1/5 de vida

Mas meu amigo

Nós éramos feitos de sonhos
Eu disse que queria salvar o planeta
Nós desenhávamos, pintávamos.
Esculpíamos, escrevíamos as coisas que pensávamos.
Mas meu amigo, o que aconteceu?
Perdemos as esperanças?
``Não dá dinheiro``, eles dizem
Queremos dinheiro, nós pensamos
Mas e o planeta?
Nós precisamos sobreviver, argumentamos
Mas meu amigo, e a luz que pertencia aos nossos olhos?
Somos desertores da imaginação
E o que aconteceu comigo, que dizia que ia preservar
Todas as espécies, ajudar todos os animais?
Fazer química, quem diria
E você, que queria desenhar prédios, desenhava
Você traçava as linhas mais retas que eu já vi
Para onde foram esses sonhos, amigo?
O que aconteceu conosco?
Estamos cegos pela ganancia, presos pelo comodismo?
Meu pai desenhava
Virou economista
Hoje não sabe desenhar nem um boneco de palitinhos
Meu amigo
Teremos virado máquinas?
A dureza da vida teria matado
A nossa inocente criatividade?
Nós dizíamos que poderíamos ser tudo
Nos disseram que poderíamos ser tudo
Crescemos
Aprendemos
Nós não podemos ser tudo
Nós não vamos ser tudo
Nós vamos ser algo, uma parcela pequena
De um tudo muito complexo
Viramos artificiais, meu amigo
O mundo era um quarto com papel de parede colorido
E esse agora está descascando
Revelando suas paredes cinza e rachadas por baixo
Mas meu amigo
Nós acreditávamos em amor
Mas não o amor banalizado da mídia
O amor impecável do coração das crianças
Eu ainda tento, meu amigo
Eu ainda tento resistir
E mostrar que no fundo
Bem no fundo
Eu ainda sou humana

E você?

Violência cotidiana, todo mundo se engana

Estava eu voltando do rio sul, em uma jornada curta até meu humilde apartamento em Copacabana. Ia passar pelo túnel, era cerca de duas horas da manha. Sozinha, eu com uma blusa preta e shorts, nada demais, sem dinheiro, sem celular.
Eu escuto, de repente, o barulho de uma bicicleta se aproximando. Olho para trás e há um sujeito típico do Rio de janeiro, moreno, camisa, bermudas e chinelos. Começo a andar mais rápido.
Ele vai mais rápido que eu, me passa. Continuo andando.
Lá na frente, quase no fim do túnel, a bicicleta dele está atravessada, impedindo a passagem.
Ele está logo ao lado de sua bicicleta, brandindo alto uma faca grande, de churrasco,  com a mão direita, com uma expressão odiosa na cara, e fala:
-Passa tudo, ou vai ser furada!
Eu me aproximo, e falo:
-Não tenho celular.
Tento estar calma, pois sei que em assaltos, os ladroes estão mais nervosos que a vítima.
Ele parte para cima de mim, para tentar me revistar, ou coisa do gênero.
Sem pensar, passo a perna esquerda para frente e faço um gancho com a direita, derrubando-o no chão. Ele está meio atônito.
-Que ``mulhé`` maluca! Ele grita, mas não dá mais tempo para dizer nada, pois estou socando a cabeça dele, de pé, acertando em cheio no crânio.
Ele , com a faca, tenta me acertar, consegue fazer um grande arranhão no meu braço, e sua outra mão está protegendo a cabeça.
Eu, com raiva, ajoelho a perna esquerda em seu tórax e faço força para tirar a faca de sua mão.
-Filho da puta! Xingo eu, o sangue no meu braço escorrendo para o chão úmido do túnel.
Depois de muito castigar o rosto dele, acertar seu nariz, sangrando agora, consigo pegar a faca para mim.
Não penso. Em um instinto animal tiro o joelho de cima dele e o esfaqueio uma, duas, três vezes, nas costelas. É muito mais difícil que parece nos filmes e tal, sinto que os cortes estão muito superficiais. Ele tenta alcançar qualquer parte minha, puxar minha perna, mas sua força está se extinguindo rapidamente, tento esfaqueá-lo mais, enfiando a faca lá no fundo, ás vezes bate em suas costelas, seria muito desajeitada para ser açougueira.

O sangue está em minhas mãos, seu odor ferroso impregnado em todo lugar, no chão, nas paredes. O homem grita de dor, tento chutá-lo na barriga mesmo, para faze-lo calar a boca. Ele cospe sangue. Depois de, talvez, umas dez facadas, ele virou um peso morto no chão. Pego sua faca, vou levar para casa, vai que a polícia pega e ache minhas digitais. Espero que fragmentos de pele, unhas ou cabelo não impregnem o cara, pois assim as coisas se complicarão para mim. Vou embora, poderia pegar a bicicleta dele, mas não sei conduzi-la. Decido ir para um hospital tratar do meu arranhão, mas antes vou passar no mar (está ligeiramente perto), para remover esse sangue todo. 

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Crise

Coisas que eu estou evitando comprar/ nunca compro
As coisas estao caras e o dinheiro é pouco, precisa-se gastar conscientemente

Café no starbucks -> podia ser 1/4 de livro
Croissant -> podia ser 1/8 de livro
Milkshake-> podia ser 1/4 de livro
Cinema -> podia ser 1/2 de livro
Bebida alcóolica -> podia ser 1/3 de livro
Maquiagem -> nem pensar, uma parada equivale a um livro
Roupa nova -> pffff, dois ou três livros!
Sapato-> Ta de sacanagem, né
Passagens do coletivo alheio-> preciso pagar mas me dói ao pensar que é 1/8 de livro

Coisas que eu pago sem ficar mal:
Livro -> :)



terça-feira, 15 de novembro de 2016

Instrucoes para se eu morrer em breve

Posso estar andando, tranquila, por Copacabana, e do nada pode surgir um piano e cair sobre mim, esmagando cada osso do meu corpo. Nunca se sabe. 
Quero que meu corpo seja doado para a ciência, se puder escolher, para a UFRJ. Sempre bom tentar ser útil, não?
Confortem meus parentes, digam a eles que eu nunca fui muito apegada á vida. 
Aos amigos mais distantes, digam o mesmo. Digam a todos que eu estou mais feliz do outro lado, é verdade. No vazio da inexistência, o caos da minha consciência vai ter abaixado. Como diz nessa música aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=xZ2yP7iUDeg
É como se eu tivesse pertencido a esse mundo por um milênio
Fazer vocês aceitarem é difícil, mas a morte vem para todos 
Depois que eu for, tomem um sorvete de menta, vejam um musical, sejam felizes por aí
Leiam os livros que eu deixei na minha estante
Eles são lindos e querem ser lidos, são meus bebes 
Eles não merecem ficar apodrecendo em algum lugar sombrio, deem a eles luz e carinho 
E se alguém quiser fazer algum ritual religioso para mim, agradeço , de antemão
Qualquer homenagem é bem-vinda
Esqueçam as crises que eu já tive e deixem a imagem de eu rindo 
Na memória de vocês
Eu reclamando 
Ah e leiam meu blog
Eu morta ficaria com consciência muito mais leve se vocês lessem meus textinhos
Eles também sao meus queridinhos
E não fiquem falando que fui tao cedo ou coisas do tipo 
Eu fui/ irei no momento que for para ser, nem cedo nem tarde
E por favor, se eu não falo com você/ não falei quase/ , nao importa, pode publicar textinho na minha página
Fico triste por nunca poder ler esses textinhos
:( Queria ler os textinhos

Análise - eu no shopping

Primeiramente, preciso realizar um apelo a todos meus amigos: saiam mais comigo, estou refletindo tanto que estou quase virando um espelho. Segundamente, fui eu andar pelo shopping da Zona Sul, Rio sul. Nome autoexplicativo. Várias pessoas diferentes passam por lá, mas posso traçar um estereótipo: jovens levemente bem vestidas, baixinhas, com tênis da moda, alguns acessórios... Ah, geralmente andam em bando, com seus Smartphones nas mãos, geralmente rindo e comentando sobre algum famoso. E os homens? Jovens com bonés, os mesmos tênis da moda, umas blusas sem mangas, bermudas, tudo de marca, os famosos playboys. Isso sem contar a quantidade incrível de casais e famílias, todos geralmente abastados, a família muitas vezes vai toda, levando até os pequenos, que ficam correndo e berrando por aí, mas os parentes tentam compreender e reprimir qualquer sentimento negativo e achar bonitinho que os mais novos sejam mini demônios. E as lojas? Todas arrumadinhas, com vitrines chamativas, noventa porcento lojas de roupas, lojas para grávidas, ah sim, muitas grávidas e casais novos e ricos, que querem fazer quartos banhados em ouro para seus primogênitos. E eu passando por todos esses, me sentindo ridícula em meus trajes, um vestido florido, coisa que quase nunca uso, me sinto bruta demais para isso, sério, me sinto como um urso em um vestido. E pensando em como eles devem gastar dinheiro com roupas, e que eu queria ter apenas dez porcento disso para comprar livros. O único lugar daquele recinto das compras em que eu me sinto confortável era na livraria mesmo, e cada vez que eu via um livro que já havia lido, esboçava um sorriso. É como rever velhos amigos, espero que eles sejam vendidos, prezo por eles, gosto de verdade. E o mar de possibilidades, poder embarcar em várias aventuras, é demais. Achei um livro que me encantou por ter um assunto interessante, o qual não vou comentar aqui, mas enfim, paguei e fui para a fila do ônibus ( ônibus de graça, olhem que maravilha), fiquei lá, prostrada, embaixo de chuva fina de fim de domingo. Domingo já é deprimente, quem dirá o fim dele. Casais e as famosas famílias esperando para pegar os táxis e, risos, úberes, (não sei se essa última palavra existe, se não, acabei de criar um neologismo.). E fui embora, ia escrever mais, mas está bom

domingo, 13 de novembro de 2016

Últimas considerações

Passando pela incrível rede social denominada Facebook
Percebi que eu tiro fotos com meu lápis e minhas canetas
E escrevo minha alma
Em inglês ficaria mais legal
``I write my soul off``
É isso, boa noite

Tristeza ao metaescrever

Eu leio meus textos aqui, sabe
E cada vez mais penso se são legais ou não
Cada vez mais penso se não são só mais um bando de palavras distribuídas aleatoriamente
E fico pensando
Quando será que começarei a escrever coisas legais
Que serão valorizadas e até parafraseadas
Eu vejo tantos textos
Mas ás vezes bate um vazio
Como se a pessoa que escreveu não estivesse mais aqui
Como se fosse tudo banalidade
Como se eu estivesse tentando regar uma planta
Que não germina
Que fica embaixo do sol ferrenho, que tem tudo para dar lindas flores
Mas não brota, nadinha
Esse deve ser um dos complexos da escrita
Eu não sei, fiquei confusa agora
Eu escrevo porque sinto quase que uma necessidade
Eu sei que vocês gostam mais dos meus desenhos
Eu queria que mais gente gostasse de ler
Que debatessem mais ideias comigo
Fico escrevendo para meu destinatário invisível
E tentando escoar esses sentimentos por meio de palavras
Mas pessoas não tem mais paciência para palavras
Ver memes é mais legal
GIFs, jogar, e tal
Eu queria
Saber prender a atenção das pessoas
Queria saber escrever decentemente
E publicar meu livrinho com coisas pequenas
Mas substanciais
Eu, acima de todos
Ia amar esse livro mais que tudo
Ia ser pequeno, talvez
Eu poderia ilustra-lo também
O faria com o maior prazer
Ideias brotam, não quero que elas morram
E a ideia de que talvez isso seja muito difícil de fazer
E que não sou renomada, não tenho contatos
Me deixa triste
Eu queria saber moldar melhor minha criatividade, que acredito que seja bastante
Querer, ás vezes, não é poder
Preciso voltar a ler

Livros

Dia 07 de novembro, segunda-feira.
Depois de um treino, de desgaste físico e tudo mais, me senti incompleta.
Me senti vazia.
Precisava ler.
Embarcar em uma história.
Mergulhar em palavras de novo.
Coisas novas, aventuras.
Sedenta por aventuras.
Vivencias.
Há cinco dias comprei um livro.
Li.
Há três dias comprei outro livro.
Li.
Hoje comprei um livro.
Li praticamente metade dele hoje.
Minha estante fica mais bonita.
Meus bolsos ficam mais vazios.
Natal está chegando.
Hei de pedir de maneira muito gentil
Livrinhos para a família
Livros sangrentos de lindas capas duras
Com cheiro de novos
Já dizia algum poeta:
``Se você quiser escrever, leia. E depois? Leia mais. E depois? Leia. E quando você estiver de saco cheio de ler? Leia. E quando você pensar que já leu de tudo? Leia mais. Aí depois, só depois, você escreve.``

Rede Social

E eu fico aqui
Passando essas notícias
Que nada me interessam
Umas curiosidades aqui
Umas banalidades lá
Umas opiniões de uns conhecidos
Mas nada muito útil
Tudo muito superficial
E eu me pergunto
As pessoas realmente conseguem passar horas nisso?
Eu estou contaminada com isso há muito
Fico vendo o meu próprio perfil, ás vezes.
Para examinar o impacto
Que a minha imagem deve causar nas pessoas
Devem pensar que sou uma pessoa festeira
E muito feliz, sorridente sempre.
Que gosta de desenhar
Mas...
Sou mais que isso
E vocês são mais que isso
E essa droga dessa rede social
Não é uma rede boa, é uma rede que captura essas almas mortais
E nos transforma em produtos em uma vitrine
A espera que algo impactante aconteça
É difícil
Deixarmos de ser míseros telespectadores

E começarmos a ser protagonistas  

Aprendi De verdade Na escola

-Prestar o mínimo de atenção te garante sucesso.
-Por incrível que pareça, a grande maioria não alcança o mínimo.
-Ficava vangloriando as turmas mais velhas, admirando, quando me tornei um deles, no topo, pensei: ``Grandes merdas me tornei, espero que eles não me admirem também``.
-Amizades de escola são circunstanciais, a maioria mal vai falar com você fora dela, puro utilitarismo.
-Anos de sistema retrógrado e cansativo me fizeram uma pessoa ligeiramente preguiçosa, que faz resumos de resumos.
-Se antes eu me preocupava com faltar, percebi que pegar conteúdo por conta própria é a coisa mais simples do mundo.
-Percebi que uma hora eu não precisava mais prestar atenção no conteúdo de humanas, a matéria foi passada tantas vezes que eu a tinha de cabeça, só revisava.
-Percebi que me isolar do mundo, por forma de desenhos e leituras aleatórias, me fez continuar na sala de aula. Do contrário, acho que eu teria surtado.
-Aprendi que chega uma hora em que você cansa. Cansa de tentar ser legal, cansa de tentar ir arrumadinho, eu rio quando penso que já passei maquiagem para ir a escola.
-Aprendi a ter raiva eterna de calças jeans. Todo dia usando, por mais de dez anos. Raiva eterna.
-Percebi o quanto eu não sirvo para trabalhos em grupo. O quanto eu ficava cobrando e me desgastando para pessoas que não estavam ligando, no final acabava fazendo tudo, por ser muito perfeccionista tive vários atritos.
-Percebi o quanto uma pessoa pode se tornar conformada, resignada, domada pelo sistema. O quanto eu tinha vontade de entrar, sair correndo, gritar, quebrar tudo. Aprendi que fui controlada, fui designada para ser passiva e ficar no meu canto.
-Aprendi que, no final, não importa se você passou de ano ou não. Importa se aquilo acrescentou algo na sua vida. Aprendi a ter o mínimo de animo para estudar coisas que não me interessavam totalmente, coisas entediantes, coisas que vou descartar imediatamente após passar para uma faculdade.
-Aprendi a não odiar professores. A culpa de um eventual mau humor na maioria do tempo era por causa dos alunos. Aprendi a valorizar essa profissão, que, no fundo, me ensinou uma grande parte das coisas que sei no presente. Eles, por mais diferentes que possam ser, querem transmitir o conhecimento, e essa é uma das causas mais nobres que tem.
-Aprendi a não tentar ser melhor que ninguém, parar de querer me comparar com tudo e todos, estavam todos no mesmo nível, só mudava o nível de dedicação.
-Aprendi que as memórias escolares são muito romantizadas. Vejo anos passados, e vai ficando tudo enevoado. Como se as más memórias fossem se dissipando e só me lembrasse das boas. Hoje, olho pra trás e sinto falta do tempo rindo com, por exemplo, um dos meus melhores amigos. Mas não posso me deixar esquecer os dias em que chegava, me fechava em meu mundo e só desejava ir embora. A maioria dos dias era assim. Alguns, (POUCOS, ressalto), colegas me faziam não querer sair dali correndo, ás vezes. Logo, aprendi a ter autocontrole.  
 -Aprendi que, por ter estudado em escola particular, a instituição visa totalmente ao lucro e poucas vezes realmente se importa com você. E que os professores se importam, em sua grande totalidade.
-Embora eles tenham suas próprias vidas, e, depois de te dar aula, somem do mapa, como se nunca tivessem estado lá antes. Isso já me deixou triste, pois considerava alguns professores como amigos, uma pena mesmo.
-Aprendi que a comida lá é muito cara e muitas vezes é necessário ficar com fome em nome do bem maior.
-Aprendi que estudar é muito bom e quero continuar o fazendo, embora esteja cansada da mesma matéria de ensino médio.

-Aprendi que mesmo tendo um longo caminho pela frente, o tempo sempre passa, obstáculos são ultrapassados.
Comecei a ter um olhar diferenciado para os alunos mais novos, e penso: Eu nunca passaria por isso de novo. Mas eles precisam passar, como diria meu pai, A paciencia é a maior das virtudes.
Pois bem, a escola me ensinou uma ou duas coisas

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Nomes

Odeio
Mas nao odeio tanto
Quando estou lendo um livro
E o nome dos personagens me lembra alguém.
Li um há dois dias em que se chamavam
Clarice e Teodoro.
Clarice é o nome que alguns dos meus amigos me chamam, principalmente um.
É o nome que eu queria ter.
E fiquei imaginando o Teodoro como o que eu conheço- Alto, barbudo, e tal.
Agora estou lendo um que acabei de ver o ``vilao``, o nome dele é Victor.
Queria me desprender das memórias que tenho das pessoas

Estava demorando para eu sonhar com o enem

Primeiramente sonhei com o enem. Sonhei que estava eu e Larissa e os pais dela (?) em algum lugar parecido com uma recepção de algum lugar, acho que ela estava indo ao médico. Eu só sei que recebi a incrível notícia que no papel de escrever as respostas do enem, tinha que colocar respostas intercaladas, uma área para humanas e outra para natureza, com cores diferentes. E que você precisava ver o número das questões bem específicas porque ás vezes elas vinham trocadas. Resultado: Eu surtei. Eu recebi essa notícia e já fui falando:
-Tudo bem, eu vou fazer uerj. Comecei a me amaldiçoar por não ter me inscrito na FUVEST. Fiquei pensando em um ano em que eu iria ficar naqueles prédios cinza e sombrios, com laboratórios disputados.
E a mae da Larissa tentou me confortar, falando que não devo ter ido mal. E eu comecei a tentar contar meus pontos levando em conta  meus erros. Outra pessoa chegou, acho que era minha amiga Giovanna, e me falou que o esquema de marcar as respostas era facílimo, que estava em roxo bem brilhante, e eu surtei de novo, falando que não vi nada roxo, só rosa. Branco e rosa. Mas a Larissa cismou que tinha azul também, um azul escuro que ficava bem separado. Entrei em pânico, dizendo:
-Assim fica difícil, sem a foto do cartão resposta pela internet.
Vocês não tem ideia o quanto eu fiquei aflita.
Continuando.
Muda o cenário, muda a história.
Estava eu com o Diogo, outro amigo meu.
No terraço de uma empresa importante de construção, acho. Tinha umas escavadeiras, uns guinchos, umas pessoas pegando coisas para lá e para cá. E eu lembro de ter perguntado a ele o que era aquilo tudo, mas esqueci a sua resposta. Ele andava no meio de todo aquele caos, o chão cheio de cal e poeira, eles carregando sacos de areia (?) e instrumentos, o tempo todo, quase que ignorando a gente lá no meio.
Até que vejo um policial levando um cachorro marrom grande, como um doberman mas com cara de vira-lata, mas bem sério, o cão. Eu fiquei curiosa para saber como era a cabeça de um cachorro desses e assobiei para ele, mas nem ligou, só estreitou as orelhas. Presumi, então, que se tratava de um detector de bombas. Fomos dar um passeio em um carrinho de polícia que vagava por lá, (já percebi que meus sonhos são repletos de veículos), e descemos em uma parte mais isolada do terreno, em frente a alguma coisa coberta de cimento fresco. Saímos, eu, Diogo, o policial. Vi um cachorrinho lindo, filhote, um husky siberiano de olhos azuis e pelo cinza, a coisa mais linda do mundo.
Fiquei brincando com ele, fazendo carinho nele, deleitada com o cachorro. Eu percebia que ele era meio avoado, ás vezes não percebia o que eu fazia, mas eu fiquei muito feliz com ele. O policial avisou:
-Ele ficou completamente surdo com uma explosão. Não tem mais valor comercial nenhum.
De algum motivo, eu sabia que iam sacrificar o coitado do cachorro. Eu, moradora de apartamento, convivente com pessoas odiadoras de animais, entrei em pânico novamente.
Quis levar o bicho para casa, dar lar e amor para ele, um cachorrinho tao dócil que mordiscava meus dedos, de brincadeira. Me partia o coração, de verdade.
Eu comecei a chorar. E disse:
-Já que ele não serve mais, vocês jogam fora. Era só mais uma peça na empresa de vocês, só mais uma máquina.
A droga do policial afirmou com um menear de cabeça e eu chorando com o cachorro no colo, eu morrendo, o cachorro brincando e feliz da vida.
Eu estava tao tocada e tao emocionada, que no fim do sonho eu acordei, e senti uma lágrima escorrendo, e percebi que não era a primeira.

Sou um lago de emoções mesmo. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

De boas

Lendo um livro de um autor brasileiro
Um romance de terror psicológico que se passa
Na minha cidade
Ouvindo rock brasileiro
Estou tao compatriota
Feliz

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Quatro dias de Festa

``Parecia que não ia acontecer com a gente
Nosso amor era tão firme e forte, diferente
Não vai dizer que eu não avisei você``
Foi você que me avisou.
Quatro dias.
Foi esse o tempo que ficamos juntos, eu na sua casa, na sua cama, você em mim. A maioria do tempo. E você se enjoou, e você me disse que se enjoaria E que fica com as pessoas até que elas enchem o saco.
E eu tenho um problema, eu me cativo muito rápido pelas pessoas, e como uma boa romântica, sinto que as pessoas se tornam responsáveis por mim quando me cativam, sou uma maravilhosa inocente.
E você se cansou.
Foi amor à primeira vista, lembra?
Lembra, lembra quando eu estava lá na grade daquele show, e você olhou para mim, eu olhei para você, perguntei o que você fazia da vida, você me disse qual era seu curso, qual era sua faculdade, e uma das primeiras coisas que eu te disse foi:
-Uau, você deve ser muito inteligente.
Você é. Inteligente de maneira arrogante, ás vezes. Ou é só raiva por eu não ser tanto assim.
E então você olhava para mim de uma maneira que eu quero mas não vou esquecer. Um olhar apaixonado mesmo , e eu não te disse tchau. Ah, eu nunca te disse tchau.
 Eu fui embora e te deixei lá. Fui embora e curti o show.
Mas cheguei a casa e precisei procurar o nome daquela pessoa que tanto me marcou.
Só lembrava o sobrenome, procurei na página da sua faculdade, eu ávida, não descansaria até te achar, no google, procurei no facebook só pelo sobrenome e não consegui achar.
Então eu fiz o que os desesperados fazem: Chutar.
Procurei quatro vezes só, acho que coloquei Lucas, Matheus, e... o seu nome. Eu consegui. E Eu fiquei tão feliz.
A primeira coisa que te disse foi:
-``Há! Te achei!
E nós conversávamos cinco horas por dia, direto, eu recebia suas mensagens, quando eu via que você me respondia, sorria. Não importa o que você fosse dizer, sobre o que fossemos falar, eu sorria.
E falávamos, e falávamos e nos mandávamos indiretas e tudo era lindo.
Nós nunca nos dávamos tchau. Nunca. Deixávamos um ao outro no vácuo, mas nunca dávamos tchau.
Até que eu propus de eu ir te ver. De nós nos encontrarmos, finalmente.
E fui para aí.
E não resisti a você.
Por quatro dias, eu nunca conseguindo resistir a você.
E eu deitada, olhando nos seus olhos, o olhar mais cálido do mundo, e você me elogiando e elogiando o que eu fazia. Parabéns, você sabe iludir uma pessoa.
Eu acreditei, seriamente.
Olhei nos seus olhos e retribuí tudo que você me fazia, mexia nos seus cabelos e éramos quase um só. Até que eu fui embora.
E na escada rolante da rodoviária, você olha para mim e diz que vai sentir minha falta.
É isso que me quebra. Eu nunca fui boa em despedidas, nunca fui boa em dizer tchau, estava quase chorando. Mas não ia te dar o gosto disso.
Não ia te dar o gosto, mas te abracei como se fosse a última coisa na terra a que me agarrar, como se fosse a coisa mais preciosa que existisse.  E fui embora, e disse que não ia olhar para trás.
Cheguei no ônibus e chorei, chorei, chorei. Fui falar com você... ADIVINHA?
Você estava diferente. Menos atencioso. Menos amoroso. Menos carinhoso, divertido, nada. Parecia que você falava comigo por obrigação. Quase um mês se passou, desde então. E eu sofri, não queria encarar o fato de que... foi passageiro, acabou.
Um amigo meu, do mesmo lugar que você mora, falou a mesma coisa.
``-Foi bom, Mariana. Acabou.``
Até que eu não aguentei mais falar contigo. Há três dias. Minha mão coça para te escrever, para que eu tente dizer algo que vá trazer a pessoa que era antes de consumirmos o que quer que tinha entre nós. Mas não. Você me disse que, for fucks sake, eu preciso deixar as coisas irem embora. Estou deixando você ir embora.
``Estou aprendendo a viver sem você. Estou aprendendo e não quero aprender. ``




Passas

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Não coloque uvas passas em comidas salgadas

Só.