quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Domandu carangueju

Chego acho as rédeas, já jogadas, enlameadas, enterradas por baixo dos ossos. Faço um esforço para retirar os ossos de cima das rédeas, meus próprios ossos gostam do movimento desabante dos seus semelhantes, escutam seus ruídos, se espelham, e quando vejo, estou no chão e as rédeas enterradas. Ao meu redor, cheiro de sangue, ferrugem, enxofre, parece o interior de um vulcão. Por que preciso pegar essas rédeas? Começo a cavar para além dos ossos e acho tesouros dos mais diversos, pedras preciosas, minas de ouro gigantescas, e penso : '' Nem tenho bolsos para isso''   . Mas tento pegar, mesmo assim , as pedras com as mãos , os diamantes, meter na camisa, e tentar dar um jeito de sair de onde... nem sei onde estou, a clareira é escura, os ossos fazem sombras estranhas nas paredes circulares ao redor, tão altas que não sei como vou conseguir escalar , tento de todas as formas, meus pés escorregam, as jóias saem rolando, assim como os ossos. Depois de três tentativas arranhando as unhas até chegar ao talo, desisto e fico pensando, sem pedras, olhando para a névoa que cobre o topo, parece tudo fechado, tudo repleto de fumaça, estranho. 
Até que chega a mim uma imensa sombra , me assusto. O que seria esse ser gigante? Será uma alucinação? Tenho medo, estou tremendo, suando, falo comigo mesma:
-Tem alguém aí?
Não recebo nada em troca  ,só o ruído de ossos irem se desprendendo e rolando pelas pilhas e pilhas de fragmentos de tesouros. Ele chega até mim, seus dentes de esmeraldas, olhos dois buracos negros incandescentes que sopram fogo azul, está quente, é um caranguejo cravejado de pedras preciosas, e percebo que sou o único corpo mole do recinto, posso ser a comida do caranguejo.
Procuro desesperadamente pelas rédeas que estavam há tanto desaparecidas, me desespero porque o bicho está chegando perto, me encurralando contra um canto da parede, penso que talvez eu consiga me meter por baixo das pernas dele, tem um espacinho, mas no momento que ele se aproxima e eu tento investir e deslizar, os ossos bloqueiam meu movimento, eu empaco. Ele abaixa e naõ permite que eu deslize, e não vejo outra opção se não tentar escalar o bicho e ver se consigo me tirar dali.
O bicho tem três metros de comprimento, se remexe de forma desajeitada, emite um eco seco que pode ser seu rugido, o que for, com suas garras de um metro de comprimento abrindo e fechando, e vou subindo, com muita dificuldade. Como vou poder controlar o bicho, se nem as rédeas tenho? 
Como vou escapar do bicho? Estou ansioso e quero logo poder estar em segurança, mas... 
Escorregando, me abrigo na curva de uma perna para início do corpo, quando uma bola de fogo vindo de um fosso ao lado quase me derruba , fico preso por um indicador e o dedo médio, faço um esforço desgracento para me jogar para cima, um , dois, VAi! Subo novamente, tento lembrar o que estava fazendo aqui, qual era meu objetivo  , tentar sair por cima, vou escalando a carapaça do caranguejo, ele se sacode , empina , me agarro com braços , pernas, mãos como ventosas, só a adrenalina pulsando firme no meu sangue, nem sei como estou raciocinando, tudo está escuro e estranho, como vim parar aqui? Ouço vozes ligeiramente, não sei se são da minha cabeça, em um momento pisco, quando abro os olhos, estou vendo estática, ruído, muita informação , deformação, uma onda de caos, tenho uma pequena vertigem, meu estômago se contorce, vomito ali mesmo, meu vomito se perdendo na frente do abismo em que o caranguejo vai se escorregando para. Olho para o abismo, ele olha para mim. O silêncio e o barulho dos ossos secos. Tento escalar mais , estou em uma curva muito acentuada, está fazendo muito calor. Começa a chover uma substancia amarela e gosmenta , procuro um canto do caranguejo que tem um rubi de um metro de envergadura, agarro ele com as maos e , cuidadosamente para eu não cair, arremesso o rubi de lá de cima mesmo, me abrigando na cavidade do caranguejo. Durmo. 
Acordo.
Ok , hora de descobrir como vou me lançar daqui, como vou voltar para o ... normal? Existe normal? Normalizado por quem? Parei para ver os formatos estranhos que os fragmentos de névoa fazem se contorcendo como bailarinas no ar pesado, difícil enxergar algo além. Mas essas pequenas faixas de sedas vão se desenrolando, tão leves quanto os pássaros, tão raros aqui nos cantos de enxofre. Experimento minha voz, tento fazer uma música para elas. O caranguejo continua pulando , se contorcendo, e penso ok é o fim meu destino foi viver como um parasita. 
Será que sou um parasita? Será que não posso tentar viver em equilíbrio, fazer um acordo com ele? Será que vou ter que morar no caranguejo? Quando vejo que há habitantes no topo de sua carapaça , com barraquinhas de camping, comendo os insetinhos que se alojam na casca do mesmo, e penso: ok, vamos lá falar com os amigos.
O bicho está se contorcendo , pulando , e eles lá, sentados, tem um tocando violão .  
-Foi difícil a escalada, cara?
-Foi... perdi as rédeas.
-Todos nós perdemos. 
-É bom- comenta uma colega- Ás vezes. Sentado no caranguejo, vemos o tempo passar de forma não linear, e os tesouros e ossos vão se fragmentando e viram todos os fragmentos de uma infinita ampulheta, um big ben que se explode e transborda universos novos a cada segundo. Um meteoro ameaça atingir o caranguejo e mandar todos seus hospedeiros para o espaço , mas conseguimos nos segurar nele, dá tudo certo, e escutamos vozes de fora:
-Eles não vão conseguir-
-O caranguejo os vai comer na primeira hora em que eles dormirem-
Captamos as ondas sonoras de todas as transmissões que se direcionam ao caranguejo, 
convertemos em gasolina. 
Homens sendo domados por seus parasitas, sendo parasitas, sendo hospedeiros, preferindo habitar entre os ossos, desistindo de sonhos, desistindo de expectativas, só indo com a maré, pelo menos meu caranguejo está...
Ele começa a se balançar, com raiva. Ele percebe que estou tentando o por em uma categoria luxuriosa. Se sacode todo e todas as pedras preciosas caem, e o caranguejo diminui de tamanho, até que nós carregamos o caranguejo, ele recluso, preso em sua própria casca, dizemos a ele: -Pode sair, está tudo bem.
-Andamos com ele pelos cantos do planeta, aprendemos sobre a vida, o ar , o fogo , a terra. Por vezes somos abrigo deles, por vezes ele nos dá abrigo, o ego nos escondendo, a persona salvaguardando a pessoa e a carne de seres que só precisam respirar. Somos nossas próprias cascas, pequenos, imperceptíveis, mas diante do abismo, crescemos e chegamos a vinte metros, com pinças, com fogo nos olhos, pois as criaturas da noite são sombrias e frias . Chega um dia, eu, já com olhos azulados e barba, me despeço dos colegas de Caranguejo e, com minha própria casca, me afasto, 
-quem fez essa casca?
-Eu que pintei.
-Tem ouro?
-Tem valor.
-Em quanto tempo ?
-2 Bilhões de eternidades. 


sexta-feira, 25 de setembro de 2020

             Imaginação querida, o que sobretudo amo em ti é não perdoares.


 Aranha

 

À sombra dum cedro imenso

Eis-me a sentir e a pensar;

Mas o que sinto não penso

E o que penso está suspenso

Como uma aranha no ar

 

No ar balouça, fremente,

Num débil fio invisível

Dessa teia intermitente

Que liga o passado ingente

Ao presente irreversível.

 

Irreversível instante

O estar aqui na paisagem

Dentro dela e já distante

— Pois o que somos durante

É de nós próprios imagem.

 

Imagem que se desdobra

Sem que a vontade a detenha

No tempo que nunca sobra.

Viver?… Criar uma obra?…

Oh, o mistério da aranha!

Carlos Queiroz

 

terça-feira, 22 de setembro de 2020

óculos para o PM

 andando bamboleante pela cidadje, até que me deparo com um PM a paisana, se disfarçando de palmeira. Talvez nem ele saiba que estava se disfarçando de palmeira. A palmeira é mais estilosa, mesmo. Pego de meu bolso uns óculos especiais que separei justamente para o PM. 

Chego para ele e falo:

-Boa tarde, Senhor. 

-Boa tarde, moça.

-Sou oftalmologista, e estou testando esses óculos de visão apurada para a polícia militar do Rio de Janeiro. 

-Isso é alguma brincadeira?

Mostro meu crachá. Eles adoram o crachá.

-Se não for eficiente, você pode tirar a qualquer momento, retirar assim que o pôs na cabeça.

Ele olha para os lados, coça a parte de trás da cabeça, faz um pequeno grunhido de nhmmmm...

Visivelmente desconfortável. 

-Vamos, é rápido.

Eu tento me encaminhar da forma mais amistosa possível, e botar os óculos no rosto embrutecido do PM. 

No momento que boto os óculos, cachoeiras de sangue começam a desaguar dos óculos, na parte interna , não permitindo que o homem veja nada. 

Ele começa a tentar dizer algo, mas o sangue começa a entrar em sua boca.

-Opa, não tenta falar não que é pior. 

Ele começa a se afogar e se debater, tentando tirar os óculos, mas derretemos do centro da cinelândia e agora estamos no mundo dos mortos, pelo rio Estige, mas em vez de água, o sangue... o PM não sabe o que fazer, senta e até parece curtir a viagem, sem enxergar, mas balançando a cabeça de lá pra cá de vez em quando. 

-Eita, parece que a gente vai cair numa..

Outra cachoeira de sangue. Uhuuuu Adrenalina, sinto meu estômago revirar conforme o barco cai quase em noventa graus, e quando caímos , é justamente numa tela de cinema 6D e começamos a participar do filme.

-José! Diz a mulher, afoita.

-Você matou o seu filho, José.

O PM não entende nada, ele acha que está sonhando, senta e começa a rolar de modo másculo.

-JOSÉ! FALA COMIGO, CARALHO! Diz a mulher, chorando, desesperada.

-José olha para ela e fala:

-Eu... eu... eu atirei no carro branco...

-ERA O CARRO DO MARCOS, E ELE TAVA DENTRO , VOCÊ MATOU O NOSSO FILHO, VOCÊ TEM NOÇÃO DISSO?

-Não, não, eu matei um... um...

-E AGORA, JOSÉ? TÁ FICANDO MALUCO?

José, ainda atônito, diz:

-A polícia militar vai prestar as mais sinceras condolências...

-JOSÉ, ACORDA, JOSÉ! ISSO NÃO É MIOPIA, É PSICOPATIA!

-FALA ALGUMA COISA QUE ME MOSTRE QUE VOCÊ SE IMPORTA, QUE VOCÊ É HUMANO!

-É porque ele cortou o cabelo e ta parecendo... tava....

-Ele não deveria andar por essas bandas a essa hora... é muito violento...

-José, eu não aguento mais escutar isso- a mulher diz, exausta, fica ai com as suas armas, até nunca mais-

-A polícia militar agradece a sua queixa, bip, bip... 

José acorda. Procura sua mulher, ela não está. Procura por seu filho, ele não está. 

Mais um dia de trabalho.


 sobrou uma paçoca do jantar

vi um grupo de PMs
com aquelas caras fechadas,
quem sabe um docinho deixa eles menos carrancudos
deve ser chatão ficar em pé com aquelas metralhadoras por horas
taquei uma paçoca nos PMs
falei:
-pensa rápido!
os pms fuzilaram meu corpo na hora,
pensaram que eu tinha jogado uma granada
agora estou escrevendo toda esburacada
espero q tenham gostado da paçoca

domingo, 20 de setembro de 2020

em matérias de desejo

 achei muito interessante o alter ego de Duchamp, Rrose Selavy, sendo feminino.Pois o alter ego acaba sendo a frase '' Eros, é a vida'', e faz ligação com o trabalho de Gabriela Mureb sobre a máquina que está pulsando, o motor eternamente funcionando, ele deseja. Se Rrose é uma rosa, o orgão reprodutor de uma planta, e também eros, pode-se traçar esse caminho dúbio e irônico, de que o empírico perpassa a razão no que cabe a propagação da espécie, Eros, é a vida, é o impulso desejante que nos guia em direção que não conseguimos determinar, pois há 9 bilhões de pessoas no mundo. Encarnando o desejo de viver outra persona, um universo paralelo se configura para Duchamp, cabe resssaltar que eu também tenho um alter ego, masculino , se chama Mario de Mithos. 

Arte deve transmitir conteúdo? Não precisa, ela pode só ser. 

Acredito que justamente pelo trabalho não ter sido pensado com base nas suas decisões formais , é mais interessante. Fazer um objeto pensando a forma para ser interessante, é bom. Aparecer com um objeto e descobrir curvas entornos e estilos-próprios que não tiveram a seta da intencionalidade do discurso lacaniano é mais potente, a meu ver, porque é a a captura de um discurso como se fosse uma borboleta perdida no meio de um buraco negro, é um recorte aparentemente aleatório, mas que tem um quê de neoconcretista, pois o objeto acaba trazendo uma sensibilidade , uma subjetividade, uma dúvida, uma questão.

"meu trabalho é respirar, '' meu trabalho é cuspir, duchamp


respirar" diante dessa fala, a independencia do objeto e o centro do self, no texto estética do narcisismo, e também a obra de piero mansoni, em que ele literalmente infla balões com o próprio ar e vende por quantias exorbitantes.

genial duchamp PAROU DE SER ARTISTA: Será que alguém , um dia , deixa de ser artista?

Será que não tem uma visão de mundo diferente , sendo artista?

Será que depois de revolucionar completamente as noções ocidentais de arte , você pode simplesmente levantar , opa , já deu, vou virar jogador profissional de xadrez, parece que o passado nem existiu.

intermédio emitia declarações aforísticas

sobre sua arte. E há também uma intrigante separação


entre essa aura de mito pessoal e a qualidade desper-

sonalizada de sua arte.

Posso dizer sobre minha arte que também não tenho o estilo, e que elaboro essa persona na imagem de Mário de Mithos , e nos outros alter egos que se desenrolam a partir destes.

Duchamp como um inquietante dialético

INQUIETANTE DIALÉTICO

MEXEDOR DE DESTINOS

QUESTIONADOR DE POSIÇÕES

QUESTIONADOR DE DILEMAS

é interessante perceber a geometria dos suportes das obras de Brancusi, como eles acabam sendo a obra, e dialogam com o trabalho de Duchamp no momento em que não se sabe se o vidro em que há a pintura é parte da obra ou o suporte.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

questões

 É incrível perceber que , no início do advento da fotografia, essa concepção do movimento possa estar tão adiantada. É muito interessante perceber o movimento que é esperado , em Boccioni, em que o centro da garrafa, a parte que foi retirada, mal se vê, em uma análise que, os objetos, se deslocando ao redor desse eixo vertical, estariam tão rápidos, que mal se enxergaria o centro do mesmo, como um turbilhão de luz. É interessante perceber o eixo central como a manifestação do Movimento Absoluto, como uma manivela das máquinas, como característica vital do movimento futurista. 


é interessante também pérceber pelo espaço-que-falta, pelos ínteres ( esqueci aquela palavra) pelo qual a noção conceitual e abstrata da garrafa da cabeça de cada um vai auto moldando a garrafa, e como seus espaços em aberto são propíceos para fazer respirar a obra, o espaço da ''frente'', que deixa observar o negativo na forma, abre caminhos para o abstrato, será que uma série de fotografias de todos os angulos possíveis da escultura satisfariam mais as noções de movimento, uma vez que uma foto precariza muito o movimento da obra em si, ainda pelo fato de que nós, público a trabalhar a obra, não podemos ve-la pessoalmente...


A obra tem um quê de intimista, no momento que lhe é acessível o núcleo, o que é um tema muito potente, atingir o cerne do pulsar de uma rotação que movimenta o sistema inteiro da obra, é o reflexo do futurismo como: vamos para além do opaco, para além dos objetos fechados em si, acessamos o raio-x, acessamos o movimento, a rapidez, o processo mecânico, somos praticamente deuses.( Usar em alguma obra isso , talvez o boneco estar aberto, deixando aparecer o que poderia ser um coração) .Tudo isso busca, de certa forma, acessar esse sistema auto-fornecedor de energia que se equipara ao pensamento. ( A problemática seria: a máquina não é auto-geradora, e os recursos vão ficando escassos, mas aí está a questão: o artista se esgotaria, ele teria esse poder de auto-geração, ou poderia , em algum momento, se desencontrar de sua criatividade?'') 


*escultura, entre outras, o uso de materiais não-tra-

dicionais, como vidro, metal laminado, arame ou lu-

zes el étricas .')* vou ser futurista


é interessante como o picasso chega  e consegue abordar essa multiplicidade de perspectivas, enquanto os futuristas ainda pensavam em algo nuclear, em algo como um pilar, ou mesmo os construtivistas, com a torre do Tatlin, que , querendo ou não , respeita um eixo vertical, o que picasso faz é dissipar essa nuclearidade, abordar perfis e o máximo de perfis representados possíveis, o que enriquece e traz um ar de confusão , sem saber onde começa, termina, com o fundo se mesclando com o plano em destaque. 

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

pra terminar

 Acabo de escrever infinita. Não interpolei esse adjetivo por costume retórico; digo que não é ilógico pensar que o mundo é infinito. Aqueles que o julgam limitado postulam que em lugares remotos os corredores e escadas e hexágonos podem inconcebivelmente cessar – o que é absurdo. Aqueles que o imaginam sem limites esquecem que os abrange o número possível de livros. Atrevo-me a insinuar esta solução do antigo problema: A Biblioteca é ilimitada e periódica. Se um eterno viajante a atravessasse em qualquer direção, comprovaria ao fim dos séculos que os mesmos volumes se repetem na mesma desordem (que, reiterada, seria uma ordem: a Ordem). Minha solidão alegra-se com essa elegante esperança.

tb borges

 A certeza de que tudo está escrito nos anula ou nos fantasmagoriza. Conheço distritos em que os jovens se prostram diante dos livros e beijam com barbárie as páginas, mas não sabem decifrar uma única letra.

Subiu até um suco gástrico aqui

Borges

 3 Repito-o: basta que um livro seja possível para que exista. Somente está excluído o impossível. Por exemplo: nenhum livro é também uma escada, ainda que, sem dúvida, haja livros que discutem e neguem e demonstrem essa possibilidade e outros cuja estrutura corresponde à de uma escada

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Fazer hoje nem que vc fique até 3 da manhã , fodaci foi descansar agr faz as paradas

 01:55 - Galois entregando trabalho na secretaria da academia  mariana

(faixas no cenário mostrando que é o grande prêmio da matemática)

(trabalho precisa ter uma fácil identificação)

Cenário: secretaria


''-Taí ó, meu trabalho.''


porran tá maluco é palavra pra carai

Raspail intervém:

  • Misericórdia  para esta criança frágil e valente, em cujo rosto o estudo já gravou, em rugas profundas, e no espaço de três anos, sessenta anos das mais sábias meditações; em nome da ciência e  da virtude, deixem-no viver! em três  anos, será o sábio Evariste Galois!mariana

 

06:20 - Centenário no céu: Galois na mesa com vários caras inteligentes, levanta para brindar, deixa aparecer a adaga - detalhe: piscada de olho do Galois mariana
hj só vou fazer a cena 01:55, a 04:30 e fazer os boneco, só isso , e ler mais vinte paginas do livro de Pepper Bea