Pela primeira vez,
Em muito tempo
Estou empolgada com o futuro
segunda-feira, 31 de julho de 2017
domingo, 30 de julho de 2017
Monólogo existencialista
Olá.
Mais uma vez, eu sobrevivi.
Infelizmente?
Nesses dois dias a minha cabeça se esvaziou por total
Durante umas cinco horas
E depois, ela se estufou com tantas ideias que nem sei por onde começar.
Ou se vou começar.
Eu sei que eu botei Pink Floyd.
Para tentar acalmar o meu espírito.
Massagear a minha cabeça, que ainda lateja
E tudo o mais.
Éee....
Sabem
Eu tenho medo
De "emburrecer"
De não ler mais
De não produzir mais nada
De virar definitivamente
Uma máquina
Mexendo naquela desgraça
Daquele celular
Que está ao meu lado, agora mesmo
De me tornar uma pessoa vazia
Ou mais do que eu já sou
Sei lá
As pessoas falam de mim
Que eu sou legal
Que sou fofa
Mas...
Vendo de primeira pessoa
Não sinto nada
Não consigo ver que eu afeto ninguém
Ontem eu escutei que eu era uma pessoa FODA
Ou que sou uma pessoa inteligente
Minha família fala que eu não presto
Mas outras pessoas me admiram
E no final
Eu nem sei
O que eu sou
Mas as pessoas gostam mais de mim
Do que eu gosto de mim
Como já disse aqui
Acho que sou um amontoado de nadas
E eu sei onde eu pertenço
Eu pertenço com os quebrados
Com os loucos
Com os estranhos
Cara
As pessoas leem o que escrevo
Poucas
E gostam (?)
Ou dizem para me agradar
Elas veem o que eu desenho
E falam que sou foda
Mas isso vale tao pouco
E no final
Nada importa mais
E o nilismo está me consumindo
Por completo
Eu não me reconheço mais
E não sei se acredito nas pessoas
Tudo virou uma grande dúvida
Penso, mas acho que não existo
Não essa pessoa concreta, não
Eu me transformo
E cada vez mais que tento me conhecer
Me desconheço
Eu olho para trás, três, quatro anos atrás
Quem era aquela pessoa?
E tenho medo
De quem eu vá me tornar
Se eu vou finalmente conseguir me perder
Se todos vão me esquecer
Se eu vou embora
E nunca mais voltar
E eu acabo rimando, uma vez ou outra
Mas essa não é a questão
Alguém pode
Por favor
Me dizer
Por que eu escrevo desse jeito?
Pausadamente
Acho que é para tornar o texto mais dinâmico
Porque... eu quero
Eu quero que as pessoas leiam
Por que? Pelo meu ego, talvez?
Pela atenção?
Ou só para conseguir ouvir um
"Eu me sinto exatamente assim também"
Cara
Como as pessoas podem passar horas no facebook?
Sério
Há coisas tao interessantes assim
Em ver o que os outros fazem
Como fazem
E com quem fazem?
Eu queria sentir a loucura
E a aventura
E as trevas
E o caos
Pronto
Agora estou descansando.
...
Acho que eu vivo errado.
Será que eu morreria certo?
Fica a dúvida
Brincadeirinha
Os pensamentos suicidas deram uma brecha
Mas eles foram embora
E agora só há vazio.
Acho que vou dormir.
Mais uma vez, eu sobrevivi.
Infelizmente?
Nesses dois dias a minha cabeça se esvaziou por total
Durante umas cinco horas
E depois, ela se estufou com tantas ideias que nem sei por onde começar.
Ou se vou começar.
Eu sei que eu botei Pink Floyd.
Para tentar acalmar o meu espírito.
Massagear a minha cabeça, que ainda lateja
E tudo o mais.
Éee....
Sabem
Eu tenho medo
De "emburrecer"
De não ler mais
De não produzir mais nada
De virar definitivamente
Uma máquina
Mexendo naquela desgraça
Daquele celular
Que está ao meu lado, agora mesmo
De me tornar uma pessoa vazia
Ou mais do que eu já sou
Sei lá
As pessoas falam de mim
Que eu sou legal
Que sou fofa
Mas...
Vendo de primeira pessoa
Não sinto nada
Não consigo ver que eu afeto ninguém
Ontem eu escutei que eu era uma pessoa FODA
Ou que sou uma pessoa inteligente
Minha família fala que eu não presto
Mas outras pessoas me admiram
E no final
Eu nem sei
O que eu sou
Mas as pessoas gostam mais de mim
Do que eu gosto de mim
Como já disse aqui
Acho que sou um amontoado de nadas
E eu sei onde eu pertenço
Eu pertenço com os quebrados
Com os loucos
Com os estranhos
Cara
As pessoas leem o que escrevo
Poucas
E gostam (?)
Ou dizem para me agradar
Elas veem o que eu desenho
E falam que sou foda
Mas isso vale tao pouco
E no final
Nada importa mais
E o nilismo está me consumindo
Por completo
Eu não me reconheço mais
E não sei se acredito nas pessoas
Tudo virou uma grande dúvida
Penso, mas acho que não existo
Não essa pessoa concreta, não
Eu me transformo
E cada vez mais que tento me conhecer
Me desconheço
Eu olho para trás, três, quatro anos atrás
Quem era aquela pessoa?
E tenho medo
De quem eu vá me tornar
Se eu vou finalmente conseguir me perder
Se todos vão me esquecer
Se eu vou embora
E nunca mais voltar
E eu acabo rimando, uma vez ou outra
Mas essa não é a questão
Alguém pode
Por favor
Me dizer
Por que eu escrevo desse jeito?
Pausadamente
Acho que é para tornar o texto mais dinâmico
Porque... eu quero
Eu quero que as pessoas leiam
Por que? Pelo meu ego, talvez?
Pela atenção?
Ou só para conseguir ouvir um
"Eu me sinto exatamente assim também"
Cara
Como as pessoas podem passar horas no facebook?
Sério
Há coisas tao interessantes assim
Em ver o que os outros fazem
Como fazem
E com quem fazem?
Eu queria sentir a loucura
E a aventura
E as trevas
E o caos
Pronto
Agora estou descansando.
...
Acho que eu vivo errado.
Será que eu morreria certo?
Fica a dúvida
Brincadeirinha
Os pensamentos suicidas deram uma brecha
Mas eles foram embora
E agora só há vazio.
Acho que vou dormir.
quinta-feira, 27 de julho de 2017
Cranios
Eu, para variar, á beira do colapso, escrevendo coisas muito sem noção
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Eu gosto de decapitar pessoas.
Sabe, não é difícil convence-las a vir até meu apartamento
Elas acham que eu quero sexo
Ás vezes até quero
Mas não é realmente isso que eu procuro
Homens altos são o melhor alvo
A gente se diverte
O cara dorme
Eu pego arsênio em pó
Não me pergunte como consegui
Diluo na água
Chego para o homem
O acordo com um beijo
E entrego água para ele beber
Como sou uma linda mulher
Para casar
Ele bebe
E em três minutos, já não respira mais
Quase indolor.
O problema é o seguinte
O corpo é muito grande
É difícil de se livrar de uma vez
Precisa-se cortar os pedaços
Minuciosamente
Mas essa é a parte chata
Ás vezes eu dou a carne para os cachorros
Eles gostam
Enfim
E decepo a cabeça do tronco
Muita força é necessária
Romper a artéria grossa que percorre o pescoço
E os tendões
Ter uma serra elétrica, um facão afiado, e mais um monte
De instrumentinhos
Faz-se necessário
Uma vez fora a cabeça,
Preciso tirar as minuciosidades
Olhos, lábios, nariz, orelhas.
Dou tudo para os cães, vira brinquedinho para eles
Volta e meia eles trazem uma orelha mordiscada aqui para dentro
Menos os olhos
Os olhos, eu boto em formol
E eles ficam lá, em vidros
Me olhando todo dia
Azuis, verdes, marrons
Enfim
Tiradas essas partezinhas
Eu tiro a pele, e é difícil também
Tesouras ajudam
Mas é complicado, não quero arranhar o cranio
Cabelos são uma tortura de tirar
Queria ser um pouco mais forte
Para puxar o couro cabeludo de uma vez
Uma vez limpado o cranio
Tirado tudo, deixado apenas a joia
O osso enorme
Eu o limpo
E, com panos e produtos
Começo a polir
Ás vezes eles chegam a brilhar
Já pintei detalhes dourados em um
Ficou tao lindo
Fiz um buraco em outro, e coloquei uma vela aromática dentro
Com cheiro de menta, olhem só
Em outro, fiz um desenho de caveira mexicana
E eles ficam aqui, comigo
Um dia me juntarei a eles
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Eu gosto de decapitar pessoas.
Sabe, não é difícil convence-las a vir até meu apartamento
Elas acham que eu quero sexo
Ás vezes até quero
Mas não é realmente isso que eu procuro
Homens altos são o melhor alvo
A gente se diverte
O cara dorme
Eu pego arsênio em pó
Não me pergunte como consegui
Diluo na água
Chego para o homem
O acordo com um beijo
E entrego água para ele beber
Como sou uma linda mulher
Para casar
Ele bebe
E em três minutos, já não respira mais
Quase indolor.
O problema é o seguinte
O corpo é muito grande
É difícil de se livrar de uma vez
Precisa-se cortar os pedaços
Minuciosamente
Mas essa é a parte chata
Ás vezes eu dou a carne para os cachorros
Eles gostam
Enfim
E decepo a cabeça do tronco
Muita força é necessária
Romper a artéria grossa que percorre o pescoço
E os tendões
Ter uma serra elétrica, um facão afiado, e mais um monte
De instrumentinhos
Faz-se necessário
Uma vez fora a cabeça,
Preciso tirar as minuciosidades
Olhos, lábios, nariz, orelhas.
Dou tudo para os cães, vira brinquedinho para eles
Volta e meia eles trazem uma orelha mordiscada aqui para dentro
Menos os olhos
Os olhos, eu boto em formol
E eles ficam lá, em vidros
Me olhando todo dia
Azuis, verdes, marrons
Enfim
Tiradas essas partezinhas
Eu tiro a pele, e é difícil também
Tesouras ajudam
Mas é complicado, não quero arranhar o cranio
Cabelos são uma tortura de tirar
Queria ser um pouco mais forte
Para puxar o couro cabeludo de uma vez
Uma vez limpado o cranio
Tirado tudo, deixado apenas a joia
O osso enorme
Eu o limpo
E, com panos e produtos
Começo a polir
Ás vezes eles chegam a brilhar
Já pintei detalhes dourados em um
Ficou tao lindo
Fiz um buraco em outro, e coloquei uma vela aromática dentro
Com cheiro de menta, olhem só
Em outro, fiz um desenho de caveira mexicana
E eles ficam aqui, comigo
Um dia me juntarei a eles
quarta-feira, 26 de julho de 2017
EMPREGADA
Sentem que lá vem uma história mirabolante enquanto eu furtava aipim com carne da cozinha, ás uma e trinta da manha.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
QUERO TE COMER, ele enviou a mensagem.
Agora era só questão de esperar.
-
Helena está sentada na cadeira da sala de jantar, meio cabisbaixa, quase cochilando. Trabalhar em horário diferente do usual estava matando-na. O jornal está impecável entre suas mãos, mas ela mal o toca.
-O mãeeeeeeee!
Grita Luís, com voz chorosa. O grito a desperta do transe, do sono que agora seria muito mais difícil de se alcançar. Ele vem andando, com um robozinho em uma das mãos, de pijamas e meias, e provavelmente iria pedir algo relacionado a um brinquedo quebrado, uma briga com o irmão mais velho...
-Que foi, meu filho...
Ela abaixa os óculos, cansada, passou o dia inteiro no trabalho, seu marido também, e agora estavam estressados em seus devidos cantos. Que relacionamento saudável, pensou ela. Ela não aguentava mais estresse em casa e no trabalho, sem descanso, sem sossego.
-Mãe, o Tiago está comendo a empregada de novo!
Diz Luís, desamparado. Ele senta no chão e começa a chorar.
Helena suspira. Cada vez mais difícil conter esses adolescentes.
Ela se levanta, empurra a cadeira para trás, prende os cabelos negros em um coque, se abaixa para consolar o filho.
-Calma, querido... O seu irmão um dia vai se endireitar... O que exatamente você viu?
Luís agora está cabisbaixo, lágrimas quentes descendo pelas suas bochechas fofas de garoto de seis anos.
-A mesma coisa...- Diz, entre soluços- aquelas coisas esquisitas... Eu vi tudo... Ele abracava seu robozinho, inconsolável.
-Calma, querido, passou. A mãe o embalou em um abraço, e disse, cuidadosa:
-Filho, todo mundo tem isso... Eu tenho, o seu pai tem, o seu irmão tem. Só que não fica a mostra. Até você tem.
O garoto estava muito abalado. Chorava, gania quase. Com a cabeça encostada em seu busto, apertava os bracos da mãe a ponto de doer.
-Filho, você está muito novo, um dia vai entender... Ela suspirava, conforme afagava a cabeça do garoto. Olha, meu amor, vamos jantar...
-Eu não quero comer- dizia ele, se levantando, fungando, tentando aparar a coriza que descia de seu nariz
O filho se afasta, deixando o robô de plástico no chão, solitário.
A mãe suspira."Lá vamos nós de novo", ela pensa.
E sobe os degraus, um por um, e começa a escutar os barulhos.
Ela caminha até a porta do quarto do filho, e a abre com um solavanco.
Está Tiago, com suas costas curvadas, ligeiramente deitado, apalpando o corpo da mulher com as mãos, com a cabeça enfiada entre suas pernas.
-TIAGO!
A mãe grita de forma exasperada. Mesmo cansada, precisa permanecer firme.
-QUANTAS VEZES EU PRECISO TE DIZER, QUE AQUI NÃO É LUGAR PRA ISSO?
Tiago levanta o rosto, e a encara de maneira indiferente.
-Foi aquele peste que se intrometeu. Eu falo para ele não vir ao meu quarto.
Filho, é mais do que isso, eu sei que você gosta de se divertir por entre as refeições, mas desse jeito está insustentável! Quem vai fazer o serviço da casa, se você mexe com TODAS as nossas empregadas??
Ela diz, botando as mãos na cintura.
-Tudo bem, mãe.
"ADOLESCENTES", pensa ela. "Só dizendo o que sabem que queremos ouvir, para fazer a mesma coisa, de novo, e de novo. Eu só queria que ele me obedecesse uma vez e não fosse mal exemplo para o irmão, coitadinho...".
Ela conta até dez.
-Tudo bem, Tiago. Vamos ter que botar você e seu irmão para a limpeza, se você não entrar nos trilhos. Falando nisso, quando acabar, trata de lavar todo esse sangue do chão, catar as tripas, jogar fora os cabelos, unhas e os ossos, comer os miúdos, não quero desperdício agora que você já deu cabo da mulher.
-Desculpa, mãe. Po, estou tentando parar de comer pessoas inocentes, mas está difícil, com uma visitando nossa casa todo dia. Deixa só eu acabar de comer minha parte favorita, já arrumo tudo. Diz ele, com a cara ensopada de sangue, nariz, bochechas, lábios pingando. O cadáver da mulher estava semi-dilacerado, com o rosto faltando metade da pele, lábios faltando, sem seus globos oculares, sem a cartilagem do nariz, as partes mais macias. Faixas de gordura como no abdômen, nas coxas, haviam sido rasgadas e sugadas, Tiago nunca foi muito saudável.
Ele afunda o rosto entre as coxas degradadas da mulher e continua a se empanturrar.
A mãe sai do recinto, decepcionada, frustrada. Vira as costas, olha para o teto, suspira mais uma vez e fecha a porta. "Espero que o Luís não seja assim, que saiba se controlar mais", pensa ela.
Helena chega na cozinha,pega um cálice qualquer, abre seu cantil de vodca e lá derrama a bebida, misturando-a com o sangue do seu último amante. Pessoas cometem erros. E os passam de geração em geração.
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QUERO TE COMER, ele enviou a mensagem.
Agora era só questão de esperar.
-
Helena está sentada na cadeira da sala de jantar, meio cabisbaixa, quase cochilando. Trabalhar em horário diferente do usual estava matando-na. O jornal está impecável entre suas mãos, mas ela mal o toca.
-O mãeeeeeeee!
Grita Luís, com voz chorosa. O grito a desperta do transe, do sono que agora seria muito mais difícil de se alcançar. Ele vem andando, com um robozinho em uma das mãos, de pijamas e meias, e provavelmente iria pedir algo relacionado a um brinquedo quebrado, uma briga com o irmão mais velho...
-Que foi, meu filho...
Ela abaixa os óculos, cansada, passou o dia inteiro no trabalho, seu marido também, e agora estavam estressados em seus devidos cantos. Que relacionamento saudável, pensou ela. Ela não aguentava mais estresse em casa e no trabalho, sem descanso, sem sossego.
-Mãe, o Tiago está comendo a empregada de novo!
Diz Luís, desamparado. Ele senta no chão e começa a chorar.
Helena suspira. Cada vez mais difícil conter esses adolescentes.
Ela se levanta, empurra a cadeira para trás, prende os cabelos negros em um coque, se abaixa para consolar o filho.
-Calma, querido... O seu irmão um dia vai se endireitar... O que exatamente você viu?
Luís agora está cabisbaixo, lágrimas quentes descendo pelas suas bochechas fofas de garoto de seis anos.
-A mesma coisa...- Diz, entre soluços- aquelas coisas esquisitas... Eu vi tudo... Ele abracava seu robozinho, inconsolável.
-Calma, querido, passou. A mãe o embalou em um abraço, e disse, cuidadosa:
-Filho, todo mundo tem isso... Eu tenho, o seu pai tem, o seu irmão tem. Só que não fica a mostra. Até você tem.
O garoto estava muito abalado. Chorava, gania quase. Com a cabeça encostada em seu busto, apertava os bracos da mãe a ponto de doer.
-Filho, você está muito novo, um dia vai entender... Ela suspirava, conforme afagava a cabeça do garoto. Olha, meu amor, vamos jantar...
-Eu não quero comer- dizia ele, se levantando, fungando, tentando aparar a coriza que descia de seu nariz
O filho se afasta, deixando o robô de plástico no chão, solitário.
A mãe suspira."Lá vamos nós de novo", ela pensa.
E sobe os degraus, um por um, e começa a escutar os barulhos.
Ela caminha até a porta do quarto do filho, e a abre com um solavanco.
Está Tiago, com suas costas curvadas, ligeiramente deitado, apalpando o corpo da mulher com as mãos, com a cabeça enfiada entre suas pernas.
-TIAGO!
A mãe grita de forma exasperada. Mesmo cansada, precisa permanecer firme.
-QUANTAS VEZES EU PRECISO TE DIZER, QUE AQUI NÃO É LUGAR PRA ISSO?
Tiago levanta o rosto, e a encara de maneira indiferente.
-Foi aquele peste que se intrometeu. Eu falo para ele não vir ao meu quarto.
Filho, é mais do que isso, eu sei que você gosta de se divertir por entre as refeições, mas desse jeito está insustentável! Quem vai fazer o serviço da casa, se você mexe com TODAS as nossas empregadas??
Ela diz, botando as mãos na cintura.
-Tudo bem, mãe.
"ADOLESCENTES", pensa ela. "Só dizendo o que sabem que queremos ouvir, para fazer a mesma coisa, de novo, e de novo. Eu só queria que ele me obedecesse uma vez e não fosse mal exemplo para o irmão, coitadinho...".
Ela conta até dez.
-Tudo bem, Tiago. Vamos ter que botar você e seu irmão para a limpeza, se você não entrar nos trilhos. Falando nisso, quando acabar, trata de lavar todo esse sangue do chão, catar as tripas, jogar fora os cabelos, unhas e os ossos, comer os miúdos, não quero desperdício agora que você já deu cabo da mulher.
-Desculpa, mãe. Po, estou tentando parar de comer pessoas inocentes, mas está difícil, com uma visitando nossa casa todo dia. Deixa só eu acabar de comer minha parte favorita, já arrumo tudo. Diz ele, com a cara ensopada de sangue, nariz, bochechas, lábios pingando. O cadáver da mulher estava semi-dilacerado, com o rosto faltando metade da pele, lábios faltando, sem seus globos oculares, sem a cartilagem do nariz, as partes mais macias. Faixas de gordura como no abdômen, nas coxas, haviam sido rasgadas e sugadas, Tiago nunca foi muito saudável.
Ele afunda o rosto entre as coxas degradadas da mulher e continua a se empanturrar.
A mãe sai do recinto, decepcionada, frustrada. Vira as costas, olha para o teto, suspira mais uma vez e fecha a porta. "Espero que o Luís não seja assim, que saiba se controlar mais", pensa ela.
Helena chega na cozinha,pega um cálice qualquer, abre seu cantil de vodca e lá derrama a bebida, misturando-a com o sangue do seu último amante. Pessoas cometem erros. E os passam de geração em geração.
segunda-feira, 24 de julho de 2017
O QUE EU PENSO E O QUE EU FALO
O QUE EU PENSO
Eu sou a destruição
E o colapso
Em forma de mulher
Que tem mente de garota
Que mente
Que usa as pessoas
CARALHO
EU SOU TUDO, MENOS PERFEITA
MAS MESMO ASSIM
SE FOSSE UMA PESSOA BOA
EU NÃO VOLTARIA PRA VOCÊ
PORRA
ACABOU
HÁ MUITO TEMPO
EM 2016
SE EU NÃO RESPONDO
É PORQUE EU NÃO TENHO INTERESSE
SABE
INTERESSE
TENHO MUITO
MAS COM A DESINÊNCIA DES-
NA FRENTE
CARALHO
NÃO FOI O QUE VOCÊ FEZ
É QUEM VOCÊ É
EU NÃO GOSTO
EU ME ENTEDIO
EU NÃO TE QUERO AO MEU LADO
EU NÃO QUERO SUAS PALAVRAS DOCES
E SEUS SENTIMENTOS PUROS DE GAROTINHO
SACAS
VOCÊ É CHATO
E BAJULADOR
E NÃO ACRESCENTOU
NEM VAI ACRESCENTAR NADA
NA MINHA VIDA
EU ME AFASTEI
PORQUE EU NÃO QUERIA MAIS
E AINDA NÃO QUERO
CARA,
NÃO!
SABE,
NÃO!
Para de tentar falar comigo
Para de ver minhas fotos
Curtir
E lembrar e pensar
"Nossa saudades dela"
Eu não sinto saudades suas
Você está se machucando
Para de tentar voltar atrás
Ah você tem um desenho meu guardado
Guarda pra você
Ou joga fora
Eu
Não
Ligo
Eu não tenho pena
Eu não sinto sua falta
Eu usava você porque eu era carente
E queria abraços e beijos
MAS AÍ EU CANSEI
Então segue teu rumo
Sou grossa?
Sou sincera
EU NUNCA DISSE QUE EU ERA UMA PESSOA BOA
SUPERA
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O QUE EU FALO :
Fulano, eu to ficando com um cara, mas mesmo se não estivesse, eu estou bem no meu canto e prefiro não me comunicar mais, sabe? Já dizia Shrek : Se você ama uma pessoa de verdade, deixe-a ir. Então é isso, ok? Você é uma pessoa carinhosa e espero que consiga alguém a altura. Sua insistência doentia acaba só afastando mais as pessoas. Não vou falar mais do que isso, fique bem, beijos
Eu sou a destruição
E o colapso
Em forma de mulher
Que tem mente de garota
Que mente
Que usa as pessoas
CARALHO
EU SOU TUDO, MENOS PERFEITA
MAS MESMO ASSIM
SE FOSSE UMA PESSOA BOA
EU NÃO VOLTARIA PRA VOCÊ
PORRA
ACABOU
HÁ MUITO TEMPO
EM 2016
SE EU NÃO RESPONDO
É PORQUE EU NÃO TENHO INTERESSE
SABE
INTERESSE
TENHO MUITO
MAS COM A DESINÊNCIA DES-
NA FRENTE
CARALHO
NÃO FOI O QUE VOCÊ FEZ
É QUEM VOCÊ É
EU NÃO GOSTO
EU ME ENTEDIO
EU NÃO TE QUERO AO MEU LADO
EU NÃO QUERO SUAS PALAVRAS DOCES
E SEUS SENTIMENTOS PUROS DE GAROTINHO
SACAS
VOCÊ É CHATO
E BAJULADOR
E NÃO ACRESCENTOU
NEM VAI ACRESCENTAR NADA
NA MINHA VIDA
EU ME AFASTEI
PORQUE EU NÃO QUERIA MAIS
E AINDA NÃO QUERO
CARA,
NÃO!
SABE,
NÃO!
Para de tentar falar comigo
Para de ver minhas fotos
Curtir
E lembrar e pensar
"Nossa saudades dela"
Eu não sinto saudades suas
Você está se machucando
Para de tentar voltar atrás
Ah você tem um desenho meu guardado
Guarda pra você
Ou joga fora
Eu
Não
Ligo
Eu não tenho pena
Eu não sinto sua falta
Eu usava você porque eu era carente
E queria abraços e beijos
MAS AÍ EU CANSEI
Então segue teu rumo
Sou grossa?
Sou sincera
EU NUNCA DISSE QUE EU ERA UMA PESSOA BOA
SUPERA
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O QUE EU FALO :
Fulano, eu to ficando com um cara, mas mesmo se não estivesse, eu estou bem no meu canto e prefiro não me comunicar mais, sabe? Já dizia Shrek : Se você ama uma pessoa de verdade, deixe-a ir. Então é isso, ok? Você é uma pessoa carinhosa e espero que consiga alguém a altura. Sua insistência doentia acaba só afastando mais as pessoas. Não vou falar mais do que isso, fique bem, beijos
terça-feira, 18 de julho de 2017
Aparências
A jornalista chega em casa, cansada.
Mesmo no corredor, ela tira abruptamente seus saltos altos, finíssimos e caros. E os deixa de lado, no tapete.
Abre a porta do apartamento em solavanco, meio cambaleante, depois de beber muitos copos de vinho em um bar local.
Lembra dos sapatos que deixou para trás, os chuta para dentro.
Ela caminha pela sala bagunçada, algumas garrafas por aí, grandes, pequenas, claras e escuras, guimbas de cigarro, cartelas de remédios, roupas jogadas em cima das poltronas. Mas tudo se ajeitaria assim que a arrumadeira chegasse, ela botaria tudo no lugar...
Ela vai até o banheiro, reluzente em azul e branco. Flores artificiais de
corando os patamares, emoldurando o espelho. Artificiais pois ela se esquecia de botar água.
Se olha no espelho. A maquiagem que aplicaram em seu rosto começava a derreter conforme suas lágrimas caíam.
Ela sorriu. E ao sorrir, começou a chorar compulsivamente.
-Eu... não... aguento.. mais.. sorrir. Ela sussurrava, em panico, paranoica.
Imagens de pessoas rindo, dizendo o quanto ela era gentil, o quanto era bonita, a assombrava.
O riso deles eram barulhos em sua mente, e ela queria calá-los.
Usava o álcool para tentar calar as vozes.
Passou a mão pelos olhos, cobertos de rímel e lápis, e pela pele, coberta de base, que sufocava seus poros.
A maquiagem, que estava ligeiramente borrada, começara a ficar bizarra, fantasmagórica, grandes rios pretos descendo dos olhos, tinta se misturando.
"Imperfeiçoes. Temos de esconde-las", diziam os maquiadores. E ela ficava lá, sentada, sendo moldada, sendo aperfeiçoada.
E o batom. Aquele batom vermelho cereja que não saía de jeito nenhum. Ela jogava água, passava papel, arranhava seus lábios a ponto de doer. Só queria que aquilo saísse. Esquecia que tinha produtos para remover maquiagem, em seu torpor, em sua embriaguez.
Ela chorava, e assim, apoiada na parede, ela foi escorregando até atingir com um baque, o chão.
Se ela estivesse sóbria, sentiria a coluna reclamar, ao cair de maneira abrupta no solo frio.
Mas ela estava anestesiada, e não sentia mais nada.
As lágrimas formavam-se, pesadas, quentes. Atingiam o chão com força. Ela soluçava e tentava balbuciar palavras, frases.
Os cheiros dos produtos químicos ainda a atormentavam, ainda a perturbavam. Sorrir doía, ser aquela pessoa artificial todo dia.
Dizer a todos que ela se preocupava com todos. Que ela estava bem.
"Vamos adicionar brilho ao seu rosto", diziam eles.
Não havia mais brilho em sua alma.
Ela tateia o chão ao seu lado.
Nem um grão de poeira. Nem um arranhão no chão brilhante.
Ela consegue arrumar um frasco de alguma coisa, parece ser uísque. Entorna tudo em um gole só.
-Eu... não... Ela sussurra, entre soluços. Sua cabeça capenga para frente, e ela tem ânsia de vomito. -... aguento... mais.... fingir. Suspira longamente.
Tudo fica tremulo, os sons ficam estranhos, enjoo. Tudo fica preto.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-Patrícia, está na hora.
A arrumadeira a sacode, no chão do banheiro. Ela olha com uma mistura de nojo e pena para a mulher que está estatelada na sua frente, arruinada. O que teria acontecido na noite passada? Pensa Patrícia. Suas costas e costelas doem. Ela toma um banho. Escolhe sua melhor roupa. E um copo de água. Pílula para depressão. Pílula para ansiedade. Pílula para motivar-se a viver. Ás oito da noite, ela olha confiante para a câmera, e diz para milhares de brasileiros e brasileiras:
-Boa noite.
E sorri.
Mesmo no corredor, ela tira abruptamente seus saltos altos, finíssimos e caros. E os deixa de lado, no tapete.
Abre a porta do apartamento em solavanco, meio cambaleante, depois de beber muitos copos de vinho em um bar local.
Lembra dos sapatos que deixou para trás, os chuta para dentro.
Ela caminha pela sala bagunçada, algumas garrafas por aí, grandes, pequenas, claras e escuras, guimbas de cigarro, cartelas de remédios, roupas jogadas em cima das poltronas. Mas tudo se ajeitaria assim que a arrumadeira chegasse, ela botaria tudo no lugar...
Ela vai até o banheiro, reluzente em azul e branco. Flores artificiais de
corando os patamares, emoldurando o espelho. Artificiais pois ela se esquecia de botar água.
Se olha no espelho. A maquiagem que aplicaram em seu rosto começava a derreter conforme suas lágrimas caíam.
Ela sorriu. E ao sorrir, começou a chorar compulsivamente.
-Eu... não... aguento.. mais.. sorrir. Ela sussurrava, em panico, paranoica.
Imagens de pessoas rindo, dizendo o quanto ela era gentil, o quanto era bonita, a assombrava.
O riso deles eram barulhos em sua mente, e ela queria calá-los.
Usava o álcool para tentar calar as vozes.
Passou a mão pelos olhos, cobertos de rímel e lápis, e pela pele, coberta de base, que sufocava seus poros.
A maquiagem, que estava ligeiramente borrada, começara a ficar bizarra, fantasmagórica, grandes rios pretos descendo dos olhos, tinta se misturando.
"Imperfeiçoes. Temos de esconde-las", diziam os maquiadores. E ela ficava lá, sentada, sendo moldada, sendo aperfeiçoada.
E o batom. Aquele batom vermelho cereja que não saía de jeito nenhum. Ela jogava água, passava papel, arranhava seus lábios a ponto de doer. Só queria que aquilo saísse. Esquecia que tinha produtos para remover maquiagem, em seu torpor, em sua embriaguez.
Ela chorava, e assim, apoiada na parede, ela foi escorregando até atingir com um baque, o chão.
Se ela estivesse sóbria, sentiria a coluna reclamar, ao cair de maneira abrupta no solo frio.
Mas ela estava anestesiada, e não sentia mais nada.
As lágrimas formavam-se, pesadas, quentes. Atingiam o chão com força. Ela soluçava e tentava balbuciar palavras, frases.
Os cheiros dos produtos químicos ainda a atormentavam, ainda a perturbavam. Sorrir doía, ser aquela pessoa artificial todo dia.
Dizer a todos que ela se preocupava com todos. Que ela estava bem.
"Vamos adicionar brilho ao seu rosto", diziam eles.
Não havia mais brilho em sua alma.
Ela tateia o chão ao seu lado.
Nem um grão de poeira. Nem um arranhão no chão brilhante.
Ela consegue arrumar um frasco de alguma coisa, parece ser uísque. Entorna tudo em um gole só.
-Eu... não... Ela sussurra, entre soluços. Sua cabeça capenga para frente, e ela tem ânsia de vomito. -... aguento... mais.... fingir. Suspira longamente.
Tudo fica tremulo, os sons ficam estranhos, enjoo. Tudo fica preto.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
-Patrícia, está na hora.
A arrumadeira a sacode, no chão do banheiro. Ela olha com uma mistura de nojo e pena para a mulher que está estatelada na sua frente, arruinada. O que teria acontecido na noite passada? Pensa Patrícia. Suas costas e costelas doem. Ela toma um banho. Escolhe sua melhor roupa. E um copo de água. Pílula para depressão. Pílula para ansiedade. Pílula para motivar-se a viver. Ás oito da noite, ela olha confiante para a câmera, e diz para milhares de brasileiros e brasileiras:
-Boa noite.
E sorri.
segunda-feira, 17 de julho de 2017
Se voce tem fantasmas
Ó leitores
Sei que quase não há
Mas eu vivo essa ilusão
Estou parando progressivamente de escrever, sabem
De escrever, desenhar
Estou me transformando em um androide
Que executa suas relações carnais
Da minha boca saem palavras
Que eu mal reconheço
Essa sou eu?
Quem eu me tornei?
Acho que tenho vergonha
Desse amontoado de carne junta
Que sou eu.
Ou essa sou quem eu quero que conheçam
A Mariana engraçada
Bonita
Divertida
Animada
Estão encantados comigo
Mas não cheguem muito perto
É tudo mais feio ao se aproximar
Voces podem ver meu corpo
E cada parte escondida
Mas nunca verão minha alma
Nunca verão minha mente
E todas as imundícies
E pensamentos ruins
E nunca será revelado
Quem eu realmente sou
Deve ser engraçado
Transar com uma boneca atriz
Voces sao lindos também
Sugam o meu sangue
E me fazem ser alguém que eu nao sou
Mas a culpa é minha
Que
No final
Só estou tentando sentir alguma coisa
E a cada dia
Sinto menos
A cada dia
Me importo menos
Sou um mero objeto que perambula
E vocês também
Afeto não me afeta
Mais
Sinto meu vigor evaporando
Conforme eu perco
Minha essência
Criatividade se esgotando
Originalidade se perdendo
Estou virando máquina
Devo ficar feliz?
Então vão
Cravem as unhas
E os dentes
Na minha carne
Tao fundo
E me despedacem
Cortem, espanquem
Me lembrem
Que eu ainda sinto
Será?
Sei que quase não há
Mas eu vivo essa ilusão
Estou parando progressivamente de escrever, sabem
De escrever, desenhar
Estou me transformando em um androide
Que executa suas relações carnais
Da minha boca saem palavras
Que eu mal reconheço
Essa sou eu?
Quem eu me tornei?
Acho que tenho vergonha
Desse amontoado de carne junta
Que sou eu.
Ou essa sou quem eu quero que conheçam
A Mariana engraçada
Bonita
Divertida
Animada
Estão encantados comigo
Mas não cheguem muito perto
É tudo mais feio ao se aproximar
Voces podem ver meu corpo
E cada parte escondida
Mas nunca verão minha alma
Nunca verão minha mente
E todas as imundícies
E pensamentos ruins
E nunca será revelado
Quem eu realmente sou
Deve ser engraçado
Transar com uma boneca atriz
Voces sao lindos também
Sugam o meu sangue
E me fazem ser alguém que eu nao sou
Mas a culpa é minha
Que
No final
Só estou tentando sentir alguma coisa
E a cada dia
Sinto menos
A cada dia
Me importo menos
Sou um mero objeto que perambula
E vocês também
Afeto não me afeta
Mais
Sinto meu vigor evaporando
Conforme eu perco
Minha essência
Criatividade se esgotando
Originalidade se perdendo
Estou virando máquina
Devo ficar feliz?
Então vão
Cravem as unhas
E os dentes
Na minha carne
Tao fundo
E me despedacem
Cortem, espanquem
Me lembrem
Que eu ainda sinto
Será?
--
VOLTAMOS COM O TT
TINDER TALES
Lá vai
1- O POLICIAL ADVOGADO ESTRESSADINHO
Era uma linda noite de inverno, mas antes dessa linda noite de inverno, esse homem que dizia ter 1,80 e poucos de altura me chamara para ir a um bar com ele. Depois de comer muito em um restaurante maravilhoso com minha mãe, lá fui eu, me encontrar com o cara. Desde o primeiro momento ele mostrou-se escroto. Ele estava lá, em seu Corcel (carro) branco, e eu não sabia se era ele mesmo ou não, pois sou míope.
-Você tá bêbada? É a primeira coisa que ele diz para mim. Eu suspiro internamente.
-Você não tem cara de dezoito anos.
Ele estava esperando uma garota imbecil que se impressionaria com seu carrão e seus músculos.
Prosseguimos.
-Não estou armado hoje... Você não tem medo? Sabe que sou policial, né?
-Cara, eu sou desapegada com a minha vida.
Ele é bonitão sabe, alto, musculoso, com um olhar cálido e maxilar firme. Mas isso não quer dizer nada, isso não me conquista.
Chegando ao recinto, ele pede uma cerveja, e eu peço o de sempre: uma água da casa.
Eu não queria beber álcool. Não queria, não estava afim, sabe, estou realmente parando de tomar.
-Água? Sério?
-É, eu estou afim de água.
-Eu vou beber sozinho?
-Eu estou bebendo também... água.
-Você não vai me acompanhar?
Depois de muito tempo insistindo, peguei uma caipivodca de morango, para ele parar de me encher o saco.
-Satisfeito? Vai conseguir dormir a noite?
Eu começava a debochar da cara daquele policial super séria.
Ele estava me entediando com uma conversa que não era nem um pouco interessante.
Estávamos bebendo, e o bar começou a fechar. Quando os garçons não o atendiam, ele reclamava e dava para ver a indignação na cara dele, e eu comecei a me sentir desconfortável, pois meu pai já fez muitos escândalos em restaurantes, e sei lá, eu realmente não queria reviver isso.
Fomos a outro bar. Mais bebida para Mariana.
Em algum momento da conversa, o álcool me ajudando a ser MAIS sincera:
-Cara, você é legal, mas eu me interessei só pelo seu corpo.
E então começamos a falar de sexo. E eu disse que a maioria, se não todos os homens que fico não me satisfazem, e que ás vezes preferia ficar em casa me dando prazer.
Ele não conseguiu engolir isso e perguntou se eu era lésbica.
E que assim eu poderia me tornar lésbica.
Como se isso fosse ruim, sabe. E então ele disse a famosa frase:
-Nossa, eu adoro mulher. Mulher é demais, mulher me completa!
E eu respondi:
-Você ama MULHER ou a sensação de penetrar o corpo de uma mulher?
Ele quase ficou ofendido e respondeu:
-Não, claro que não, a mulher em si!
E eu disse:
-Quantas amigas mulheres você tem?
E ele respondeu, da maneira mais natural do mundo:
-Nenhuma.
E assim, eu disse que qual seria a diferença de estar comigo ou com um amigo em um bar.
E ele disse que preferiria muito mais estar comigo que com um amigo.
E assim fomos nós, batendo boca, discordando em quase tudo, a conversa só ficou menos áspera quando começamos a falar de séries.
Voltamos ao carro dele, e ele precisava ir para a casa. Se me levasse em Copacabana, seria contra mão. Então, simplesmente disse:
-Eu posso voltar de ônibus, daqui.
E ele:
-Não, nunca. Eu chamei e blá blá blá.
Ele não me deixou pagar NADA. Depois de questionar, rindo para não parecer inflexível, aceitei. Acontece.
No carro dele, chegamos á minha casa. E PASSAMOS a minha casa.
Ele foi lá para o fim do mundo, o início, no caso.
Não é possível, pensei.
Depois de quase estar discutindo, duas pessoas extremamente diferentes, ele ainda quer me pegar.
Homens.
Estacionamos em uma vaga, e ele, de maneira muito tosca, pega as chaves da minha mão e bota em cima do painel lá do carro.
E ELE FALA:
-Deixa eu te abracar, eu nao fiz isso hoje ainda.
Basicamente dizendo:
A gente vai se pegar agora, ok?
Eu estava alegrinha e fui na onda. O beijei, um terrível beijo sem língua.
Me senti em uma novela da Globo.
Para melhorar tudo, o cara só se excitava com uma coisa:
Que eu mexesse nos mamilos dele.
Tudo bem, tem cara que gosta.
Mas ele queria que eu o fizesse O TEMPO TODO.
Dane-se que eu nao estava excitada.
Mas ok, daqui a pouco eu vejo, só de mexer nos mamilos dele, o cara já está em extase.
Eu sento nele, ereto, e está legal o momento, eu estou comandando ritmo e energia e estou gostando e
-Para.
E eu paro. E tudo passa. Fico imóvel em cima dele enquanto ele tenta se concentrar.
Mas entao ele deixa que eu volte a me mexer e me divertir e aproveitar e
-Para.
E eu fico meio frustrada.
Eu só quero sentir prazer também e gozar , caralho, me deixa ser feliz afffff
-Para.
Eu me jogo em cima do tronco dele, frustrada, broxada. Foda-se também, goza logo nessa camisinha que eu termino minhas paradas em casa.
E assim ele fez, depois de um minuto ele gozou, eu fui para o lado e voltei para casa de saco cheio desse aplicativo.
ADORO O TINDER
TINDER TALES
Lá vai
1- O POLICIAL ADVOGADO ESTRESSADINHO
Era uma linda noite de inverno, mas antes dessa linda noite de inverno, esse homem que dizia ter 1,80 e poucos de altura me chamara para ir a um bar com ele. Depois de comer muito em um restaurante maravilhoso com minha mãe, lá fui eu, me encontrar com o cara. Desde o primeiro momento ele mostrou-se escroto. Ele estava lá, em seu Corcel (carro) branco, e eu não sabia se era ele mesmo ou não, pois sou míope.
-Você tá bêbada? É a primeira coisa que ele diz para mim. Eu suspiro internamente.
-Você não tem cara de dezoito anos.
Ele estava esperando uma garota imbecil que se impressionaria com seu carrão e seus músculos.
Prosseguimos.
-Não estou armado hoje... Você não tem medo? Sabe que sou policial, né?
-Cara, eu sou desapegada com a minha vida.
Ele é bonitão sabe, alto, musculoso, com um olhar cálido e maxilar firme. Mas isso não quer dizer nada, isso não me conquista.
Chegando ao recinto, ele pede uma cerveja, e eu peço o de sempre: uma água da casa.
Eu não queria beber álcool. Não queria, não estava afim, sabe, estou realmente parando de tomar.
-Água? Sério?
-É, eu estou afim de água.
-Eu vou beber sozinho?
-Eu estou bebendo também... água.
-Você não vai me acompanhar?
Depois de muito tempo insistindo, peguei uma caipivodca de morango, para ele parar de me encher o saco.
-Satisfeito? Vai conseguir dormir a noite?
Eu começava a debochar da cara daquele policial super séria.
Ele estava me entediando com uma conversa que não era nem um pouco interessante.
Estávamos bebendo, e o bar começou a fechar. Quando os garçons não o atendiam, ele reclamava e dava para ver a indignação na cara dele, e eu comecei a me sentir desconfortável, pois meu pai já fez muitos escândalos em restaurantes, e sei lá, eu realmente não queria reviver isso.
Fomos a outro bar. Mais bebida para Mariana.
Em algum momento da conversa, o álcool me ajudando a ser MAIS sincera:
-Cara, você é legal, mas eu me interessei só pelo seu corpo.
E então começamos a falar de sexo. E eu disse que a maioria, se não todos os homens que fico não me satisfazem, e que ás vezes preferia ficar em casa me dando prazer.
Ele não conseguiu engolir isso e perguntou se eu era lésbica.
E que assim eu poderia me tornar lésbica.
Como se isso fosse ruim, sabe. E então ele disse a famosa frase:
-Nossa, eu adoro mulher. Mulher é demais, mulher me completa!
E eu respondi:
-Você ama MULHER ou a sensação de penetrar o corpo de uma mulher?
Ele quase ficou ofendido e respondeu:
-Não, claro que não, a mulher em si!
E eu disse:
-Quantas amigas mulheres você tem?
E ele respondeu, da maneira mais natural do mundo:
-Nenhuma.
E assim, eu disse que qual seria a diferença de estar comigo ou com um amigo em um bar.
E ele disse que preferiria muito mais estar comigo que com um amigo.
E assim fomos nós, batendo boca, discordando em quase tudo, a conversa só ficou menos áspera quando começamos a falar de séries.
Voltamos ao carro dele, e ele precisava ir para a casa. Se me levasse em Copacabana, seria contra mão. Então, simplesmente disse:
-Eu posso voltar de ônibus, daqui.
E ele:
-Não, nunca. Eu chamei e blá blá blá.
Ele não me deixou pagar NADA. Depois de questionar, rindo para não parecer inflexível, aceitei. Acontece.
No carro dele, chegamos á minha casa. E PASSAMOS a minha casa.
Ele foi lá para o fim do mundo, o início, no caso.
Não é possível, pensei.
Depois de quase estar discutindo, duas pessoas extremamente diferentes, ele ainda quer me pegar.
Homens.
Estacionamos em uma vaga, e ele, de maneira muito tosca, pega as chaves da minha mão e bota em cima do painel lá do carro.
E ELE FALA:
-Deixa eu te abracar, eu nao fiz isso hoje ainda.
Basicamente dizendo:
A gente vai se pegar agora, ok?
Eu estava alegrinha e fui na onda. O beijei, um terrível beijo sem língua.
Me senti em uma novela da Globo.
Para melhorar tudo, o cara só se excitava com uma coisa:
Que eu mexesse nos mamilos dele.
Tudo bem, tem cara que gosta.
Mas ele queria que eu o fizesse O TEMPO TODO.
Dane-se que eu nao estava excitada.
Mas ok, daqui a pouco eu vejo, só de mexer nos mamilos dele, o cara já está em extase.
Eu sento nele, ereto, e está legal o momento, eu estou comandando ritmo e energia e estou gostando e
-Para.
E eu paro. E tudo passa. Fico imóvel em cima dele enquanto ele tenta se concentrar.
Mas entao ele deixa que eu volte a me mexer e me divertir e aproveitar e
-Para.
E eu fico meio frustrada.
Eu só quero sentir prazer também e gozar , caralho, me deixa ser feliz afffff
-Para.
Eu me jogo em cima do tronco dele, frustrada, broxada. Foda-se também, goza logo nessa camisinha que eu termino minhas paradas em casa.
E assim ele fez, depois de um minuto ele gozou, eu fui para o lado e voltei para casa de saco cheio desse aplicativo.
ADORO O TINDER
terça-feira, 11 de julho de 2017
História da minha mãe
Tráfico de pessoas- Um problema real, atual e precisa ser
discutido
Pleno século vinte e um. Máfias e grupos clandestinos ainda
conseguem ,através de seus recursos, capturar pessoas, especialmente mulheres,
até mesmo garotas, para a prostituição. O tráfico de mulheres é crime na maioria
dos países, mas isso não o impede de acontecer. Muitas vezes o sujeito enxerga
uma maneira de persuadir a vítima, e a mesma cai, por estar muito frágil para
reagir, muito fraca para enxergar, que o que parece salvação pode ser a ruína e
a perdição.
E elas estão em todos os lugares. Meninas totalmente
desorientadas e desprovidas de conselho emocional, em um ambiente familiar
fraco e eu sinto que preciso passar uma mensagem adiante. Sinto que preciso
mandar esse recado, dizer a elas que essa “rota de fuga” mágica proporcionada
por seres bons é, na maioria das vezes, uma mentira.
Mais que isso. Não direciono-me apenas para garotas frágeis
que um dia podem passar por isso. Quero mandar essa mensagem para quem já o
vivenciou, assim como eu.
Quero dizer a todas que já sofreram, como eu sofri, que
libertem-se desse julgamento interno, que deixem de se esconder por trás de
cortinas e tentem esquecer seu passado. Elas tem medo de serem julgadas,
humilhadas, por terem se envolvido em algo tao perigoso, algo que a sociedade
vê como sujo.
Eu sobrevivi a isso, a prostituição, a tortura, ao medo. Eu
não tenho vergonha do que eu passei, e quero passar essa mensagem, para que
essas pessoas percebam que no final, elas foram fortes, elas aguentaram até o
fim, e que isso não é motivo de vergonha.
Eu preciso dizer isso a elas. Alguém precisa abrir os olhos
dessas mulheres, pois a sociedade as julga tanto, sem nem saber o que
aconteceu, ou porque aconteceu. Eles julgam e apontam dedos, gritam e ofendem,
e a pessoa começa a se esconder e se fechar em sua própria escuridão. Preciso
dizer a elas para pararem de se culpabilizar, que não são sujas, que não são
repugnantes, que precisam se amar do jeito que são, se libertar de tudo isso.
Por causa disso, aqui estou eu, e aqui está minha história:
Eu era uma pequena garota vivendo em uma casa feita de barro, sem privacidade,
com uma família turbulenta e violenta, brigas todas as noites, pesadelos. Todo
dia eu acordava e pensava, eu gostaria de sair desse lugar terrível e cheio de
fracassados, é o meu maior sonho.
E então, como em um
passe de mágica, surge um homem maravilhoso, alto, de olhos azuis e corpo
torneado, inteligente, um dos homens mais lindos que vi na minha vida. Ele se
aproximou de mim. Me achou bonita, eu com meus 21 anos, cabelos pretos
espessos, pele branca perfeita, boca sempre com batom vermelho. Um corpo muito
bonito para alguém que conseguia apenas sentir dor, anestesiada de quaisquer
outros sentimentos. E lá foi ele, conheceu minha casa de condições precárias,
analisou cada detalhe, cada móvel, cada brecha na parede, e, mais importante,
meus pais. Olhou para eles e viu, pelos seus rostos, que realmente eram pessoas
desprovidas de esperança, os fracassados que eu tanto abominava, e ele sabia
que nunca viriam atrás de mim. Um dia, simplesmente me ofereceu uma maravilhosa
proposta. Me estendeu a mão, para vivermos em um mundo de fantasia, em outro
país. Eu nunca perguntei. Eu nunca questionei. Ele era a solução dos meus
problemas, iríamos embora para sempre e tudo seria paz. Ele era meu marido
perfeito, e eu , a vítima perfeita. Mas o casamento durou apenas um dia. Já
tendo saído do meu inferno gelado, esse
lindo marido de olhos azuis transformou-se em fera, um monstro, e quando ele
viu minha cara de espanto e medo, era como se dissesse:
-Por que a surpresa? Foi você que me chamou, você que quis
vir comigo, você que me atraiu.
Em um momento, ele me olhava nos olhos e dizia elogios e
como ele me amava. No dia seguinte, eram apenas insultos, o quanto eu não valia
nada, que eu deveria ser agradecida por ele ter me tirado daquela favela, pois
ele estaria me transformando em alguém decente, uma madame. Esse lindo homem,
na verdade, tinha amigos, colegas, e juntos eles formavam uma máfia organizada,
vários pretendentes para que eu escolhesse o que mais me apetecesse.
Cheguei no país estrangeiro sem visto, eles tinham contatos
suficientes para não precisar de burocracia. Pegaram meu passaporte, para eu
não conseguir fugir, e lá estava eu, confinada em um apartamento, com mais
várias outras mulheres. Ficávamos trancadas o dia inteiro, e eles usavam nosso
tempo livre para nos torturar psicologicamente.
Tentaram estabelecer um tipo de terror psicológico e físico,
uma lavagem cerebral. Eles queriam induzir-nos a trabalhar para eles, dizendo
que se não o fizéssemos , não saberíamos se acordaríamos vivas ou não. E assim,
eu entendi que, para não ser morta, precisaria jogar o jogo deles. Agradecia a
eles, e dizia o quanto estava grata por tudo que faziam por mim e se eu poderia
logo trabalhar para poder retribuir financeiramente tamanha bondade oferecida
por eles.
Fui trabalhar apenas com a roupa do corpo, e
assim esse foi o início de um árduo trabalho que durou dois anos.
O pior não era ter que transar com
vários homens em uma noite, mas sim acordar e saber que eu era desprovida de
liberdade. Eu, como um animal, uma propriedade, tinha donos, proprietários e
minha razão de existir era sustenta-los financeiramente.
A única coisa que eu fazia para
conseguir suportar toda a pressão e a dor, era beber até perder os sentidos,
dançar, e ás vezes usar drogas, mas meus “donos” não me queriam que eu gastasse
o dinheiro deles com substancias ilícitas, por isso, por causa de uma simples
avareza, eles impediram que eu morresse de uma possível overdose de drogas.
Fiquei lá por dois anos. Mas eu nunca deixei de acreditar na
humanidade das pessoas. Eu acreditava que ainda existiam pessoas boas. Eu
acreditava que, um dia, um homem com coração bom chegaria e me tiraria de lá.
E isso aconteceu.
Um homem chegou, me salvou dos monstros, forjou um
passaporte falso, e eu estava totalmente quebrada emocionalmente. Tudo que eu
queria, tudo que eu pensava, era:
-Preciso fugir, preciso sair daqui, eles não podem me achar
de novo.
Para onde eu iria agora? Precisava ser longe e em outro
continente. Escutei “Brasil”. Apenas sabendo que era em outro continente, já
estava aliviada, estaria muito longe dos monstros que me capturaram, poderia
dormir sem medo de abrirem a porta em solavanco, aos gritos e ameaças. Queria
ir para lá, sem ao menos saber como era o país, como eram as pessoas. Eu só
queria fugir.
Sinto que o Brasil me escolheu desde o primeiro momento. Ao
tocar o solo carioca, em um dia de sol em Abril, os raios de sol aquecendo meu
rosto, eu me senti, pela primeira vez, livre. A cada segundo que eu passava no
Brasil, me sentia renascendo.
Essa história não é para a pessoa escutar e ficar calada. É
para ser passada adiante, para que fiquemos alertas, pois isso é real. Pode
acontecer com um vizinho, um amigo, um familiar, ou até com você. É muito sério
e o perigo pode estar muito mais perto do que se pensa. E é por isso que eu
quero passar essa mensagem.
Mas a ela não é apenas para quem é julgado. É para quem
julga, para desfazer seus preconceitos acerca de uma história desconhecida de
sofrimento e dor. É para quem nunca
ouviu falar sobre o assunto, quantas pessoas realmente sabem o que é tráfico de
pessoas? Na escola, no trabalho, no ambiente social, esse assunto é evitado, um
tabu. E, finalmente, para qualquer ser ciente refletir e ponderar sobre a
crueldade humana.
segunda-feira, 10 de julho de 2017
YOUTUBER
OLÁAAAAAAAAAAAAA LEITORES LINDOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
Beeeeeeeem-vindos para o blog CAMELO eeeeeeeeee
DROMEDÁRIO para mais um teeextinho da MARI MITIC
ESSA LINDA
QUEM SERÁ??????
ISSO MESMO, EUZINHA !!!
SOLTA A VINHETA
*-MÚSICA-*
EU YOUTUBER
TAO SIMPÁTICA
E EMPOLGADA
É IMPORTANTE SER EUFÓRICA
CHAMA A ATENÇÃO
Eu vou ser tao fofa
E falar com voz fina
Quem sabe jogar um joguinho
E xingar bastante
Nossa plateia ama xingamentos
Contar uma história divertida
COM VÁRIOS CORTES
Na minha cara
No bom sentindo, RS
Por que somos todos tao felizes nos vídeos
Eu vou olhar para a câmera e falar
CONSELHOS
Porque eu vivi muito
Não corra atrás daquele BOY que te deixou na baladinha
Aplique maquiagem desse jeito e ficará impecável
E MUITAS OUTRAS COISAS LEGAIS
E VOCÊS SÃO LINDOSSSSSSSSSS
Porque vocês me dão visualizações
E me dão dinheiro
E ASSIM EU POSSO ESCREVER LIVRO
SOBRE A MINHA INTERESSANTÍSSIMA VIDA
E MINHA EXPERIENCIA
E ainda vai estar escrito na capa
*O SUCEEEESSO DO YOUTUBE*
POSSO ATÉ FAZER FILMES!
Sem mesmo nunca ter atuado
E eu vou começar a fazer propagandas
No início dos meus vídeos
Seja de lamina de barbear
Seja de achocolatado
Seja de chiclete
EU VOU FAZER PROPAGANDA ATÉ
Dos meus próprios vídeos
E ainda vou arranjar uma maneira
De encaixar no meio do vídeo
Para parecer que é ABSOLUTAMENTE
NATURAL
E FAZER PROPAGANDAS
com os outros youtubers
E a gente vai compartilhar das nossas vidas
QUE A PARTIR DE ALGUM MOMENTO
SE TORNARAM
TAO
INTERESSANTES
Vai ter um POST
Dizendo
Celebridades do youtube
ANTES E DEPOIS
O meu antes vai ser essa pessoa sem graça e pálida
A quem vos escreve
E o depois vai ser uma Mariana super produzida
Sobrancelhas feitas, bichectomia , maquiagem
Muita maquiagem
Porque as pessoas gostam de pessoas
Especialmente mulheres
Bonitas
MILHÕES DE SEGUIDORES
NO INSTAGRAM
E NO TWITTER
Meu ego vai inflar como um lindo
Balão
As pessoas vão querer me ver
Conhecer minha família
Copiar meu cabelo
Copiar minhas roupas
E ME AMAR
Depois de um tempo
Dirão que eu não sou mais a mesma
Que me vendi
Que estou artificial
Mas estarei nadando no dinheiro
Com um fã clube
E com uma personalidade COOL
ABSOLUTAMENTE
NATURAL
E NÃO SE ESQUEÇA DE DAR LIKE
AQUI EMBAIXO
E SE INSCREVER <3 <3 <3
Beeeeeeeem-vindos para o blog CAMELO eeeeeeeeee
DROMEDÁRIO para mais um teeextinho da MARI MITIC
ESSA LINDA
QUEM SERÁ??????
ISSO MESMO, EUZINHA !!!
SOLTA A VINHETA
*-MÚSICA-*
EU YOUTUBER
TAO SIMPÁTICA
E EMPOLGADA
É IMPORTANTE SER EUFÓRICA
CHAMA A ATENÇÃO
Eu vou ser tao fofa
E falar com voz fina
Quem sabe jogar um joguinho
E xingar bastante
Nossa plateia ama xingamentos
Contar uma história divertida
COM VÁRIOS CORTES
Na minha cara
No bom sentindo, RS
Por que somos todos tao felizes nos vídeos
Eu vou olhar para a câmera e falar
CONSELHOS
Porque eu vivi muito
Não corra atrás daquele BOY que te deixou na baladinha
Aplique maquiagem desse jeito e ficará impecável
E MUITAS OUTRAS COISAS LEGAIS
E VOCÊS SÃO LINDOSSSSSSSSSS
Porque vocês me dão visualizações
E me dão dinheiro
E ASSIM EU POSSO ESCREVER LIVRO
SOBRE A MINHA INTERESSANTÍSSIMA VIDA
E MINHA EXPERIENCIA
E ainda vai estar escrito na capa
*O SUCEEEESSO DO YOUTUBE*
POSSO ATÉ FAZER FILMES!
Sem mesmo nunca ter atuado
E eu vou começar a fazer propagandas
No início dos meus vídeos
Seja de lamina de barbear
Seja de achocolatado
Seja de chiclete
EU VOU FAZER PROPAGANDA ATÉ
Dos meus próprios vídeos
E ainda vou arranjar uma maneira
De encaixar no meio do vídeo
Para parecer que é ABSOLUTAMENTE
NATURAL
E FAZER PROPAGANDAS
com os outros youtubers
E a gente vai compartilhar das nossas vidas
QUE A PARTIR DE ALGUM MOMENTO
SE TORNARAM
TAO
INTERESSANTES
Vai ter um POST
Dizendo
Celebridades do youtube
ANTES E DEPOIS
O meu antes vai ser essa pessoa sem graça e pálida
A quem vos escreve
E o depois vai ser uma Mariana super produzida
Sobrancelhas feitas, bichectomia , maquiagem
Muita maquiagem
Porque as pessoas gostam de pessoas
Especialmente mulheres
Bonitas
MILHÕES DE SEGUIDORES
NO INSTAGRAM
E NO TWITTER
Meu ego vai inflar como um lindo
Balão
As pessoas vão querer me ver
Conhecer minha família
Copiar meu cabelo
Copiar minhas roupas
E ME AMAR
Depois de um tempo
Dirão que eu não sou mais a mesma
Que me vendi
Que estou artificial
Mas estarei nadando no dinheiro
Com um fã clube
E com uma personalidade COOL
ABSOLUTAMENTE
NATURAL
E NÃO SE ESQUEÇA DE DAR LIKE
AQUI EMBAIXO
E SE INSCREVER <3 <3 <3
Nao vou apagar nada que escrever
Esse texto será totalmente orgânico
E sobre nada
Não apagarei absolutamente nenhuma linha disso
Serão apenas meus pensamentos
Por isso esse texto ficará bem lixo
Mas não importa
Nada importa mais
Eu tento
Eu juro que tento
Clamando por contato humano
Passando por listas de pessoas
Que eu nem me lembro quem são
E tento puxar assunto com as mesmas
Elas me respondem
E voltam para seus cantos
Elas não querem
VIU, VIDA?
ELAS
NÃO
QUEREM
No meu cardápio virtual
Tenho cerca de mil e quinhentas pessoas
E aqui estou eu
Digitando
Depois de tentar
Chamar
As pessoas
E estamos de férias
Eu acho que sou muito ruim
Ou não valho a pena
De ter contato ao vivo
Pessoas dizem que moram longe
Mas se morassem perto também
Nada adianta
Amigos, ó grandes amigos
Seja de escola
Seja de faculdade
Seja de shows
Seja de festas
Seja da vida
Nenhum
Ao meu lado agora
Apelativa, eu
Dramática
Pode ser
Pelo tédio
E pela mágoa
Amanhã é meu aniversário
E eu nunca me senti mais só
E amanha as pessoas me mandarão mensagens
Dizendo o quanto gostam de mim
Pois é
Eu sou uma boa amiga decorativa
Uma amiga temporária
Que dá para deixar de lado
E esse texto não tem rima
Nem coisas legais
Meus diálogos hoje foram virtuais
Por trás de telas
Acho que estou conseguindo transformar-me
Em máquina
Mesmo que contra minha vontade
Estou desolada
E sozinha e queria qualquer coisa
Carinho, conversa, convivência
Atenção
...Então
Obrigada, sei lá
A você que leu até o final.
Obrigada pela atenção.
E sobre nada
Não apagarei absolutamente nenhuma linha disso
Serão apenas meus pensamentos
Por isso esse texto ficará bem lixo
Mas não importa
Nada importa mais
Eu tento
Eu juro que tento
Clamando por contato humano
Passando por listas de pessoas
Que eu nem me lembro quem são
E tento puxar assunto com as mesmas
Elas me respondem
E voltam para seus cantos
Elas não querem
VIU, VIDA?
ELAS
NÃO
QUEREM
No meu cardápio virtual
Tenho cerca de mil e quinhentas pessoas
E aqui estou eu
Digitando
Depois de tentar
Chamar
As pessoas
E estamos de férias
Eu acho que sou muito ruim
Ou não valho a pena
De ter contato ao vivo
Pessoas dizem que moram longe
Mas se morassem perto também
Nada adianta
Amigos, ó grandes amigos
Seja de escola
Seja de faculdade
Seja de shows
Seja de festas
Seja da vida
Nenhum
Ao meu lado agora
Apelativa, eu
Dramática
Pode ser
Pelo tédio
E pela mágoa
Amanhã é meu aniversário
E eu nunca me senti mais só
E amanha as pessoas me mandarão mensagens
Dizendo o quanto gostam de mim
Pois é
Eu sou uma boa amiga decorativa
Uma amiga temporária
Que dá para deixar de lado
E esse texto não tem rima
Nem coisas legais
Meus diálogos hoje foram virtuais
Por trás de telas
Acho que estou conseguindo transformar-me
Em máquina
Mesmo que contra minha vontade
Estou desolada
E sozinha e queria qualquer coisa
Carinho, conversa, convivência
Atenção
...Então
Obrigada, sei lá
A você que leu até o final.
Obrigada pela atenção.
quinta-feira, 6 de julho de 2017
segunda-feira, 3 de julho de 2017
Não dá para apagar
Prazer, meu nome é Mariana
Do rio de janeiro, eu e minha mochila
Que nos bares monta grandes castelos
E neles cochila
Tenho muitíssimos colegas
Para a farra e diversão
Vários amigos
Para um pouco de calma e compreensão
E realmente pouquíssimos companheiros
Que, eu passando por dificuldades
Me estenderiam a mão
Mas a vida social, apenas minha pessoa talha
E a culpa é minha
Eu digo que sou errada, uma falha
Com um coração meio bizarro
Que de sombras, torna-se cada vez mais imundo
Eles dizem que sou apenas diferente
E eu lhes digo:
Não são vocês
É a minha mente
Sou a mestre da auto-sabotagem
"Mas que bobagem!"
Eles dizem
Os sábios
Ou seriam os arrogantes?
Os dotados de inteligencia suprema
Ou os ignorantes?
Enfim
Aproveite a vida
Deixe-se ser pelos vermes comida
Enquanto você se mata
de estudar
trabalhar
E em um segundo estará morta
Memorável
Incontrolável
Não sou estável
Totalmente sem noção
Não sou imaculada
Não quero ser domada
Eu não tenho carro
Não tenho teto
Já dizia a canção
Não tenho dinheiro
Nenhuma congratulação
Ou algum talento esportivo
Nada especial, alguma menção
Não tenho diplomas
Honorários, algo significativo
Além de meu corpo
Virado para a consumação
Para oferecer-lhes
Somente tenho um coração
E alguns brindes
Inusitadas histórias
E as conto decentemente
Muitas de derrotas, algumas de glórias
E, lhes ofereço de peito aberto
Sentimentos que pouco valem
E são ultrapassados
Textos que não são lidos
E são ignorados
Desenhos cuja essência é deixada de lado
E são admirados
Vistos apenas como
Rabiscos
Minha vida rabiscada, incerta
Sem esboço, livre tinta a jorrar
Feita de caneta
Não dá para apagar
domingo, 2 de julho de 2017
Cachoeira
Elas se formam, saindo dos seus canais lacrimais
Pensávamos que havia secado, por chorar demais
Uma quantidade ínfima de água começa a se acumular
Forma uma pequenina poça
E ela não quer se romper, quebrar
Estão juntas, as moléculas
Agarradas, apegadas umas ás outras
Aumentam em grande proporção
Juntas como uma grande esfera ululante
Cristalina, mas salgada
Triunfante
Decidida, molhada
Ao enviar mais fluido para o grande carregamento
Acontece o grande evento, o arrebento
E poça torna-se rio que torna-se mar
Não é possível impedir, barrar
Tamanha perturbação
No silencio mais profundo, elas se vão
Não mais rio, não mais mar
Inundação
E elas correm, elas despencam
E morrem, em pequenas formas circulares
Mas ninguém tem piedade, ó cachoeira ambulante
Tao melancólica, inquietante
Seu ruído perturba os ouvidos
De quem não sabe mais ouvir
Seu encanto não abala mais
Não conseguimos sentir
Suas águas são perturbação
Sua correnteza, perdição
Cuidado, pode nos machucar
Um desavisado pode se afogar
Alguém, traga um lenço, rápido
Alguém, traga um lenço, rápido
Para suas lágrimas secarem
Para seus rios colapsarem
Para seu sentimento virar pó
E seu leito, secar, virando duro sedimento
Ó Cachoeira ambulante, suas águas, para nós
Pequenas almas mundanas e sedentárias
Serão interrompidas de nascente á foz
Ó Cachoeira ambulante, pare de fluir
Nós, personalidades solitárias
Pedimos solenemente
Permita-se ruir
Suas lágrimas são desnecessárias
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