morrendudisono
morrendo de seno
me coceno
mosquitos obcenos
não aceno, mas enceno
vai girano, vai desceno
ao redor desse pilar que só vai amorteceno
nossa queda
d'agua desagua desnuda
afunda na terra emperra
não precisa brotar
basta restar
entre-vendo
acendo
um fósforo e um cloro
escorre boro pelos poro
o mundo tá assim porque tá
cheio de gênio inse-goro
garoa fina faz falta nesses dias de mormaço
cansaço pálpebras caino
tu tá voltando,
eu to ino
pra onde
pro reino do sono
toca o sino
deita deus, deita menino
deita menine
mata leão
mata no fogo
mata no jogo , pode
é permitido
só não pode fumar um beck
um jogo online em que os jogadores resenham e precisam achar um lugar seguro para fumar
e que não venha um cara com uma ak 47 ''pedir'' pra achar outro lugar
ha ha ha
faço piada mas é bad apoiar tráfico
digo ao povo que fico, disse a moral
católica, melancólica, hipócrita
no hipódromo
nós mesmos somos os cavalos e corremos até cansar
a diferença é que se tropeçarmos,
torcermos a pata
não é hora de nos sacrificar
porque conseguimos ver além do corpo
será?
será que não é a eterna busca por torpor
por tentar enxergar alguma cor
diante das nuances de iluminação
saber que não existe branco não
nem preto
é tudo sobre meios tons
é tudo sobre canalizar teus dons
se especificar
sou meio criança meio abandona-crença
bença, vó
me passa um pouquinho desse ensopadinho de aipim
tomo banho num quintal mágico de ensopadinho de aipim
e quando forem perguntar por mim
não vão
entre o trem e a plataforma
sou um pão
que alimenta a consciência e diz
viva a imaginação
porque não sou uma pessoa
sou só um bando de letras
fonemas esquemas problemas dilemas encena-ções
ações, decantações, palpitações, oscilações
ansioso prosaico
a cara é um mosaico
colagem miragem uma paisagem
deformada por veios rios córregos retorcidos
mê dê não 10, mais mil motivos
para que eu continue aqui e não desfaleça
pare de escrever, cresça
talvez eu não queira crescer
quedarme em caixinha e aprender a diminuir
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