Distraída pela página de uma lutadora de UFC. Mas voltamos.
Hoje, de volta de um show do Titãs, saí do Circo voador e me
deparei com samba tocando bem alto, ressoando pelos meus ouvidos ainda meio atônitos
pelo rock maravilhoso. E então, de maneira inconsciente, aquilo me incomodou,
vi homens dando em cima de garotas, e lembrei-me da cerveja e do suor. Mas
abstraí. Chegando a casa, me desarrumei, e, conferindo o instagram, via
conhecidos postando fotos indo para a praia, ou com roupa de carnaval, e vários
falando que ``os trabalhos começaram.`` Eu queria, realmente queria ir festejar
com todo mundo, mas me sinto ridícula, não gosto tanto da música, o sol é insuportável,
eu poderia muito bem viajar e ir para as montanhas, mas não tenho dinheiro. Então
eu fico aqui, vão me chamar para blocos de carnaval, e eu lhes digo, apenas... Levem
álcool. Vou levar também. Por quê? Porque no inferno de gente suada e bêbada
dando em cima de você, fique suada e bêbada também, essa é a solução mais
plausível, se você não quer posar de antissocial. Comprar uma garrafa de Smirnoff...
Falando nisso, estou puta da vida, pois a minha garrafa foi para o ano novo e não
voltou, saudades dela. Mas então, estarei lá, o sol queimando a minha pele,
ouvindo músicas que não são a minha praia, desviando de homens que tentam passar
a mão em mim/ me encurralar. Gringos no carnaval são insuportáveis. Eles
simplesmente acham que todas as brasileiras são prostitutas, principalmente
nostros Hermanos. Eles chegam e falam: Un bejito, e mais sei lá o que. Eu não danço,
já devo ter descrito aqui, me sinto ridícula ,pois não consigo sentir a batida
e, sei lá, me soltar. Eu penso que estou me mexendo de maneira estúpida, com
várias pessoas fazendo o mesmo, olho para os lados e penso: caralho, o que estamos
fazendo? Agora você deve pensar: mas Mariana, você gosta de ir para festinhas
de rock. Sim, gosto, mas a parte que eu prefiro é estar com os amigos gritando
as suas músicas favoritas, batendo cabeça, continua sendo idiota, mas essa música
eu consigo sentir penetrando nas minhas veias como alguma droga. Enfim, posso
curtir o carnaval, sim. Posso me sujar nas poças com conteúdo enigmático, posso
andar quilômetros, escutando música que não me agrada totalmente, ser assediada
por milhares de desconhecidos suados e bêbados. Posso, é claro que posso. Mas
me deem álcool.
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