quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Bichos

Um dos sonhos mais perturbadores que tive.
Estava eu na casa de algum amigo/a. Tudo bem. De manha, cerca de dez horas. Resolvo subir as escadas e me encontrar no terraço coberto da casa, era um dia nublado. Telhas ficavam acima de minha cabeça, mas dava para ver um espaço aberto. No final do canteiro, umas trepadeiras, umas plantas altas. Andando um pouco por lá, via uns materiais de construção, uns entulhos, e uma cama elástica. Eu amo camas elásticas, tenho paixão platônica por elas. Chegando perto, vejo cerca de três meninos pequenos adormecidos, pergunto ao dono da casa o que aconteceu, ele me disse que os três estavam brincando tanto que pegaram no sono ali mesmo. Aqui  as coisas ficam bizarras. O tal dono da casa veio falar comigo, no tal terraço, e eu sinto algo estranho no meu cabelo, como se algo tivesse pousado nele, se agarrado nele. Sinto que meu cabelo fica cada vez mais embaraçado, mas tudo bem. Ainda sentia esses mini empurrões e sabia que tinha alguma coisa errada. O caseiro falou para mim:
-Acho que tem uma barata no seu cabelo.
E eu gritei:
-AHHH! TIRA, TIRA!
E ele começou a catar baratas presas no meu cabelo, eu estava quase chorando. Ele tirava várias, fazia um verdadeiro ninho no meu cabelo, e elas nunca paravam de chegar, e eu só pedia a ele que tirasse logo, volta e meia eu via alguma presa em uma mecha perto do meu rosto, vontade de vomitar. E ele arrancando, com força, e eu falo:
-Não é possível. Eu vou virar para frente para encarar esses demônios.
Então, fica ele mexendo no meu cabelo, e eu de frente para onde elas vinham. Vem uma, do lado das trepadeiras, voando a velocidades estratosféricas, E DÁ COM TUDO NO MEU OLHO ESQUERDO. Eu vejo o inseto voando muito rápido, na minha direção, destemido, suicida. Ela basicamente se explode ao bater no meu olho, que deveria estar protegido pela lente do meu olho, mas não repele a investida que a barata dá. E assim vem várias, e todas vindo em linha reta, atingindo meu olho esquerdo. O que aconteceu com o corpo delas? Acho que foi pulverizado com o impacto, só sei que suas asas se transformaram em palhetas. Isso, palhetas, de tocar violão, guitarra. Essas palhetas eram meio grudentas e ficavam se acumulando entre meu olho e minha pálpebra, e eu precisava ficar tirando, estava me incomodando de verdade. Eu tirava pilhas de palhetas, as asas mortas das baratas que vinham me acertar. No final, eu não aguentava mais e estava com o olho esquerdo muito vermelho e inchado, e pedi para ir ao hospital. Na escada, eu expressei a minha angústia:
-OLHA ISSO! AS ASAS DELAS VIRARAM PALHETAS! PELO MENOS VOCÊS PODEM VENDER ESSAS DESGRAÇAS!
Mas as palhetas não apresentavam desenhos ou coisas bonitinhas, eram palhetas brancas, simples, com algo insignificante escrito. E assim fomos ao hospital. Chegando lá, sou posta em uma maca, e a doutora fala para meu amigo que ``o meu reflexo tende a cada vez decrescer, se já é ruim agora, depois vai piorar``, e a causa disso foi a pior possível. Pois eu tinha muita esperança. (?). Enfim, a médica diz que nós não temos colírio, ela poe uma compressa com soro fisiológico sobre meus olhos, e sai. Enquanto ela está fora, tiro a parte do olho direito e procuro por informações sobre o meu estado. Vejo um quadro na parede que fala sobre Dengue ou Febre amarela tipo B. Criei uma doença no meu sonho. Essa última seria transmitida por ratos, morcegos, e ... baratas. Eu começo a entrar em pânico, quando a doutora chega, pergunto-lhe se tem risco de eu contrair febre amarela tipo B. Ela diz que tem uma probabilidade muito mínima.

Foi basicamente isso, deveras perturbador.

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