domingo, 17 de dezembro de 2017

Furei contigo e vou furar mais

Cara
Primeiramente, me desculpem
Uilla
Névena
Sarah
Filipe
Josy e Gabriella
Galera da Eba ( o grupinho que eu falo lá)
E todas as pessoas
Com quem eu marco e digo
BORA
EU FALO ISSO
Muitas vezes eu vou
Mas muitas vezes furo
Eu chego na hora e falo
As pessoas não vão me querer lá
As poucas, que não são tao próximas de mim
Nao vao me querer lá
Insegurança, somada a uma série de fatos
Deixem eu dizer uma coisa
Eu gosto muito de vocês, galeras
Eu furei o aniversário da minha própria mãe
E a amo mesmo assim
Deixe-me dizer porque fiz isso
Porque sou uma pessoa medrosa
Eu tenho medo
De confrontar vocês
Não os que naturalmente gostam mais de mim
Mas sim os estranhos
Os que olham ligeiramente torto
Eu tenho muito medo das críticas
E dos tapas na cara
E do tédio
E do arrependimento
E eu canso
De socializar
De sempre precisar dizer a piada da hora
De sempre precisar "ser alguém"
De precisar inventar uma cara para a Mariana
Que virou...
Exagerada. Falante. Engraçada. Caótica.
Eu sou uma bola de energia constante e quando eu chegar
Como meus amigos já bem disseram
É, Tuti, você estava certo
A minha energia não acompanha a de vocês
Eu sou 8 ou 80
Conversa cinco minutos comigo e eu já estarei gritando e gesticulando
E interpretando, me empolgo
Mas depois, me veja ali, no canto
Eu vou estar parada, sentada e lendo
Fazendo nada.
Então, queridos
Voces estão no meu coração
Mas, ás vezes, ter que conviver tao intensamente
E nao ser acompanhada
Me cansa
Mas a culpa é minha
Faltam-me calmantes, ou remédios, ou sei lá
Já perceberam a energia que eu tenho para conversar com desconhecidos?
Eu me sinto muito mais confortável em um "role" com pessoas que eu não conheço
Eu desaprendi a ter laços, meus amigos
Virei volátil
Meus amigos viraram meus conhecidos
E meus conhecidos tornaram-se totais estranhos
E me sinto só e aí
Será que alguém volta?
Tudo a minha volta
Virou meio solitário
E aí
(referencia, hehehe)
Enfim, caras
Sao pessoas demais
Para desculpar desculpas de coisas que já foram
E muito sentimento em meu peito
Que nem de longe vou conseguir demonstrar
Mesmo com toda minha expressividade
Me chamaram de fria umas duas vezes essa semana
Arrogante, até
Quando amor brota do meu peito e eu quero poder expressa-lo
Entretanto, algo não é bem expressado e tudo dá errado
Ás vezes, não avanço por medo
E eu me tornei uma grande medrosa de pessoas
Menos dos desconhecidos
Com os desconhecidos eu posso ser quem eu quiser
Com os amigos, eu me desgasto
Cai a máscara, e nem eu me aguento mais
E vou embora
E furo
Ignoro meus pobres amigos, de vez em quando.
Tenho poucos, e cada vez mais tenho menos.
Mas isso preciso dar um crédito ao meu ódio ao celular e ao vício que ele submete as pessoas.
Porém isso é para outro texto.
Estou escrevendo isso no facebook para mostrar que não sou de pedra, como devem achar por aí.
Pelo contrário, isso era tudo que eu não queria me transformar.
Se você está lendo isso, é porque se importa de alguma maneira e ...
Obrigada pelos convites, lidar com eles e encarar as pessoas é difícil
Mas vou tentar mudar
Ou não
Eu queria pensar em socialização como qualquer um
Mas eu acabei racionalizando isso a um nível
Que nem eu entendo mais o que eu quero
Se é companhia ou solidão
E para terminar esse desabafo-poema
Uma rima, desistam de mim não


Nenhum comentário:

Postar um comentário