Desculpa por não ser engenheira
Por não ser arquiteta
Por não gostar de fazer coisas retas
Desculpa
Por não sorrir sempre
Por não te dar o amor da forma que você demanda
De não acenar pra você e dizer para onde estou indo
Desculpe
Por não deixar ninguém entrar na minha vida mais íntima
Desculpe por não confiar
Desculpe por não aguentar
Desculpe por me esgotar
Desculpe por ceder
Desculpe por cair
E não conseguir levantar
Desculpe por sangrar
E não conter
Desculpe pelo meu silencio
Teus gritos viraram meu silencio
Nossa relação virou meu silencio
Brigue
Me taque pedras
Desculpe, desculpe, desculpe
E eu não quero falar com você
Nao estou com vontade
Desculpe por não estar com vontade
Desculpe por ter depressao
Desculpe por te afastar
Desculpe por não ser a pessoa que sua cabeça fez de mim
Desculpe por fugir
Sim, fugir
Me chame de covarde, siga em frente
Estou indiferente ás críticas
Impotente
Desculpe
Por não seguir
Os planos que eu tao fielmente seguiria
E me tiraria desse buraco , dessa cova
Desculpe por ser improdutiva
Por ter bloqueio criativo
Desculpe por não querer tatuar
E ferrar mais minha mão
Desculpe por ser mulher
E ter que ser tratada como um objeto frágil
E uma mente louca estúpida
Vagando por aí
Desculpe por existir
Queria ter pegado o cordão umbilical
E me enforcado
Não consegui
Chorei, chorei
E continuo chorando até hoje
Eu realmente não queria estar aqui
Não assim
Desculpe por ser solitária
Desculpe por ter recusado a ajuda de alguns
E repudiado outros
Desculpe pela arrogancia
Desculpe pela gula
Desculpe pela avareza
Desculpe pela insegurança
Desculpe pela ira
Desculpe pela tristeza
Desculpe pelo drama
Desculpe pela existencia
Desculpe pelo sofrimento alheio
Desculpe uma pessoa
Que virou só casca
Mas já teve o coração cheio
segunda-feira, 30 de abril de 2018
quarta-feira, 25 de abril de 2018
Virando ar
Se falta tanto tempo
Para respirar
Resolvi
Estou me tornando
Ar
armando contra a vida
amando e sarando ferida
Remando contra destinos
Deslizando entre intestinos
E rins, fígado, amém
Temores pré estabelecidos por outrém
E quaisquer obstáculos além
Transpassando e tratando bem
Sem olhar a quem
Mudando
Vivendo
Ascendendo
Valorizar
importar
Virando
Ar
Para respirar
Resolvi
Estou me tornando
Ar
armando contra a vida
amando e sarando ferida
Remando contra destinos
Deslizando entre intestinos
E rins, fígado, amém
Temores pré estabelecidos por outrém
E quaisquer obstáculos além
Transpassando e tratando bem
Sem olhar a quem
Mudando
Vivendo
Ascendendo
Valorizar
importar
Virando
Ar
Espelhado
Cansado
Dessa alegoria no espelho
É mais que se aceitar
É olhar
E não querer ver
Toda essa bagagem
Toda essa negatividade
Todo o excêntrico
Misturado com o centro
e o cerne
Do mal que habita em mim
E todo dia
A tarefa é aniquilá-lo
Joga-lo no espaço
Ele acaba implodindo
E arruinando tudo que tem por perto
Queria a paz
Dos que simplesmente vivem
Sem se perguntar por que
Queria querer menos
Queria olhos claros
E pés pequenos
E não me importar com aparência
Queria achar tesouros
No meio da poeira
Onde o próprio pó é ouro
Linho, veludo e couro
Queria valorizar
Queria enxergar
Queria não querer
O que, no fundo, já temos
E entender
Que nada sei
E cada dia menos
Dessa alegoria no espelho
É mais que se aceitar
É olhar
E não querer ver
Toda essa bagagem
Toda essa negatividade
Todo o excêntrico
Misturado com o centro
e o cerne
Do mal que habita em mim
E todo dia
A tarefa é aniquilá-lo
Joga-lo no espaço
Ele acaba implodindo
E arruinando tudo que tem por perto
Queria a paz
Dos que simplesmente vivem
Sem se perguntar por que
Queria querer menos
Queria olhos claros
E pés pequenos
E não me importar com aparência
Queria achar tesouros
No meio da poeira
Onde o próprio pó é ouro
Linho, veludo e couro
Queria valorizar
Queria enxergar
Queria não querer
O que, no fundo, já temos
E entender
Que nada sei
E cada dia menos
Eu nao presto
E adoro não prestar
Se eu prestasse, por exemplo
Para sentar em cima
Viraria uma cadeira
Eu não presto
E o que te olha é todo o resto
Para que contar comigo?
Se eu digo
Posso ser teu amigo
Mas não presto
Por isso ando só
E de vez em quando falo com pessoas
Não presto para sorrir
Do contrário
Rugas e vincos se abririam na minha cara
E minha feição seria uma eterna careta desvairada
Não presto para ter família
Para ser tia, mãe, filha
Não presto para dar exemplo
Sem religião, sem templo
E então, doce ser que presta
Eu te contemplo
Te pinto, te desenho
Mas não te venero
Te espero
Mas não sua opinião
Com esmero, pego sua mão
Somos fúteis
Admiráveis nobres inúteis
Se você me fala
Para começar a prestar
Slow down, darling
Porque eles querem se aproveitar
De quem quer provar
Ter algum valor
Venha para meu lado, para esse calor
E cheiro de nada
Que nos satisfaçamos
Sem precisar se escravizar
Sem precisar
Prestar
Se eu prestasse, por exemplo
Para sentar em cima
Viraria uma cadeira
Eu não presto
E o que te olha é todo o resto
Para que contar comigo?
Se eu digo
Posso ser teu amigo
Mas não presto
Por isso ando só
E de vez em quando falo com pessoas
Não presto para sorrir
Do contrário
Rugas e vincos se abririam na minha cara
E minha feição seria uma eterna careta desvairada
Não presto para ter família
Para ser tia, mãe, filha
Não presto para dar exemplo
Sem religião, sem templo
E então, doce ser que presta
Eu te contemplo
Te pinto, te desenho
Mas não te venero
Te espero
Mas não sua opinião
Com esmero, pego sua mão
Somos fúteis
Admiráveis nobres inúteis
Se você me fala
Para começar a prestar
Slow down, darling
Porque eles querem se aproveitar
De quem quer provar
Ter algum valor
Venha para meu lado, para esse calor
E cheiro de nada
Que nos satisfaçamos
Sem precisar se escravizar
Sem precisar
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terça-feira, 24 de abril de 2018
Propaganda gostosa
``Comprem biscoitos laranja, pois eles são gostosos.``
Diz a modelo, olhando para a câmera, vestindo roupas laranja, cabelo tingido de laranja, olhos com lente laranja, saltos altos laranja, batom laranja, pele pintada com tinta guache laranja. Ela está pegando um dos biscoitos, com a mão esquerda, da embalagem na direita.
``Afinal- Continua ela, encarando a câmera com olhos arregalados- Eles são gostosos!``
Ela delicadamente mordisca o doce, e, no mesmo segundo, fecha os olhos e diz:
-``HUMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM``
Enquanto ela emite esse murmúrio/ ganido satisfatório de prazer inerente, ela passa os bracos ao redor de seu próprio corpo, lambe os beiços, mexe nos cabelos de maneira lenta e sensual, tudo isso de olhos fechados:
-``...MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM...
Ela desabotoa o blazer, continua passando a mão por entre seus fios de cabelo, agora com mais energia, mais rapidez e astuciosidade, ela já não se aguenta mais em pé, cai de joelhos, tirando agora a saia, ficando apenas de roupa de baixo no estúdio.
Tinta laranja começa a cair do teto, encharcando a modelo e o restante de suas roupas, mas é tudo tao laranja, que se confunde no meio, e nem o fundo verde consegue se sobrepor a toda aquela cor.
E continua mastigando.
``...MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM...``
Ela pega biscoitos recém tocados direto do pacote e joga tudo em cima dela, enquanto tira o sutiã e a calcinha, os cinegrafistas acostumados com a empresa de publicidade inovadora, sequer piscam. Continuando a emitir o ganido/ chiado / chamado de acasalamento, ela segue comendo biscoitos, mastigando, de olhos fechados, agora com a mão direita, em que antes havia o pacote de biscoitos, está sendo usada para se masturbar, ou fingir, ninguém sabe ao certo, apenas que ela é uma boa atriz. A outra mão, auxiliando a devorar o pacote de Laranja`s.
Chega um homem elegante, sorriso brilhante e alto, de terno, e diz:
-Biscoitos Laranja, eles são GOSTOSOS!
-CORTA! Vamos pegar as partes boas e cortar o resto! Finalizamos por hoje.
A mulher, despida no meio do fundo verde, como que se recuperando de um transe, finalmente, cospe o biscoito no chão brilhante, e, fechando a cara, diz:
-Puta que pariu, finalmente, não aguentava mais ficar com esse negócio farinhento na boca, eu hein, gosto de nada.
E assim, volta a vestir suas roupas laranja, se encaminhando para o fundo da sala, fumar um cigarro.
Diz a modelo, olhando para a câmera, vestindo roupas laranja, cabelo tingido de laranja, olhos com lente laranja, saltos altos laranja, batom laranja, pele pintada com tinta guache laranja. Ela está pegando um dos biscoitos, com a mão esquerda, da embalagem na direita.
``Afinal- Continua ela, encarando a câmera com olhos arregalados- Eles são gostosos!``
Ela delicadamente mordisca o doce, e, no mesmo segundo, fecha os olhos e diz:
-``HUMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM``
Enquanto ela emite esse murmúrio/ ganido satisfatório de prazer inerente, ela passa os bracos ao redor de seu próprio corpo, lambe os beiços, mexe nos cabelos de maneira lenta e sensual, tudo isso de olhos fechados:
-``...MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM...
Ela desabotoa o blazer, continua passando a mão por entre seus fios de cabelo, agora com mais energia, mais rapidez e astuciosidade, ela já não se aguenta mais em pé, cai de joelhos, tirando agora a saia, ficando apenas de roupa de baixo no estúdio.
Tinta laranja começa a cair do teto, encharcando a modelo e o restante de suas roupas, mas é tudo tao laranja, que se confunde no meio, e nem o fundo verde consegue se sobrepor a toda aquela cor.
E continua mastigando.
``...MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM...``
Ela pega biscoitos recém tocados direto do pacote e joga tudo em cima dela, enquanto tira o sutiã e a calcinha, os cinegrafistas acostumados com a empresa de publicidade inovadora, sequer piscam. Continuando a emitir o ganido/ chiado / chamado de acasalamento, ela segue comendo biscoitos, mastigando, de olhos fechados, agora com a mão direita, em que antes havia o pacote de biscoitos, está sendo usada para se masturbar, ou fingir, ninguém sabe ao certo, apenas que ela é uma boa atriz. A outra mão, auxiliando a devorar o pacote de Laranja`s.
Chega um homem elegante, sorriso brilhante e alto, de terno, e diz:
-Biscoitos Laranja, eles são GOSTOSOS!
-CORTA! Vamos pegar as partes boas e cortar o resto! Finalizamos por hoje.
A mulher, despida no meio do fundo verde, como que se recuperando de um transe, finalmente, cospe o biscoito no chão brilhante, e, fechando a cara, diz:
-Puta que pariu, finalmente, não aguentava mais ficar com esse negócio farinhento na boca, eu hein, gosto de nada.
E assim, volta a vestir suas roupas laranja, se encaminhando para o fundo da sala, fumar um cigarro.
sábado, 14 de abril de 2018
terça-feira, 10 de abril de 2018
Os três louros
O primeiro louro era baixo
Mas eu me encaixo
E, no mais sulista mangue
Esvaiu meu sangue
E em um momento
Éramos um corpo em tormento
Um momento não, me arrepia
Todo dia
Mas teu amor não é doce
Melodia
E, enquanto ainda é dia
Te largo a mao
Pego o aviao
Se bem que foi você
Quem primeiro largou
E quem primeiro chegou
-------------------------------------------------
O segundo louro era gigante
Era muito demais
Meu mais tremendo amante
Meu amor por ti nunca vai acabar
Nos teus olhos mais profundos
Inundados
De mistério e tuas dores
Que mal me contas
Teus amores
Atrasados e passados, os quais sempre
Relembra, pois é
E eu indo para teu ninho
Cruzando teu caminho
Teu amor desigual
E nossa jornada transcendental
Tudo entre nós é constante
Pessoa apaixonante
------------------------------------------------------------
O terceiro louro era também grande
Porém brando
Calmo, me amando
Me abracando
Me sentia... confortável
Dormindo em teu leito
O que fiz está feito
Te decepcionei, te mandei embora
E penso
E agora
Olhe esses olhos cálidos
E repletos de carinho
É, passarinho
Eu disse para ti voar
E lá está voce
E eu nunca deixei de me apaixonar
-------------------------------------------------------------
O sulista, o paulista, o americano
Meus amores amarelos
Meus ditadores romanos
Os que conseguiram me encantar
Pois é, complexos
Leves, pesados, intensos
Só quero lhes agradecer
Pelos momentos vividos
SEUS LINDOS
Mas eu me encaixo
E, no mais sulista mangue
Esvaiu meu sangue
E em um momento
Éramos um corpo em tormento
Um momento não, me arrepia
Todo dia
Mas teu amor não é doce
Melodia
E, enquanto ainda é dia
Te largo a mao
Pego o aviao
Se bem que foi você
Quem primeiro largou
E quem primeiro chegou
-------------------------------------------------
O segundo louro era gigante
Era muito demais
Meu mais tremendo amante
Meu amor por ti nunca vai acabar
Nos teus olhos mais profundos
Inundados
De mistério e tuas dores
Que mal me contas
Teus amores
Atrasados e passados, os quais sempre
Relembra, pois é
E eu indo para teu ninho
Cruzando teu caminho
Teu amor desigual
E nossa jornada transcendental
Tudo entre nós é constante
Pessoa apaixonante
------------------------------------------------------------
O terceiro louro era também grande
Porém brando
Calmo, me amando
Me abracando
Me sentia... confortável
Dormindo em teu leito
O que fiz está feito
Te decepcionei, te mandei embora
E penso
E agora
Olhe esses olhos cálidos
E repletos de carinho
É, passarinho
Eu disse para ti voar
E lá está voce
E eu nunca deixei de me apaixonar
-------------------------------------------------------------
O sulista, o paulista, o americano
Meus amores amarelos
Meus ditadores romanos
Os que conseguiram me encantar
Pois é, complexos
Leves, pesados, intensos
Só quero lhes agradecer
Pelos momentos vividos
SEUS LINDOS
entorpecimento
me enriqueça
Com açúcar
Me deixa brincar
De adivinhar
Qual é tua novidade
Qual humor fica
Qual tua verdadeira idade
Quem é mulher mais rica
A com dinheiro e vaidade
Ou a que ama de verdade
Condessa, rei, conde
Ricos, pobres, pessoas apenas
Me esconde
Duras mesmas curtas cenas
Onde?
Ande
Me mostre outro
Lugar escuro
Pulamos o muro
Dessa vez sem me furar
Vamos
Para outro lugar
Sem se importar
Me dopa
Comigo você topa
Sou pedra que perturba teu trajeto
Injeto incerteza
Acrescento feia beleza
Sorria
Introduzo um desafio
Ande reto
No meio-fio
Me trate com zelo
E me desfio
Viro alma amaciada
Domada
Me de a mão
Te ajudo a apreciar
O tudo e o nada
Com açúcar
Me deixa brincar
De adivinhar
Qual é tua novidade
Qual humor fica
Qual tua verdadeira idade
Quem é mulher mais rica
A com dinheiro e vaidade
Ou a que ama de verdade
Condessa, rei, conde
Ricos, pobres, pessoas apenas
Me esconde
Duras mesmas curtas cenas
Onde?
Ande
Me mostre outro
Lugar escuro
Pulamos o muro
Dessa vez sem me furar
Vamos
Para outro lugar
Sem se importar
Me dopa
Comigo você topa
Sou pedra que perturba teu trajeto
Injeto incerteza
Acrescento feia beleza
Sorria
Introduzo um desafio
Ande reto
No meio-fio
Me trate com zelo
E me desfio
Viro alma amaciada
Domada
Me de a mão
Te ajudo a apreciar
O tudo e o nada
segunda-feira, 9 de abril de 2018
domingo, 8 de abril de 2018
É o 26
Eu e você
Você deitado na cama comigo
Pego nos seus cabelos e vou pra dentro do teu mundo
Pego cada cacho entre o polegar e o indicador
Brinco com eles, finjo que é meu bigode
Cheiro de shampoo de bebe
E beijo essa boca linda esculpida em pele
Com os fios do bigode a me fazer cócegas
Eu te desenho
Você me desenha
A gente vê série e fica deitados sem fazer
Porra nenhuma
Só aproveitando a companhia um do outro
A gente transa
Mas não quero botar expectativas então
A gente dorme
E com seus encantos
E olhos intensamente negros e nebulosos
Eu encontro algo lindo
Algo inesquecível
Que é a tua pessoa
Você deitado na cama comigo
Pego nos seus cabelos e vou pra dentro do teu mundo
Pego cada cacho entre o polegar e o indicador
Brinco com eles, finjo que é meu bigode
Cheiro de shampoo de bebe
E beijo essa boca linda esculpida em pele
Com os fios do bigode a me fazer cócegas
Eu te desenho
Você me desenha
A gente vê série e fica deitados sem fazer
Porra nenhuma
Só aproveitando a companhia um do outro
A gente transa
Mas não quero botar expectativas então
A gente dorme
E com seus encantos
E olhos intensamente negros e nebulosos
Eu encontro algo lindo
Algo inesquecível
Que é a tua pessoa
sexta-feira, 6 de abril de 2018
Aventuras no inferno
Vi uma pessoa
Ele tinha olhos verdes cadavéricos
E aparência repugnante
A um ponto que seu semblante
Seu jeito independente de estar
Me incomodava
Vim e o apunhalei pelas costas
E ele quis me matar
Mas quando eu vi todo o sangue derretendo a pessoa dele
Como um ácido corroendo ossos pele e órgãos
Eu pensei
Que boa hora para me matar pela segunda vez
Eu pego uma estaca
E tento enfiar fundo no meu peito
E grito, grito um grito gutural
Não sai nenhuma voz
Minhas mãos caem
Meus pés também
Fico de joelhos
Eu quero acabar com isso
Aniquilar alguma coisa
Tento socar o chão, sem mãos fica impossível
Só acabo fazendo mais machucados
Que, penso, nunca vão cicatrizar
Mas sim ficar jorrando
O sangue metálico
Durante horas
Dias
Meses
Anos
Eu afundo
No mar de sangue
Entra pelos ouvidos
Pela boca
Sou só sangue
Me junto ao vermelho
E volto a ser feto
Morro
Ou estou reiniciando
Nada, nada disso é de verdade
Só resta o sofrimento mesmo
E mesmo o sofrimento é criação
O que eu sinto
É a merda do vazio
Que se infla como um balão
Estou colapsando de novo
Mais uma vez
Indo de encontro a grande parede
Do nada
Quebrando o nariz
As juntas
Os ossos
Me enchendo de nada
Me fazendo me achar um lixo
Por que minha auto estima ficou tao lixo?
O que eu comecei a fazer errado?
Parece que eu voltei a 2014
A mariana voltou a ser estragada
E querendo chamar atenção
Voltei a
Putrefação
Aos homens que querem me comer
Serão abutres
Ás pessoas que me desejam bem
Eu enxergo seu bem de maneira ruim
Estou com uma lente negativa que não consigo retirar
Mas, ao mesmo tempo
Parecia que nada disso era eu
Parece que nada disso sou eu
Não aguento mais
Não tenho vontade de jogar
De desenhar
De nada
Afogada
Devastada
Puta que pariu
De novo não
Ele tinha olhos verdes cadavéricos
E aparência repugnante
A um ponto que seu semblante
Seu jeito independente de estar
Me incomodava
Vim e o apunhalei pelas costas
E ele quis me matar
Mas quando eu vi todo o sangue derretendo a pessoa dele
Como um ácido corroendo ossos pele e órgãos
Eu pensei
Que boa hora para me matar pela segunda vez
Eu pego uma estaca
E tento enfiar fundo no meu peito
E grito, grito um grito gutural
Não sai nenhuma voz
Minhas mãos caem
Meus pés também
Fico de joelhos
Eu quero acabar com isso
Aniquilar alguma coisa
Tento socar o chão, sem mãos fica impossível
Só acabo fazendo mais machucados
Que, penso, nunca vão cicatrizar
Mas sim ficar jorrando
O sangue metálico
Durante horas
Dias
Meses
Anos
Eu afundo
No mar de sangue
Entra pelos ouvidos
Pela boca
Sou só sangue
Me junto ao vermelho
E volto a ser feto
Morro
Ou estou reiniciando
Nada, nada disso é de verdade
Só resta o sofrimento mesmo
E mesmo o sofrimento é criação
O que eu sinto
É a merda do vazio
Que se infla como um balão
Estou colapsando de novo
Mais uma vez
Indo de encontro a grande parede
Do nada
Quebrando o nariz
As juntas
Os ossos
Me enchendo de nada
Me fazendo me achar um lixo
Por que minha auto estima ficou tao lixo?
O que eu comecei a fazer errado?
Parece que eu voltei a 2014
A mariana voltou a ser estragada
E querendo chamar atenção
Voltei a
Putrefação
Aos homens que querem me comer
Serão abutres
Ás pessoas que me desejam bem
Eu enxergo seu bem de maneira ruim
Estou com uma lente negativa que não consigo retirar
Mas, ao mesmo tempo
Parecia que nada disso era eu
Parece que nada disso sou eu
Não aguento mais
Não tenho vontade de jogar
De desenhar
De nada
Afogada
Devastada
Puta que pariu
De novo não
Bem vindo ao inferno
Para os que já habitam aqui, e aí , galera?
Como estão os monstros de vocês?
Já dilaceraram muito do bom que resta na alma de cada um?
Já escancararam os dentes ensanguentados para morder e sugar a próxima vítima?
Já cambalearam, com os membros pendendo, os ossos descolando dos tendões?
Os olhos derretendo conforme a pele vai desgrudando do cranio
E até o cranio, uma hora, vai se quebrando, amassando cérebro e ossos
E você vira uma massa vermelha ambulante
E aí , sem cabeça
Seu corpo é estuprado das maneiras mais interessantes
Seja pelo anus, seja por buracos cavados na pele
Criatividade não falta
Mas seu corpo está frio, estuprado, decapitado
Vamos cortar o resto dos membros e comer
Nem comer, está tudo podre
E tudo envenenado
O veneno na nossa própria lingua
Que quando a mordemos, sentimos cada vez mais
Comer é suicídio
Entao
Nos resta nos matar
Uns contra os outros
Nos lambuzamos no sangue ainda quente dos vários
Lutamos em meio a órgãos semi decompostos
Tiramos o último suspiro dos mais dóceis
Arrancamos os dentes dos mais ferozes
E as unhas também
E tudo que cause a famigerada
Faminta
Fedorenta
Dor
Como estão os monstros de vocês?
Já dilaceraram muito do bom que resta na alma de cada um?
Já escancararam os dentes ensanguentados para morder e sugar a próxima vítima?
Já cambalearam, com os membros pendendo, os ossos descolando dos tendões?
Os olhos derretendo conforme a pele vai desgrudando do cranio
E até o cranio, uma hora, vai se quebrando, amassando cérebro e ossos
E você vira uma massa vermelha ambulante
E aí , sem cabeça
Seu corpo é estuprado das maneiras mais interessantes
Seja pelo anus, seja por buracos cavados na pele
Criatividade não falta
Mas seu corpo está frio, estuprado, decapitado
Vamos cortar o resto dos membros e comer
Nem comer, está tudo podre
E tudo envenenado
O veneno na nossa própria lingua
Que quando a mordemos, sentimos cada vez mais
Comer é suicídio
Entao
Nos resta nos matar
Uns contra os outros
Nos lambuzamos no sangue ainda quente dos vários
Lutamos em meio a órgãos semi decompostos
Tiramos o último suspiro dos mais dóceis
Arrancamos os dentes dos mais ferozes
E as unhas também
E tudo que cause a famigerada
Faminta
Fedorenta
Dor
quarta-feira, 4 de abril de 2018
Que saudade
De ouvir um trap
Um trance
Baixa frequência, se casa comigo
Boas memórias ao ouvir o chapeleiro
Obrigada, urso
Por me mostrar esse ícone brasileiro
Um trance
Baixa frequência, se casa comigo
Boas memórias ao ouvir o chapeleiro
Obrigada, urso
Por me mostrar esse ícone brasileiro
terça-feira, 3 de abril de 2018
monólogo estúpido
Meu dia
Então esse está sendo
Um dos meus dias
Não tenta
Me engaiolar
Nem ninguém
Me prender
Eu sou livre
Não sou sua mãe
Violência e paixão
Todos são tao diferentes
Corações e mentes
Você me tortura mas
Eu já não tenho forças
Pra reagir
Eu nunca te amei
E nada disso foi só sexo
Foi um repleto enorme
De tudos
E nadas
Tudo é sempre verdadeiro
Mas uma hora cansa
Esse repleto de bocas
De línguas
De é
Quero mais paz
Fiquem com seus sexos e paus vibrantes
Mas se eu me descontrolo
Eu me machuco
Eu te machuco
E a gente transa muito
E eu vou terminar esse texto e tocar uma
Olha como sou masculina
Mas sei lá
Cansa
Cansa ser objeto assim
E para de pensar que isso é pra você
Eu te mando pros infernos
E te beijo depois
Pego teu corpo por entre meus dedos torturados
Te lambo e te jogo
Entre as penas dos mais lindos lençóis
E aí eu vou embora
e acabou lençol
acabou mágica
acabou tudo
E você quer mais
Vamos ver quem vai ganhar?
Ganhador
vencedor
Super-pessoa
Nunca cante vitória
por cima de mim
nunca tente me sufocar
Eu te jogo com uma perna para o lado
E acabo com o poderio do teu im(pau)ério
É, esse é o meu mistério
A garota artística
A mais doce flor envenenada
A dor
E a minha solidao
Do sangue que se espalha na minha mao
Quem estava lá
Para me ajudar?
Um desconhecido
Pois é
Isso serve para ver
que pessoas podem ser boas, sim
mas na dificuldade
na merda
Na lama
na podridao
RISOS
a lótus desponta sozinha
O lobo solitário caminha sozinho
até ser emboscado de novo
É
Então a porra do lobo solitário
precisa aprender a socializar com os outros
Porque a vida em sociedade dói mas garante mais privilégios
E amigos são bons
Sao?
Me diz aí, ó lobo solitário
Quem são seus amigos?
Então esse está sendo
Um dos meus dias
Não tenta
Me engaiolar
Nem ninguém
Me prender
Eu sou livre
Não sou sua mãe
Violência e paixão
Todos são tao diferentes
Corações e mentes
Você me tortura mas
Eu já não tenho forças
Pra reagir
Eu nunca te amei
E nada disso foi só sexo
Foi um repleto enorme
De tudos
E nadas
Tudo é sempre verdadeiro
Mas uma hora cansa
Esse repleto de bocas
De línguas
De é
Quero mais paz
Fiquem com seus sexos e paus vibrantes
Mas se eu me descontrolo
Eu me machuco
Eu te machuco
E a gente transa muito
E eu vou terminar esse texto e tocar uma
Olha como sou masculina
Mas sei lá
Cansa
Cansa ser objeto assim
E para de pensar que isso é pra você
Eu te mando pros infernos
E te beijo depois
Pego teu corpo por entre meus dedos torturados
Te lambo e te jogo
Entre as penas dos mais lindos lençóis
E aí eu vou embora
e acabou lençol
acabou mágica
acabou tudo
E você quer mais
Vamos ver quem vai ganhar?
Ganhador
vencedor
Super-pessoa
Nunca cante vitória
por cima de mim
nunca tente me sufocar
Eu te jogo com uma perna para o lado
E acabo com o poderio do teu im(pau)ério
É, esse é o meu mistério
A garota artística
A mais doce flor envenenada
A dor
E a minha solidao
Do sangue que se espalha na minha mao
Quem estava lá
Para me ajudar?
Um desconhecido
Pois é
Isso serve para ver
que pessoas podem ser boas, sim
mas na dificuldade
na merda
Na lama
na podridao
RISOS
a lótus desponta sozinha
O lobo solitário caminha sozinho
até ser emboscado de novo
É
Então a porra do lobo solitário
precisa aprender a socializar com os outros
Porque a vida em sociedade dói mas garante mais privilégios
E amigos são bons
Sao?
Me diz aí, ó lobo solitário
Quem são seus amigos?
FODA-SE
FODA-SE
FODA-SE
FODA-SE NO RITMO DA MÚSICA
passaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaado
foi estúpido sim
foi escroto sim
foi repugnante sim
nao quero mais nao
pode ficar ai sim
pode ficar aí nao
ou sim
sei lá
POUCO
ME
INTERESSA
FODA-SE
FODA-SE NO RITMO DA MÚSICA
passaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaado
foi estúpido sim
foi escroto sim
foi repugnante sim
nao quero mais nao
pode ficar ai sim
pode ficar aí nao
ou sim
sei lá
POUCO
ME
INTERESSA
Ter cuidado com o que diz
Não é isso que eu necessito
Sou ridícula mesmo
Me deixa fazer pior e cada vez mais
Hehehe
Sou ridícula mesmo
Me deixa fazer pior e cada vez mais
Hehehe
domingo, 1 de abril de 2018
Vi as gotas de sangue
Caírem no chão da faculdade
E pensava
As formigas e baratas logo vao se apossar
Dessas manchas
E pensava
O sangue continua lá, correndo
Mancha todo o resto, e eu com a palma aberta
Virada para cima
Vou parar de desenhar essa semana, eu disse
Vou parar de escrever essa semana, eu disse
Estou em faculdade de arte
Eu parei de desenhar?
Eu parei de escrever?
Eu desenhei com a mão esquerda
E os três pontos nela
Abriram-se
Preciso limpar o sangue
Sempre
Pegar o papel higienico
Pegar algo que disfarce o cheiro
Hoje, cortei os dois dedos do pé, a porta passou
Por cima
Preciso limpar o sangue
Antes que alguém veja
Limpar, afinal, nada aconteceu
No futuro, quem sabe
Pinto quadros de sangue
Para meu sangue
Incomodar menos
Vão olhar para o quadro vermelho
E dizer, embasbacados
Uau
Que lindo
E pensava
As formigas e baratas logo vao se apossar
Dessas manchas
E pensava
O sangue continua lá, correndo
Mancha todo o resto, e eu com a palma aberta
Virada para cima
Vou parar de desenhar essa semana, eu disse
Vou parar de escrever essa semana, eu disse
Estou em faculdade de arte
Eu parei de desenhar?
Eu parei de escrever?
Eu desenhei com a mão esquerda
E os três pontos nela
Abriram-se
Preciso limpar o sangue
Sempre
Pegar o papel higienico
Pegar algo que disfarce o cheiro
Hoje, cortei os dois dedos do pé, a porta passou
Por cima
Preciso limpar o sangue
Antes que alguém veja
Limpar, afinal, nada aconteceu
No futuro, quem sabe
Pinto quadros de sangue
Para meu sangue
Incomodar menos
Vão olhar para o quadro vermelho
E dizer, embasbacados
Uau
Que lindo
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