Me deixe viver
Por entre o mar de citrino que são suas iris
Eternamente de encontro a pérola negra
As ruguinhas de seus olhos se contraem
Sorriem
Enquanto prosa tua sibilas
Vibram, dançam e riem
Límpidas pupilas
Que a dilatação das mesmas
Venha de súbito, a esmo
E em um espasmo
Me abrace e meus pedaços
Ressoando em teu peito
Tão vivos, os que pulsam
Que suavizem úlceras
Que distraiam quimeras
Até outras eras
Em meu coração, não crateras
Toneladas de alimento de alma
Que não vale um vintém
Mas um milhão
E me deixam de pé por cinquenta anos ou mais além
Tão profanos, frágeis
Planetas que sucumbem ante o alfinete
Que júbilo ter-te
Horas incontáveis me separaram de ti
Agora se aproximam em verbete
Nenhum comentário:
Postar um comentário