quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Cem porcento


Em calmaria

 catarse aniquila-se

Corpo de si inquilino

obliteração esparsa

sim, pode ser reversível

Tudo torna-se risível

Se somos metamorfoses

sejamos plásticos

o pulso de um corpo 

 constituído de material genético

genérico, asco 

Sob o escopo 

torna-se espetáculo 

Paraísos esponjosos 

quem observa a mímese de um planeta

e o anular que o mesmo carrega

De lado o optico

Escolhemos o simbólico

infiltra-se afunila-se adentra

No mar, o silêncio

No interior da célula a ser corroída

o silêncio

pela corrida não diminua o passo

cérebro, fígado e marca passo

A imagem, estatelada

conforme desabam céus

muitos juízes, poucos réus

resultados palavras sonhos ao vento

Nada, absolutamente nada

Pode ser garantido cem porcento


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