Tem
De arquitetura
Que gosta
E da artes
Que de comigo
E eu
Porque cuzona
E não mínimo
Teve educação
Que que fazia
Eriçado
cara física
E tem da mais ou menos mim (?)
Ele esquecido
Bom
um química
E fiquei depois de ter
com música
E voltar
a
matemática
E vez
projeto de produto
sábado, 30 de junho de 2018
Você me chama
Eu quero ir
Eu quero tentar de novo
Mas eu não sei se consigo
É difícil
Eu preciso chorar
Eu preciso te coragem
Para lidar comigo mesma
Mas eu não tenho
Sou uma covarde
Uma ameba
Não sou mais um milkshake de oreo
Sou agora um suco de limão
Sem gelo
Quente
Que ficou no armário por tanto tempo
Que azedou
Nem açúcar tem
Toma uma vez e faz a pior careta da vida
E vai embora
E cospe o resto no chão
E joga tudo pelo ralo
Mas ele vai
Pelo ralo
Pelo esgoto
Se mistura com urina, fezes, lixo
Vira algo com cheiro intragável
Algo nojento e bizarro
Vira algo monstruosamente ruim
E grosseiro
Que bom
Nunca quis ser consumida
Me deixe no esgoto, longe da luz
Longe da vida
Sem gelo
Quente
Que ficou no armário por tanto tempo
Que azedou
Nem açúcar tem
Toma uma vez e faz a pior careta da vida
E vai embora
E cospe o resto no chão
E joga tudo pelo ralo
Mas ele vai
Pelo ralo
Pelo esgoto
Se mistura com urina, fezes, lixo
Vira algo com cheiro intragável
Algo nojento e bizarro
Vira algo monstruosamente ruim
E grosseiro
Que bom
Nunca quis ser consumida
Me deixe no esgoto, longe da luz
Longe da vida
Processador
Meu processador está com defeito
De tanto analisar , comecei a me auto analisar
Me auto processar
Comer meu corpo
Me transformar em massa de órgãos
Músculo e vísceras com pedaços de metal
Sou burra, burra, burra
Não inteligente
Sou o ponto zero
Um ser humano em branco
Sem nada a oferecer
Nada
Eu não valho a pena
Nem para me matar
Porque é patético
Suicídio é uma fuga máxima
Eu já não quero fugir
Nao é preciso
Eu apenas fico a deriva
Olho para o céu
Está escuro
Sem estrelas
Bandeiras brancas rasgadas
E o vento não sopra mais
Elas estão estagnadas
Tudo já se foi
Esse semestre
Tudo
Resumido em nada
Aprendi
Nada
Em ruinas
Em ruinas
Em ruinas
Eu pronuncio
Todas as letras
todas as sílabas
Não adianta
Psicoterapia
Psicólogo
Psiquiatra
religião
Drogas
Sexo
Arte
Nada
Faz parte
Nada
Me aparta
Dessa insignificância
Desisto
De tanto analisar , comecei a me auto analisar
Me auto processar
Comer meu corpo
Me transformar em massa de órgãos
Músculo e vísceras com pedaços de metal
Sou burra, burra, burra
Não inteligente
Sou o ponto zero
Um ser humano em branco
Sem nada a oferecer
Nada
Eu não valho a pena
Nem para me matar
Porque é patético
Suicídio é uma fuga máxima
Eu já não quero fugir
Nao é preciso
Eu apenas fico a deriva
Olho para o céu
Está escuro
Sem estrelas
Bandeiras brancas rasgadas
E o vento não sopra mais
Elas estão estagnadas
Tudo já se foi
Esse semestre
Tudo
Resumido em nada
Aprendi
Nada
Em ruinas
Em ruinas
Em ruinas
Eu pronuncio
Todas as letras
todas as sílabas
Não adianta
Psicoterapia
Psicólogo
Psiquiatra
religião
Drogas
Sexo
Arte
Nada
Faz parte
Nada
Me aparta
Dessa insignificância
Desisto
insuportável
Estado
Indiferente
Violento
Indiferente
Aumenta passagem
Indiferente
Cancela bilhete
Indiferente
-
Família
Dá dinheiro
Obrigada
Sou
Obrigada
Agradecer
Sou
Nada
Sou
Artista
Sou
Nada
Obrigada
Apoio
Falta
Amizade
Falta
-
Amizade
Longe
Vai pra
Longe
Jogo
Longe
Me jogam
Longe
todos já tem
com quem
contar
com quem
Seja
estável
Com quem
Seja
Amigo
Eu
Não
existo
Insuportável
inperceptível
Intragável
In tudo
Mas fora
de
tudo
Tudo
e de nada
mais de nada
porque na vida
há mais nadas
que os tudos
E os vazios
Mas é vazio de nada
É tempo
Desperdicado
É tempo
Pensando
Porque não há o que sentir
Voltamos a ilha
mas não há mais cenário
Só escuridão
E
Quadrados
E
GD
E
Nada
entra água sai água
Entra água
Sai água
E tento falar Não sai um som
Entra água
Sai água
Minhas mãos tem cor de nada
Minha voz não sai
Nao consigo falar
Nao consigo morder
nao consigo beijar
Nao tenho espelho
Mas se tivesse
Nao enxergaria boca
Eu tento, me arrasto
Viro poeira, viro ameba
Me deixando levar
Pelo vento
Me deixando esquecer
Me fundindo com cimento
Me deixando perecer
Mo
rrer
Sai água
E tento falar Não sai um som
Entra água
Sai água
Minhas mãos tem cor de nada
Minha voz não sai
Nao consigo falar
Nao consigo morder
nao consigo beijar
Nao tenho espelho
Mas se tivesse
Nao enxergaria boca
Eu tento, me arrasto
Viro poeira, viro ameba
Me deixando levar
Pelo vento
Me deixando esquecer
Me fundindo com cimento
Me deixando perecer
Mo
rrer
psicologia de uma vencida
eu desenho coisas, e só
Eu tento fazer coisas no computador
E me distraio
Eu tiro notas boas na faculdade e só
Eu fiz metade do curso de francês e de alemão, e só
Não são fluentes e estou esquecendo conforme passa o tempo
Eu estava aprendendo a cozinhar, fiz um curso de bases de confeitaria e só
Agora não pego nas panelas porque moro longe de tudo
Eu sou divertida mas não por muito tempo
Eu varro a casa, limpo banheiro , limpo vasos sanitários
Posso ser uma faxineira
Eu escrevo, alguns gostam
Um dia posso escrever um livro
E só
Eu queria ser mais
Ter sucesso em coisas
Mas parece que é da minha família
Ou pelo menos, herdei do meu pai
Minha mãe se diz feliz
E eu
Inconformada
Estou confortável, mas não quero estar
Minha mãe paga meu aluguel
Não queria que ela pagasse
19 anos na cara
E uns trabalhos estúpidos que pagam 30 reais
Queria minha máquina de tatuar
e começar a deformar ainda mais a minha mão
Só para me atribuir
Algum
Valor
Eu tento fazer coisas no computador
E me distraio
Eu tiro notas boas na faculdade e só
Eu fiz metade do curso de francês e de alemão, e só
Não são fluentes e estou esquecendo conforme passa o tempo
Eu estava aprendendo a cozinhar, fiz um curso de bases de confeitaria e só
Agora não pego nas panelas porque moro longe de tudo
Eu sou divertida mas não por muito tempo
Eu varro a casa, limpo banheiro , limpo vasos sanitários
Posso ser uma faxineira
Eu escrevo, alguns gostam
Um dia posso escrever um livro
E só
Eu queria ser mais
Ter sucesso em coisas
Mas parece que é da minha família
Ou pelo menos, herdei do meu pai
Minha mãe se diz feliz
E eu
Inconformada
Estou confortável, mas não quero estar
Minha mãe paga meu aluguel
Não queria que ela pagasse
19 anos na cara
E uns trabalhos estúpidos que pagam 30 reais
Queria minha máquina de tatuar
e começar a deformar ainda mais a minha mão
Só para me atribuir
Algum
Valor
Frio
Você é frio
Encostou em mim
E eu sentia o gelo subindo
Congelando meus dedos
E ele ia transformando sangue em
Canais de gelo
Você me olhava
De baixo
Me julgava
E eu me sentia virando escultura
Na cama, se remexia
E eu pensava
Sobre o que sonha
Se é que ainda sonha
E eu digo
Que não se importa
Não gosta do que digo
Será que um dia gostou de mim
Logo eu
Que me acho quente
Eu que, dormindo ao teu lado
Te fiz suar
Só de encostar em você
Fica na tua cidade fria
E eu na minha terra quente
Ás vezes esse calor aqui me sufoca
Mas você é demais
Demais, demais , demais
De uma maneira
Que chega a não ser boa
Encostou em mim
E eu sentia o gelo subindo
Congelando meus dedos
E ele ia transformando sangue em
Canais de gelo
Você me olhava
De baixo
Me julgava
E eu me sentia virando escultura
Na cama, se remexia
E eu pensava
Sobre o que sonha
Se é que ainda sonha
E eu digo
Que não se importa
Não gosta do que digo
Será que um dia gostou de mim
Logo eu
Que me acho quente
Eu que, dormindo ao teu lado
Te fiz suar
Só de encostar em você
Fica na tua cidade fria
E eu na minha terra quente
Ás vezes esse calor aqui me sufoca
Mas você é demais
Demais, demais , demais
De uma maneira
Que chega a não ser boa
sexta-feira, 29 de junho de 2018
Nonsense ás oito atrasada
A véia viu a veia
A véia viu que a veia havia teia
A véia viu que a veia havia teia enquanto comia aveia
a ave da véia viu que a veia havia teia enquanto comia aveia
Eia, a ave da véia viu que a veia havia teia enquanto comia aveia
A véia viu que a veia havia teia
A véia viu que a veia havia teia enquanto comia aveia
a ave da véia viu que a veia havia teia enquanto comia aveia
Eia, a ave da véia viu que a veia havia teia enquanto comia aveia
segunda-feira, 25 de junho de 2018
ADVÉRBIOS ( texto antigo)
Eu sou feliz
Mas
Ligeiramente quebrada
Impetuosamente ávida
Veementemente apreensiva
Sofregamente inspirada
Superficialmente profunda
Levemente depressiva
Amavelmente quieta
Relativamente perdida
Moderadamente louca
Vagamente destruída
Parcialmente isolada
Modestamente amedrontada
Afetuosamente afetada
Estranhamente envolvida
E muitos
Outros
Advérbios e adjetivos
Eu sou feliz
Mas
Ligeiramente quebrada
Impetuosamente ávida
Veementemente apreensiva
Sofregamente inspirada
Superficialmente profunda
Levemente depressiva
Amavelmente quieta
Relativamente perdida
Moderadamente louca
Vagamente destruída
Parcialmente isolada
Modestamente amedrontada
Afetuosamente afetada
Estranhamente envolvida
E muitos
Outros
Advérbios e adjetivos
Procrastinando mais ainda esse texto é só mais um empecilho
Tinha que ir a aula
Fui a aula
Tinha que desenhar
Desenhei
Trabalho de história de arte
Mas antes vamos ao banco
Achei colegas
Vamos conversar
Preciso fazer o trabalho de história da arte
Fui ao banco
Peguei dinheiro
É, papelaria fechada
Vamos nas papelarias do centro de tecnologia
Você sabe que não vai encontrar o papel
Vou pra papelaria 1
``Vai pra papelaria 2``
Vou pra papelaria 3 também
E 4 depois
Vou para o centro acadêmico da química
Falo com o pessoal
Procrastino o trabalho de geometria descritiva
Converso, desenho
Vejo o livro
Preciso fazer
O trabalho
De história da arte
Vou jantar
Volto do jantar
Vem uma garota nova pra república
Preciso arrumar as coisas
tirar minhas roupas de lá
Tirei minhas roupas de lá
Preciso varrer a casa
Ai, torci o tornozelo ante ontem
Preciso fazer o trabalho de história da arte
Falei com o pessoal no facebook
Meu primo, meu amigo
Postei postagem sobre aborto
Debati sobre aborto e religiao
Vi sobre sociologia do futebol
Porque
Não gosto de futebol
Percebi que sou ruim no senso de coletivo
Preciso fazer o trabalho de história da arte
Fui ao mercado
Não tem yakult
Nem chamito
Nem sei se escreve assim
O queijo tá caro
Compro mate, um desodorante ruim que tá vazando
E um brownie
Preciso comer menos brownies
Menos doces
Volto pra casa
Tá calor
Sento na cama
Debato mais sobre religiao e aborto
Falo mais com primo
Falo com colegas sobre o trabalho de história da arte
Antecipo meu tédio fazendo as paradinhas
``ah, vamos lá, mariana, não é tao ruim assim``
Tenho vontade de jogar.
Tenho vontade de ver série.
Tenho vontade de ficar rolando a página do facebook para sempre até o mundo explodir
Tenho vontade de desenhar algo que nao seja do trabalho de história da arte
Chega
Vou lá fazer essa droga
Assim que eu tirar essa blusa
Trocar por um top
Tá quente
Ok
Bem melhor
E ficar confortável
E tirar meu estojo e minha mochila do chao
Ontem eu fiz um desenho conjunto
Com pablo pinar
Grande paisagista <3
Queria
Aff
Não estou com sede, é psicológico
Tem umas formigas na comoda
Por que será que elas estao aqui?
Preciso passar um pano no quarto.
Notebook está pelando.
Vou comecar a suar daqui a pouco.
Achei meus fones.
Adoro esses fones.
Sao aqueles com borrachinha confortável, que você enfia
E parece que os fones se encaixam perfeitamente
Vinicius falando no telefone
Um pernilongo no meu ouvido
Zumbindo
Uma mae gritando com um filho
Chorando?
Parece uma besta grasnando
Um cachorro latindo
Sério, os grunhidos do bebe são bizarros
Crianças e suas vozes agudas
Eu precisava botar alguma música
Posso ouvir radiohead
E abrir várias abas
Ai ai
Tá
Vou fazer o trabalho
Vou fechar minhas sete abas
Já até exclui emails do email
OK
ESTOU INDO
É
Fui a aula
Tinha que desenhar
Desenhei
Trabalho de história de arte
Mas antes vamos ao banco
Achei colegas
Vamos conversar
Preciso fazer o trabalho de história da arte
Fui ao banco
Peguei dinheiro
É, papelaria fechada
Vamos nas papelarias do centro de tecnologia
Você sabe que não vai encontrar o papel
Vou pra papelaria 1
``Vai pra papelaria 2``
Vou pra papelaria 3 também
E 4 depois
Vou para o centro acadêmico da química
Falo com o pessoal
Procrastino o trabalho de geometria descritiva
Converso, desenho
Vejo o livro
Preciso fazer
O trabalho
De história da arte
Vou jantar
Volto do jantar
Vem uma garota nova pra república
Preciso arrumar as coisas
tirar minhas roupas de lá
Tirei minhas roupas de lá
Preciso varrer a casa
Ai, torci o tornozelo ante ontem
Preciso fazer o trabalho de história da arte
Falei com o pessoal no facebook
Meu primo, meu amigo
Postei postagem sobre aborto
Debati sobre aborto e religiao
Vi sobre sociologia do futebol
Porque
Não gosto de futebol
Percebi que sou ruim no senso de coletivo
Preciso fazer o trabalho de história da arte
Fui ao mercado
Não tem yakult
Nem chamito
Nem sei se escreve assim
O queijo tá caro
Compro mate, um desodorante ruim que tá vazando
E um brownie
Preciso comer menos brownies
Menos doces
Volto pra casa
Tá calor
Sento na cama
Debato mais sobre religiao e aborto
Falo mais com primo
Falo com colegas sobre o trabalho de história da arte
Antecipo meu tédio fazendo as paradinhas
``ah, vamos lá, mariana, não é tao ruim assim``
Tenho vontade de jogar.
Tenho vontade de ver série.
Tenho vontade de ficar rolando a página do facebook para sempre até o mundo explodir
Tenho vontade de desenhar algo que nao seja do trabalho de história da arte
Chega
Vou lá fazer essa droga
Assim que eu tirar essa blusa
Trocar por um top
Tá quente
Ok
Bem melhor
E ficar confortável
E tirar meu estojo e minha mochila do chao
Ontem eu fiz um desenho conjunto
Com pablo pinar
Grande paisagista <3
Queria
Aff
Não estou com sede, é psicológico
Tem umas formigas na comoda
Por que será que elas estao aqui?
Preciso passar um pano no quarto.
Notebook está pelando.
Vou comecar a suar daqui a pouco.
Achei meus fones.
Adoro esses fones.
Sao aqueles com borrachinha confortável, que você enfia
E parece que os fones se encaixam perfeitamente
Vinicius falando no telefone
Um pernilongo no meu ouvido
Zumbindo
Uma mae gritando com um filho
Chorando?
Parece uma besta grasnando
Um cachorro latindo
Sério, os grunhidos do bebe são bizarros
Crianças e suas vozes agudas
Eu precisava botar alguma música
Posso ouvir radiohead
E abrir várias abas
Ai ai
Tá
Vou fazer o trabalho
Vou fechar minhas sete abas
Já até exclui emails do email
OK
ESTOU INDO
É
Sociologia
Sobre o futebol e a copa e essas coisas que dizem ser emocionantes
`` a religião é menos importante como um conjunto específico de crenças e divindades do que como uma oportunidade para a reafirmação pública da comunidade (futebol )... Apesar da ausência de vínculos sangüíneos, os homens da tribo sentem
que estão relacionados entre si porque partilham um totem. O culto a uma equipe esportiva, como o culto a um animal, faz com que todos os participantes se tornem altamente conscientes de pertencerem a um coletivo. Ao aceitarem que uma equipe em particular os representem
simbolicamente, as pessoas desfrutam um parentesco ritual, baseado neste vínculo comum". Émile Durkheim.
Conclusão: Tenho falhas em pertencimentos a tribos/ buracos sociais(?) e ausência em essência, falta de senso de comunidade.
quarta-feira, 20 de junho de 2018
Personagem
É
então me conheces
me viu cinco vezes
A primeira, estava estasiada
A segunda, admirada
A terceira, acostumada
A quarta, empoderada
A quinta, desestruturada
Fez disso um padrao
Mas te digo
Das cinco vezes que te vi
Da primeira, estava admirado
Da segunda, desapontado
Da terceira, amoroso
Da quarta, aliviado
E da quinta, inquieto
Se te incomoda eu te ver assim
Mostre-me que é diferente
Ah é, você não liga
Se esforçar é difícil e não vale a pena
Eu digo que gosto de você e parece que é só pelas joias
Pela tua altura, pelo teu cabelo, pelos teus olhos?
Por favor
Eu gosto de você
Independentemente do personagem que criei
Gostaria de desconstruí-lo
Mas ás vezes, parece que somos opostos
Você me ajuda a virar teu extremo
E, parabéns a nós
Duas pessoas mascaradas
Tento me mostrar, tento ser real
E você me evita
Já está na hora
Estamos ambos saturados, não?
Falar contigo é tacar agulhas um no outro
Tenha teu tempo, eu terei o meu
Viaje por águas não exploradas
Ou apenas fique aí
E sei que se um dia sair
Se mudar
Pode não me avisar
Para eu não ter mais
Onde procurar
``Deixe ir``, você me disse.
Estou deixando.
Estou desistindo.
Era isso que você queria?
então me conheces
me viu cinco vezes
A primeira, estava estasiada
A segunda, admirada
A terceira, acostumada
A quarta, empoderada
A quinta, desestruturada
Fez disso um padrao
Mas te digo
Das cinco vezes que te vi
Da primeira, estava admirado
Da segunda, desapontado
Da terceira, amoroso
Da quarta, aliviado
E da quinta, inquieto
Se te incomoda eu te ver assim
Mostre-me que é diferente
Ah é, você não liga
Se esforçar é difícil e não vale a pena
Eu digo que gosto de você e parece que é só pelas joias
Pela tua altura, pelo teu cabelo, pelos teus olhos?
Por favor
Eu gosto de você
Independentemente do personagem que criei
Gostaria de desconstruí-lo
Mas ás vezes, parece que somos opostos
Você me ajuda a virar teu extremo
E, parabéns a nós
Duas pessoas mascaradas
Tento me mostrar, tento ser real
E você me evita
Já está na hora
Estamos ambos saturados, não?
Falar contigo é tacar agulhas um no outro
Tenha teu tempo, eu terei o meu
Viaje por águas não exploradas
Ou apenas fique aí
E sei que se um dia sair
Se mudar
Pode não me avisar
Para eu não ter mais
Onde procurar
``Deixe ir``, você me disse.
Estou deixando.
Estou desistindo.
Era isso que você queria?
domingo, 17 de junho de 2018
Poema de 10 reais
ESSE POEMA É DE UM LIVRO
e eu fiz só para vender mesmo
Viva o capitalismo
e eu fiz só para vender mesmo
Viva o capitalismo
Em plácidos braços
achei abrigo
Sincero sentimento
partilhei contigo
Enquanto em
corpo e alma me despia
Tua boca dizia,
teu semblante desmentia
Sobre romântica
história
Fiz fábula,
e nela embarcava
Pela minha
pele, arrepio
Teu rosto tornou-se
sombrio
Procurava vã
glória
Me preencher
de teu vazio
Tudo que me
oferecia
Era duro
objeto e obsessão
Sobre desconfiado e embriagado olhar
Pôs fim a
teu falso reinado
Capturado
pela mais vil chaga
Corpo
corroído e desmanchado
Febril,
contorcendo-se ao gritar
Pelo teu abandono
hei de lamentar
Tua alma
paga
Por
solitária aqui me deixar
Entre demônios
incandescentes
Dívidas, inconsistências
Obrigada,
cuspo entredentes
Uma vida, uma
eternidade
De aparências
quinta-feira, 14 de junho de 2018
Barata
Vi uma barata na cozinha
Ela estava lá, exposta
De costas para o mundo
E de cara na bancada
Eu olhei para ela
E disse
-O que pensa que está fazendo aqui?
E ela respondeu:
-Eu moro aqui.
E eu disse:
-Você é uma invasora!
Ela:
-Se você tentar me tirar daqui, vou voar na sua cara, você vai ficar com medo, porque eu sou feia, horrenda, pavorosa.
Eu retruquei:
-Eu posso pedir ao Vinicius para te matar.
E ela replicou:
-Você não vai interromper o exímio estudo do aluno de medicina da empresa medicina só para matar um ser tao insignificante quanto eu. Isso é uma afirmação, eu venci.
E eu, com raiva, tentei dar minha cartada final:
-Eu posso te matar!
Ela, sem pestanejar, indagou:
-Você tem coragem? Tem o espírito de caçadora impiedosa e selvagem, que persegue e abate a presa, simplesmente por puro prazer, simplesmente por invadir teu território? Você tem o sangue nos olhos, ao acabar com uma vida, em meio a chineladas, dilacerando meu corpo e me deixando estatelada com todos meus fluidos e órgãos boiando pelos azulejos?
Eu olhei para ela
Ela olhou para mim
Apaguei a luz e fui embora
Ela estava lá, exposta
De costas para o mundo
E de cara na bancada
Eu olhei para ela
E disse
-O que pensa que está fazendo aqui?
E ela respondeu:
-Eu moro aqui.
E eu disse:
-Você é uma invasora!
Ela:
-Se você tentar me tirar daqui, vou voar na sua cara, você vai ficar com medo, porque eu sou feia, horrenda, pavorosa.
Eu retruquei:
-Eu posso pedir ao Vinicius para te matar.
E ela replicou:
-Você não vai interromper o exímio estudo do aluno de medicina da empresa medicina só para matar um ser tao insignificante quanto eu. Isso é uma afirmação, eu venci.
E eu, com raiva, tentei dar minha cartada final:
-Eu posso te matar!
Ela, sem pestanejar, indagou:
-Você tem coragem? Tem o espírito de caçadora impiedosa e selvagem, que persegue e abate a presa, simplesmente por puro prazer, simplesmente por invadir teu território? Você tem o sangue nos olhos, ao acabar com uma vida, em meio a chineladas, dilacerando meu corpo e me deixando estatelada com todos meus fluidos e órgãos boiando pelos azulejos?
Eu olhei para ela
Ela olhou para mim
Apaguei a luz e fui embora
domingo, 10 de junho de 2018
Milkshake de Oreo
Virei um milkshake de Oreo
Espessa
Grossa, mas gostosa
Gostosa ou gordurosa?
Um mar de leite e de fluidos
E minha fala fluida
Mas demais '
Açúcar e gordura
E biscoitinhos quebrados
Sempre tenho algo a te oferecer
Estimulo suas papilas gustativas
A ponto de você não sentir gosto de mais nada
Te abafo e te mato com tanto doce
Eu era normal antes
Meteram açúcar e me trataram como sobremesa
Estou aqui, estirada
Vai querer mesmo me experimentar?
Eu não sou servida numa bandeja
Uma porção pequena só para degustar
É uma avalanche de sorvete misturado
Só vou caber eu no teu estomago
Mas é muita coisa, caloria demais
Grande demais
1,77 de milkshake
Em um dia de calor, acha que vou te aliviar
Acabo te deixando com mais calor
A ponto de se cansar e suar e não querer mais
Tarde de mais
Já estou lá
Melosa
Me deixa em cima da mesa que daqui a pouco surgem as formigas
Me suga pelo canudo, mas eu venho com tudo
Mais rápido que você pensa
Uma vez só enjoa
E te lembra porque você não toma todo dia
Uma tentação
Que te faz pensar
Ou te enojar
Te dá um calafrio
E uma amargura na língua depois
E você pensa
Vou ficar mais seis meses sem tomar essa merda
Por isso
Vou deixar de ser Milkshake
E voltar a ser suco de laranja
Espessa
Grossa, mas gostosa
Gostosa ou gordurosa?
Um mar de leite e de fluidos
E minha fala fluida
Mas demais '
Açúcar e gordura
E biscoitinhos quebrados
Sempre tenho algo a te oferecer
Estimulo suas papilas gustativas
A ponto de você não sentir gosto de mais nada
Te abafo e te mato com tanto doce
Eu era normal antes
Meteram açúcar e me trataram como sobremesa
Estou aqui, estirada
Vai querer mesmo me experimentar?
Eu não sou servida numa bandeja
Uma porção pequena só para degustar
É uma avalanche de sorvete misturado
Só vou caber eu no teu estomago
Mas é muita coisa, caloria demais
Grande demais
1,77 de milkshake
Em um dia de calor, acha que vou te aliviar
Acabo te deixando com mais calor
A ponto de se cansar e suar e não querer mais
Tarde de mais
Já estou lá
Melosa
Me deixa em cima da mesa que daqui a pouco surgem as formigas
Me suga pelo canudo, mas eu venho com tudo
Mais rápido que você pensa
Uma vez só enjoa
E te lembra porque você não toma todo dia
Uma tentação
Que te faz pensar
Ou te enojar
Te dá um calafrio
E uma amargura na língua depois
E você pensa
Vou ficar mais seis meses sem tomar essa merda
Por isso
Vou deixar de ser Milkshake
E voltar a ser suco de laranja
quinta-feira, 7 de junho de 2018
Nervo
Nervo
Osso
Músculo
gordura
E tudo que me comporta
Vida
Mas cansaço
energia
Descaso
Escasso
Tremor
E mais umas coisas
Olhos marrons
Cabelos marrons
Pele branca meio manchada
Unhas ferradas
Tentei absorver
Virei esponja
Virei espelho
Virei ar
E agora estou virando
Me
revirando
olhos
Me revirando
Na cama
Sem dormir
Nem sonhar
Nem sentir
Flutuar
No mais escuro
Nada
Falando sem dizer
Escovando cabelos
Os quais preciso cortar
E unhas
preciso cortar
e doces
preciso cortar
e pulsos
deixar eles lá
Drama é bom
Bom bem longe
Chega de vida de cinema
Quero realidade
E aprender
a lidar com pessoas
Osso
Músculo
gordura
E tudo que me comporta
Vida
Mas cansaço
energia
Descaso
Escasso
Tremor
E mais umas coisas
Olhos marrons
Cabelos marrons
Pele branca meio manchada
Unhas ferradas
Tentei absorver
Virei esponja
Virei espelho
Virei ar
E agora estou virando
Me
revirando
olhos
Me revirando
Na cama
Sem dormir
Nem sonhar
Nem sentir
Flutuar
No mais escuro
Nada
Falando sem dizer
Escovando cabelos
Os quais preciso cortar
E unhas
preciso cortar
e doces
preciso cortar
e pulsos
deixar eles lá
Drama é bom
Bom bem longe
Chega de vida de cinema
Quero realidade
E aprender
a lidar com pessoas
sexta-feira, 1 de junho de 2018
REM 1
Antes que eu cuspa todas as vísceras
E postergue o gosto desse veneno
Quanto menos enceno
Mais condeno
O torturar das formas
E os quadrados mal-formados
Os silêncios reprimidos
Os olhares não dados
os caminhos tomados
Os escuros protuberantes
E os desgastantes claros
Pelo verso vértebra cor
Veria peito, sangue
Vejo cinzas, poeira
Desce tua insuficiente ladeira
Para que trepa as árvores
Quer apenas a madeira
Para o bem dos teus bens
Dorme, acorda, inquietante
Tremor
Lhe sacode os pés, perturba a casca
Asco
De enfiar até a cabeça
Grande, demais
Enche, transborda, inunda
Vai? eu vou
E a minha
Afunda
Tamanha escuridão
Me enfio nessa caverna
A culpa minha
Não trouxe lanterna
E postergue o gosto desse veneno
Quanto menos enceno
Mais condeno
O torturar das formas
E os quadrados mal-formados
Os silêncios reprimidos
Os olhares não dados
os caminhos tomados
Os escuros protuberantes
E os desgastantes claros
Pelo verso vértebra cor
Veria peito, sangue
Vejo cinzas, poeira
Desce tua insuficiente ladeira
Para que trepa as árvores
Quer apenas a madeira
Para o bem dos teus bens
Dorme, acorda, inquietante
Tremor
Lhe sacode os pés, perturba a casca
Asco
De enfiar até a cabeça
Grande, demais
Enche, transborda, inunda
Vai? eu vou
E a minha
Afunda
Tamanha escuridão
Me enfio nessa caverna
A culpa minha
Não trouxe lanterna
Assinar:
Postagens (Atom)