quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Praça

Fique na praça
Esqueça o preço
E te apressa
Esse vazio invólucro
Em concreto
Cinza parco discreto
Engloba o tudo
E vira pedaco
Um canto
encanto de estar
e nao mais imaginar
o que pode repousar
do outro lado dos muros
do outro lado das árvores
para além do olhar
no fundo dos becos
no escuro dos furos
da sombra do esgoto
Vês, sente-se protegido
Da cidade monstro
nessa praça quadrada
da cidade mascarada
da cidade besta
da cidade que resta
resta em paz
junto com as cinzas
dos edifícios que não existem mais
da cidade que resiste
Entre os moradores de rua
E quem se permite
Ela desvendar
vagabundear
perambular
vivenciar
estar
ser


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