segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Formulário para sobreviver na praia a noite, editado e recapitulado pelos universitários mais bolados do hell de janeiro:
1)      Leve três litros e meio de agua
2)      Beba os três litros e meio de água em quarenta minutos
3)      Gaste todo seu dinheiro em macarrão do china, e o que sobrar, chocolate
4)      Leve três maçãs ( ou nenhuma, rsssss)
5)      Leve dois pacotes de torradinhas que vão matar a larica
6)      Arranje o lugar mais duro da praia para deitar com seus parceiros
7)      Leve três cangas, uma toalha, e um suéter quentinho apenas, esqueça das meias
8)      Esqueça que você tem pés pois eles vão congelar levemente
9)      Não leve celular para poder se conectar com o resto do bando
10)   Faça um montinho com seus amigos, durmam de conchinha, se virem
11)   Riam muito da desgraça alheia como se estivessem drogados, até ficarem com falta de ar, assim os estranhos passam por vocês e ficam com medo, ninguém vai mexer com vocês
12)   Acorde de meia em meia hora, reclame muito, pense o quanto você estaria mais feliz em uma cama quentinha
13)   Fique muito feliz quando amanhece, não acredite, depois de três mil noites encorpadas em uma so, com frio e trevas
14)   Tire uma foto de manha, WASTED, ainda com seus agasalhos e maquiagem borrada, e o sorriso de poder admirar o sol esculpido na face, e fique feliz por ter uma história para contar 



sábado, 18 de fevereiro de 2017

Parando de desenhar

Desenho desde os quatro anos. Mas sinto que cheguei a meu ápice. Agora é uma ladeira abaixo. Sinto que nao consigo mais evoluir, já fiz tudo que podia.
Em um dia melancólico de sábado de carnaval, eu peguei umas folhas para tentar rasbiscar coisas... Nada sai.  A criatividade de uma criança me foi roubada a facas, empurrões e sermões da própria vida. Nada que tento jogar no papel realmente me atrai. Eu comecei a me ver de maneira extremamente publicitária, postando desenhos para receber curtidas e mostrar para todos, e ao mesmo tempo, tinha uma pasta com meus desenhos próprios, esboçados nos meus sentimentos. Hoje, eu mal consigo me expressar com lapiseira e papel.
É como se a seriedade da vida batesse de frente comigo e me dissesse que eu preciso parar, que agora é hora de agir como gente grande. Nas aulas, rabiscava a cara dos professores, atrás das provas... Professores brigaram comigo, pois eu enchia as páginas de desenhos, ou fazia os exames com canetas coloridas.
Pois bem, vida, você conseguiu. Minha mãe desenhava também, parou, com uns vinte anos. Meu pai? Mesma coisa. E eu, sigo seu legado, nessa faixa de idade os sonhos tornam-se cinza e o estresse bloqueia a criatividade, e isso para mim significa que estou amadurecendo.
Fazer qualquer desenho, que antes me era prazeroso, hoje se tornou doloroso, como se eu estivesse buscando os resquícios inúteis do meu dom, tentando segurar água com as mãos, tentando provar que ainda sou aquela garotinha feliz de antes. Mas não sou.
Eu percebi que me expressava melhor através de palavras. Quando pego uma folha de papel e uma caneta, ou lapiseira, rabisco por três minutos, amasso a folha, ou deixo o esboço de desenho lá, abandonado.  Com meus textos, sinto como se estivesse puxando minha alma de dentro de mim e colocando um pouco dela em cada caractere que eu digito nesse teclado. Sei que nao escrevo tao bem quanto desenho, mas nao dá mais, o lápis que, antes era confortável em minha mao, agora é um estranho.
Não vou parar totalmente de desenhar, uma hora ou outra acho que ainda brotarão ideias, mas nunca será como foi. Uma chama se apagou, algo se foi.
Seguimos em frente.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

encanto do sufocamento

Enquanto eu recebia um estrangulamento recreativo, apenas para a mulher que o fazia aprendesse a fazer o movimento certo, eu resistia. Resistia, ó meu orgulho de fêmea alfa, não deixava aqueles braços que, eu julgava mais fracos que os meus, apertassem o meu pescoço a ponto que eu precisasse dar três tapas no ( piso em que bebes brincam, aquilo não era tatame nem a pau) pseudo tatame. Resistia, e da primeira vez ela disse que meus olhos ficavam vermelhos. Eu sentia o ar escapando, sentia o sangue parando de circular, lágrimas vinham aos meus olhos. Mas teimava, me prendia ao oxigênio como ele o faz com uma hemácia.
Porém, em alguma tentativa dela, eu resisti mais do que podia. Ela me apertou de tal maneira que eu senti o ar acabando, senti o sufocamento, mas houve uma fase em que senti algo que nunca havia sentido antes, uma sensação de flutuar, de perder o controle da mente, algo como sonhar acordado, você perde o controle de si mas de uma maneira tão fluida, era como se minha alma estivesse deslizando para fora do meu corpo, e isso eu comecei a desfrutar disso, essa droga  que eu nunca experimentara antes, durou segundos, mas a intensidade daquilo foi deveras impactante, a ponto de eu me lembrar ate agora da sensação, sutil e serena, sentia como se fosse alçar voo.
Quando me recuperei, uns dez segundos depois, sacudi a cabeça, retomei a consciência plena e me avisaram dos perigos, que eu poderia ter apagado.
Mas essa sensação, esse metade consciente, metade inconsciente, foi  uma coisa mágica. Agora eu entendo asfixia auto erótica, se estar nesse estado já é mágico, imaginem um orgasmo ao mesmo tempo.

Mas o negócio é que eu não estava esperando isso, ou seja, me pegou de surpresa, como um abraço repentino de um amante, e eu fiquei encantada. Pena que se ficasse mais tempo no encantamento, eu desmaiaria.

O TEXTO MAIS RETARDA QUE EU JÁ ESCREVI

Que Puta pariu?
Ovo meu, um gato pôs
Gato, mas ovo meu não põe
Mas qual puta que pariu?
...
De novo.
Parto que putou?
Um Ovo gatou pôs meu
Mas, ovo não gata pôs
Pariu que mais puta qual?
...
De novo.
Putar e parir, que?
Meu pôs ovou gato um
Mas um pôs não ova gato
Qual mais putou parto
..........que?




quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

TEXTOS DEPRESSIVOS DA FELICIDADE

Duas linhas
Duas linhas eu deixei
Para lembrar de meu fim eminente
Duas linhas eu deixei
Para lembrar-me que não sou contente
Mas fui imprudente
Aos meus ares embriagados, fui demente
Apesar de sempre carente
Essas linhas traçam uma mensagem exigente
Eu peço socorro, amparo, salvação
Para minha casca, resta a solidão
E para quem impieda-se  da minha dor, coitada
Desista, na boa
Minha alma é escura, endiabrada
Não tente consertar uma pessoa
Que já nasceu quebrada
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Olhei até ficar cansada de ver minhas lágrimas no espelho
Chorei por ter despedaçado
Amizades de um tempo inteiro
Os punhos
E os pulsos cortados
E os meus dois joelhos
Há dores perfurando minha alma
Embriagando-me com seu cheiro
Há dores por todos os lados
As lástimas vão piorar essa dor
O choro tem gosto de flor
Os cortes tem cheiro de morte
A dor vai ferrar com a minha sorte
Dores, dores
Os cortes
Da alma
Não fecham
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Eu deveria ter cortado mais fundo
Banhado a terra com meu sangue imundo
Embarcado no eterno sono profundo
Passado a lamina de forma decente
Me desligado em corpo e mente
Ser obrigada a seguir em frente
Embora não desse para continuar
E mesmo que não de para me aniquilar
Não posso parar de tentar
Não posso arriscar
Mente vazia, coração torto
Calma, leitor
Nao se pode matar
O que já está morto

PS: textos meramente ilustrativos
PS2: textos de um tempo atrás, a autora passa bem
PS3: É um bom videogame



Anel de diamante

                Estava vendo o feed do facebook, na monotonia das férias, quando uma imagem me chamou a atenção. Um anel todo incrustado de diamantes, desde a pedra maior, até o entorno. E primeiramente, eu pensei: Imagina sair com isso no Rio de Janeiro. Depois, comecei a ponderar sobre o anel. Quantos milhões essa desgraça deve valer. E como as pessoas superestimam o aro encrustado de gemas brilhantes, é como aqueles bichos de ficção científica que se atraem por coisas brilhantes. E é como se fosse uma coleira para o seu dedo anelar, para mostrar que você tem dono, e tal. Eu não me dou bem com jóias e acessórios. Se um cara me dá esse anel, ele ia ficar empoeirado em uma caixa pela eternidade, porque eu sei que se fosse usar, para ir a um restaurante chique, por exemplo, ia acabar tirando no banheiro e esquecendo por lá. O anel ia ficar intocado, na caixa, não ia usar no dedo nem a pau. O meu parceiro iria se irritar, dizendo que eu não valorizo seu amor e que desdenho do mesmo, mas eu não consigo gostar desse negócio, comigo os esquemas são práticos. Parabéns , você gastou seu dinheiro com algo totalmente desnecessário e que não vai acrescentar nada na minha pobre vida breve e inútil, quando eu morrer os parentes vão voar para cima como urubus para ver quem venderia primeiro. Não deem anéis, eles são não práticos e contém muitos germes e incomodam e fazem ladroes te marcarem como alvo. Em vez de gastar um milhão em um anel, gaste com livros, viagens, anel de diamante é só para as pessoas comentarem:``ohh, que romântico`` durante a fatídica cena de sessão da tarde.

Ps: Imagine a cena: andando com o anel de pedra pelas ruas de copacabana. Vem a gangue, encurrala a presa, agarra o braço, quase arranca o dedo, tira o anel, arranca o colar, pede celular e ainda pede música no fantástico.

É tenso.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Dobrar a meta

As pessoas zoavam a Dilma pois ela dizia umas pérolas. Mas em uma delas, eu me superei pensando nela. Nós não vamos botar uma meta, vamos deixa-la aberta. Se atingirmos a meta, nós a dobramos. Eu achava engraçado, até, hoje, ter mais uma de minhas epifanias, enquanto comia um queijo quente nesse rio de janeiro de quarenta graus ás quatro da madrugada.
A questão é: Eu deixei a meta aberta. Eu disse que queria passar para a UFRJ, mas era tao desacreditada de mim, não focalizei realmente o negócio. Não coloquei um calendário na parede, contando os dias para o enem, e fiquei dizendo ``aquela vaga é minha``. Por Tao desacreditada que eu estava, estava contando mais com a UERJ que a outra, pois achava que não tinha capacidade de passar. Deixei a meta aberta, disse que se fosse para ser, seria. Expectativas zero. Por isso que quando eu vi o resultado, chorei até meus canais lacrimais secassem.
E foi.                                              
Atingi a meta.
De acordo com a Dilma, agora vou dobrar a meta. E realmente terei que fazer isso. Agora o objetivo é sobreviver lá dentro, sabendo que de sete alunos de química, seis desistem ao longo do curso. Para eu poder analisar pós e misturar compostos, feliz da vida, ainda é necessário muito sufoco pela frente. Preciso de muitos vídeos motivacionais e muita ajuda de meus veteranos, amigos, colegas, internet, red bull, café, etc. Eu escuto a palavra CÁLCULO e já tenho calafrios, sabendo que será tenso, parece que a meta não dobrou, multiplicou. Por um número muito alto. Vamos fazer o máximo para poder atingir essa super meta pelos próximos quatro ( barra cinco, há greves, reprovações ). Enfim, muitos vídeos motivacionais, você consegue, essas besteiras de Augusto Cury. 
Não me deixem afundar.

Beijos 

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Carnaval da Mariana

Distraída pela página de uma lutadora de UFC. Mas voltamos.

Hoje, de volta de um show do Titãs, saí do Circo voador e me deparei com samba tocando bem alto, ressoando pelos meus ouvidos ainda meio atônitos pelo rock maravilhoso. E então, de maneira inconsciente, aquilo me incomodou, vi homens dando em cima de garotas, e lembrei-me da cerveja e do suor. Mas abstraí. Chegando a casa, me desarrumei, e, conferindo o instagram, via conhecidos postando fotos indo para a praia, ou com roupa de carnaval, e vários falando que ``os trabalhos começaram.`` Eu queria, realmente queria ir festejar com todo mundo, mas me sinto ridícula, não gosto tanto da música, o sol é insuportável, eu poderia muito bem viajar e ir para as montanhas, mas não tenho dinheiro. Então eu fico aqui, vão me chamar para blocos de carnaval, e eu lhes digo, apenas... Levem álcool. Vou levar também. Por quê? Porque no inferno de gente suada e bêbada dando em cima de você, fique suada e bêbada também, essa é a solução mais plausível, se você não quer posar de antissocial. Comprar uma garrafa de Smirnoff... Falando nisso, estou puta da vida, pois a minha garrafa foi para o ano novo e não voltou, saudades dela. Mas então, estarei lá, o sol queimando a minha pele, ouvindo músicas que não são a minha praia, desviando de homens que tentam passar a mão em mim/ me encurralar. Gringos no carnaval são insuportáveis. Eles simplesmente acham que todas as brasileiras são prostitutas, principalmente nostros Hermanos. Eles chegam e falam: Un bejito, e mais sei lá o que. Eu não danço, já devo ter descrito aqui, me sinto ridícula ,pois não consigo sentir a batida e, sei lá, me soltar. Eu penso que estou me mexendo de maneira estúpida, com várias pessoas fazendo o mesmo, olho para os lados e penso: caralho, o que estamos fazendo? Agora você deve pensar: mas Mariana, você gosta de ir para festinhas de rock. Sim, gosto, mas a parte que eu prefiro é estar com os amigos gritando as suas músicas favoritas, batendo cabeça, continua sendo idiota, mas essa música eu consigo sentir penetrando nas minhas veias como alguma droga. Enfim, posso curtir o carnaval, sim. Posso me sujar nas poças com conteúdo enigmático, posso andar quilômetros, escutando música que não me agrada totalmente, ser assediada por milhares de desconhecidos suados e bêbados. Posso, é claro que posso. Mas me deem álcool. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

URGENTE

Segunda-feira, 23:30. Estava fazendo algo aleatório, quando recebi uma mensagem de uma pessoa que eu estimava muito, e depois me machucou na mesma proporção, me deixou mal. 
Ela disse que lia meus textos. ALGUÉM LÊ MEUS TEXTOS! Meus olhos se encheram de lágrimas, ela disse que éramos amigas, mas que reconhecia a pressão que exerceu sobre mim.  Ela pediu desculpas, por tudo que fez a mim. Éramos crianças, imaturas, mas palavras me feriam como espadas. Mas suas desculpas fizeram-me perceber que, no final, ela nao era um monstro. Nenhuma pessoa era. Elas faziam isso sem perceber. Quarta-feira, 22:45, dia chuvoso. Estava eu marcando minha retirada de título de eleitora quando recebo uma mensagem... de uma garota que eu pensava que me repudiava. ela pareceu triste de coração por ter deixado uma pessoa como eu tao infeliz na pré-adolescência. Eu fiquei perplexa, nunca achava que ela também pediria desculpas. E então veio outro colega meu, que ficou sensibilizado pelo texto, e também se desculpou. 

Eu sofri. Eu me senti indesejada, desequilibrada, perdida. Tinha vontade de sumir. ( eufemismo). Eu fui vítima de comentários maldosos. Eu chorei no escuro quando ninguém ouviu/ viu nada. Eu pedi para a coordenadora para que parassem de me zoar, me diga se adiantou? Mas eu também fui um monstro. Eu apareci como vítima, agora lhes mostro a outra face da moeda, ninguém é inocente. 2013. Era eu, e uma sala cheia de adolescentezinhos maldosos. Eu precisava mostrar que nao era mais aquela garota insegura e que conseguia me enquadrar. O que adolescentezinhos fazem? Zoam os outros. As pessoas ainda me zoavam muito raramente, eu já estava ficando ligeiramente mais esperta, menos idiota, menos estranha. Mas aí veio esse garoto. Ele tinha uma aparência peculiar, olhos azuis, mas de um azul meio doentio, quase branco, uma cara muito inchada, olheiras roxas, cabelo ensebado castanho claro, uma voz fina de doer os ouvidos, uma barriga enorme, canelas finíssimas que não combinavam com nada. E então começaram a zoa-lo, chamavam-no de ET. Eu comecei a fazer o mesmo. Eu fiz um meme com o rosto dele, dizendo algo como : vim de marte, te levo para marte, algo do tipo, não me lembro bem. Nós zoávamos muito o garoto. Nós riamos e achávamos a coisa mais engraçada do mundo, e todos nós zoávamos, sem exceção. Eu ria, gargalhava, ele tentando responder aos insultos, que nós julgávamos fracos, na sua maneira desastrada, ele tentava esboçar uma resposta, mas não deixávamos, éramos muito cruéis. Como eu, ele tentava se encaixar, ele tentava, ás vezes, fazer algo legal para ser aceito, mas não adianta, sua aparência e seus trejeitos foram implicitamente rejeitados pelo bando. Um dia, houve um show de talentos em minha escola, e ele foi cantar Bohemian Rapshody, da banda Queen. Estava sem música no fundo, e eu nem me lembro direito dele cantando, apenas eu rindo, querendo que alguém gravasse aquela figura comica. Ah, digo mais: Falavam que, por ele ter a barriga muito inchada, tinha vermes. Barriga de verme, ET, esquistossomose, Lerdao, entre outros apelidos carinhosos. A pessoa saiu da escola. Hoje eu enxergo o quão ruim fomos para ele, pois eu sofri o mesmo. 

Agora imagine esse garoto. O quanto ele deve ter chorado no escuro. O quanto ele ainda tem as cicatrizes, o quanto ainda dói relembrar o quanto foi rejeitado, o quanto ele tentou para ser aceito. E saber que eu, além de outros, fui razão disso, é devastador. Fazemos o mal sem perceber, esse é o pior. Não sei de seu paradeiro.


O Homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera.Uma das garotas que me machucou muito Foi zoada demais quando era mais nova.Eu fui apedrejada emocionalmente. Eu tinha sede de sangue tanto quanto ela.Eu descontei isso nesse garoto.Hoje esse garoto pode estar descontando em outras pobres criaturas.Palavras cortam mais profundamente que espadas, já dizia George R. R. Martin.Pais, eduquem seus filhos. Estabeleçam limites em suas brincadeiras, ensinem-lhes amor, simpatia, generosidade. Conheçam seus filhos. Eles podem estar sendo maltratados, e podem maltratar. E podem marcar alguém por muito tempo. E isso dói. Dói em mim, dói na garota que citei aqui, dói no garoto que saiu da escola pois não aguentou tamanha dose de maldade.

O meu texto anterior, onde relato o que passei, as dores que enfrentei, alcançou proporções que eu não esperava. Quero que com esse, seja o mesmo. Por favor, passe adiante essa mensagem, mostre o quanto a educação é vital, impeça que esse ciclo que deixa tantos feridos por aí, ( mesmo que no escuro, esses são os que sangram mais), se perpetue. 

Desculpe, Luiz Felipe. 


Fim