domingo, 25 de setembro de 2016

Texto bonitinho sobre domingo e nada

Para ler ouvindo : https://www.youtube.com/watch?v=S0dMckKeitY
Quando acabar : https://www.youtube.com/watch?v=G6lWxSQ71cw
Domingo, vinte e cinco de setembro de 2016.
Estou na minha cama, com meu cobertor, feliz.
Depois de uma semana cheia de atritos e coisas estranhas, estou leve. E pesada ao mesmo tempo. pois comi muito. Comida realmente faz você se sentir feliz.
Você está se sentindo um lixo, e então vem sua avó e te dá um pote com mousse de manga. Não tem como, pelo menos, não esboçar um sorriso.
A chuva lá fora está tao reconfortante.
Chuva deveria ser mais constante no Rio de Janeiro.
Só tenho vontade de guardar esse momento em um pote e poder recorrer a ele o tempo todo.
Com mil preocupações, vestibular e tudo mais, eu estou de boas, escrevendo, chuva caindo, persianas fechadas para não entrar luz. Mesmo com o caos lá fora, estou protegida na minha toca, na quietude das paredes salmão-claro, do armário e estante brancos. Me espreguiço, enfio os pés debaixo da coberta, já quente devido ao calor armazenado de minutos atrás.
Nunca percebi o quanto minha cama era confortável, meu travesseiro que afunda sob minha cabeça.
Tem roupas jogadas no chão, resquícios da noite passada. Não, não houve nada, eu cheguei cansada de uma festa e as taquei lá. desabei na cama e nem tirei a maquiagem. Acordei parecendo o curinga.
Estou com o ventilador ligado, para deixar mais frio meu quarto. Frio aquece os corações solitários. Não estou com vontade de ir para lugar nenhum, afinal é domingo.
Não é domingo a noite, é domingo depois do almoço. Domingo á noite é chato pois sabemos que em poucas horas será segunda, a luz já é artificial, sua família está se pondo para dormir, e você vai fazer os trabalhos atrasados, de última hora, você é irreparável. Sinto como se essa fosse a calmaria que precede a tormenta, o maremoto. Como já estamos acostumados, vamos deixar a corrente nos levar. Mas domingo á tarde é bom, tempo de descansar para uma semana cansativa. Malditas propagandas do youtube matando minha vibe. Ouvindo vários acústicos aqui. Queria saber tocar violão. Poderia desenhar agora, mas estou feliz teclando. Grande texto.
Desfrutar dos resquícios de luz natural do domingo depois do almoço não tem preço.
Ontem um indivíduo leu meu último texto e disse que passou um sentimento, que ele conseguiu captar a emoção contida naquilo, e eu não consegui perceber do que se tratava, mas espero que esse passe o mesmo efeito. Calmaria, tranquilidade, paz. E olha que eu sou uma pessoa que adora metal, coisas pesadas. Mas não agora. Pegue um livro, divirta-se com coisas pequenas, veja série no Netflix, divirta-se com você mesmo, faz bem, de verdade. Esse é o meu recado de domingo depois do almoço, muita reflexão e aventuras não tao altas assim.
E pela primeira vez em muito tempo, domingo eu não quero ver o domingo acabar..

sábado, 24 de setembro de 2016

Registro Madrugada na rua


-Mãe, por que você está andando toda torta?
-Porque eu estou bêbada. Disse minha mãe, ao andar apoiada em mim, com saltos cheios d’água , de tanto dançar na chuva. Já estava cansada de apoia-la.
Duas e meia da manha de uma madrugada fria e úmida.
Chegamos a uma esquina e ela disse que iria pegar um uber. Colocava o endereço, mas o endereço nunca ficava correto, ela se estressou e começou a bater forte na tela com os dedos, de maneira bem racional. E nada. Até que ela disse que o carro pararia do lado oposto da rua. Ela atravessou a rua, e eu fiquei literalmente esperando o nada, parada na esquina, com frio e de saco cheio dos saltos.
Eu não preciso de saltos, já tenho quase 1,80 de altura, mas minha mãe insiste que minhas botas não estão aptas para eventos chiques.
Já estava começando a cansar, quando passa um carro preto aparentemente caro, janela abaixada, e um cara (não consigo enxergar direito sem lentes nem óculos) aparentemente velho chega perto de mim, desacelerando, e fala algo que eu entendi como :
-Quer carona?
Eu fiz que não com a cabeça, mas o cara não desistiu, ele me passou um pouquinho, e ficou olhando para trás, na minha direção. Ele perguntou algo mas não escutei. Depois de uns momentos, desistiu e acelerou.
Minha mãe atravessa a rua logo depois, com um aspecto raivoso e pouco se lixando se tem carros passando ou não.
-DEU DENIED, RECUSARAM MEU CARTÃO, MAS EU ACABEI DE PAGAR A *PORCARIA* DA CONTA, PORCARIA! (Ela é meio contra palavrão, mas xinga em inglês e em sérvio, vai saber). E ela continuou agredindo a tela.
Ela me manda ir a pé, arrependida, triste. Eu penso: Oh boy. Queria ir para casa de uber, mas fazer o que.
E lá fui eu, minha mão esquerda estourada por uma disputa no bar ontem, pés doloridos, mente cansada, maquiagem começando a sair. Nos primeiros metros, outro carro preto, mas este com um motorista mais novo, está andando devagar e para.
-Pra onde você está indo, tao triste?
Não sabia que minha cara de paisagem me faz parecer triste.
-Para casa- disse, continuando a andar. –Não estou triste, não.
-Tá tranquilo?
-Tá favorável, respondi.
-Você é muito bonita, sabia?
-Obrigada, muito gentil. Disse eu, sorrindo. Precisava de uma aumentada no ego mesmo.
Ele murmurou alguma coisa a mais e eu não consegui ouvir.
-Boa noite! Fiz o sinal de saudação de dois dedos na lateral da testa, e fui embora.
Continuando o percurso, me deparei com quatro bêbados, duas mulheres e dois homens, quase que fechando a rua, andando em direção oposta a minha.
Eu acho que eles se direcionaram a mim me chamando de algo como Mortiça.
Pudera, estou toda de preto, alta, cabelo liso, pele muito branca.
Passei por eles, por dois amigos silenciosos, por um bêbado de blusa branca capengando pela rua, e estava pensando em escrever esta pequena crônica quando ouvi um vibrante FIU-FIU do outro lado da rua. Nesse momento eu me desliguei completamente do que estava pensando, desnorteada. Acho que estavam me confundindo com uma prostituta, não é possível.
E então comecei a pensar em coisas legais, como essa música em inglês:
Deixe tudo queimar
Eu queimarei primeiro
É o que eu mereço
Deus, eu menti
Estarei eu preso em seus olhos?
E no meio do meu momento de reflexão meio depressiva escuto outro fiu-fiu estridente, aposto que foi do caminhão que estava passando.
E nisso comecei a refletir – Enquanto eu penso sobre morte e queimar pessoas e sufocar sentimentos, os outros estão me vendo como uma prostituta eslava, desolada pelas ruas de Copacabana, com sentimentos fracos e inúteis, só mais um pedaço de carne podre para os urubus.
Atravessei a rua de volta, passei em frente a minha instituição de ensino e vi duas meninas, uma parece que me reconheceu rapidamente, ficamos nos encarando enquanto eu passava. Passei também pela reunião dos 1) Alcoólatras anônimos 2) Narcóticos anônimos, ou algo do gênero. Seus integrantes estavam no meio da rua, socializando. Dois deles me encararam por um bom tempo, mas só segui em frente, pés e mão doendo.
Vi o bêbado que tinha visto mais cedo, logo atrás de mim. Cogitei a ideia de ele estar me seguindo, mas eu entrei rápido no prédio e deu tudo certo.
Não tenho lição de moral, mas estou com sono, então vai essa: Não aceite tudo, mesmo se for de graça. E não estoure sua mão por orgulho. Vai doer no dia seguinte. E no outro. 

domingo, 18 de setembro de 2016

Dominó

Dois e quatro. Quatro e seis. Seis e um. E assim ia. Minhas tardes, depois da escola, fins de semanas desocupados. Eu jogando com meu pai. Tinha sete anos apenas, todo um mundo a ser explorado ainda. O jogo era tao simples, só colocar as pecinhas uma atrás da outra, comprar, ficar com uma quantidade enorme. Várias reviravoltas. Eu realmente me divertia á vera. E meu pai se sentia presente, um pai incrível gastando algumas horas de seu dia para brincar com a filha. Nós sentávamos de pernas cruzadas, no chão mesmo, e era legal. Eu chegava e pedia a ele para jogarmos dominó. Sempre fui muito competitiva, vibrava quando ganhava e clamava por vingança quando perdia.
 Até que um dia eu cansei. Da mesma brincadeira, dos mesmos hábitos. Perguntava a meu pai se havia algo para fazer, ele me olhava com olhos desolados e sugeria que jogássemos dominó ou que eu desenhasse. Eu não queria, eu queria fliperamas ou comprar algum brinquedo novo, eu cansei das coisas usuais e simples. E ele me chamava para jogar. Eu estava no meu quarto imersa na solidão, fazendo alguma coisa irrelevante, ele batia a porta para me perguntar se eu queria jogar, e eu respondia: -Não, é chato! E aos poucos, ele foi parando de me chamar. Nunca mais me chamou, nunca mais jogamos.
O jogo de dominó? Não deixei minha mãe jogar fora. Ela faz questão de jogar tudo que não uso mais fora: Brinquedos, roupas, tudo. Está aqui do meu lado. Fiz questão de pega-lo do armário, todo empoeirado. As letras coloridas. Abri a caixinha, de madeira e um lado meio lascado, e vi as pecinhas, cada uma única, sem nenhuma faltando. Meus olhos ficaram marejados, olhando para o estado de abandono do jogo, me fez mal, queria que alguém se divertisse com isso ainda. Não escorreram lágrimas, estas já secaram há muito.
Não falo mais com meu pai como eu falava. Com o tempo, eu cresci, comecei a pensar mais sobre a expressão dos pensamentos políticos e sociais dele, e cada vez mais percebi que discordava com tudo aquilo. Ia para restaurantes com ele, cada um imerso em seu próprio celular, conversando com pessoas mais aprazíveis.

E é isso, as últimas palavras que troquei com meu pai hoje foram: - MEXI NA INTERNET SIM, FECHA A PORTA. E é isso, não falo quase nada com ele, não jogamos mais dominó. Saudades de quando as coisas eram mais simples e eu não o julgava pelos seus posicionamentos ou pelo fato de que ele está desempregado desde que me entendo por gente. Ele era somente meu pai e eu sua filha, e a gente conseguia se divertir.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

DESCULPE O TRANSTORNO, PRECISO FALAR DO TETI

Conheci-o na escola. Essa frase pode parecer romântica se você imaginar alguém sentado, mexendo nos cabelos, olhando ansioso para o relógio e lhe encarando sorrateiramente. Mas a escola em questão era um primário onde apenas desenhávamos e escutávamos histórias da Joelma. E chorávamos. Muito. Eu não tinha irmãos. Ele estava lá. Na escola, quatro anos. Nunca vou esquecer a história que ouvimos juntos,o cocô que cantava BOI TIM BOI TIM BORETTA TETTA .
Quando os meninos iam brigar, ele se retirava. Quando ia desenhar, eu me aproximava. Nas brincadeiras, nunca se pronunciava muito. Os olhos, sempre imensos e pretos, me adotaram e foi amizade a primeira vista. Só para mim, acho. E para a giovanna, o diogo e tal mas isso não importa.
Passamos algumas tardes falando ao telefone ao som da minha avó reclamando que eu falava muito ao telefone. Ele tinha fio, aí eu ficava plantada conversando a tarde toda. Fomos do MSN para o Orkut, do Orkut para o Facebook.
Comecamos a nos falar mais quando eu tinha dez e ele onze, mas parecia que a vida começava ali. Não vimos nenhuma série, não gostávamos disso. Não fizemos receitas, mas ele fez e eu provei algumas e adorei. Não queimamos nada, ele é muito bom na cozinha e talvez faca gastronomia. Trocamos adesivos pensando sempre no ressentimento e na tristeza de perder um adesivo. Planejávamos escrever livros juntos, vários planos. Fizemos uma dúzia de amigos novos, hoje em dia não falo com quase nenhum, mas deixa quieto. Viajamos até MG tirando muitas fotos. Das dez músicas que menos gosto, três ele curte, com certeza, aquelas músicas hipsters e sem graça que ele adora. As outras sete são metais pesadíssimos que ele não suporta.  Aprendi o quanto uma pessoa pode ser dedicada e empenhada em fazer tudo certo, em quanto eu sempre seria a segunda, em quanto duas pessoas podem se dar bem.
Um dia, ele foi embora. E não foi fácil. Tentou me convencer a ir junto. Choramos em Marley e Eu. ( Eu acho que ele chorou também). Mais que no começo de ``Up``. Até hoje, não há lugar dentro de minha escola que eu não diga: Cadê ele? Parece que, para sempre, ele vai fazer falta. Se ao menos a gente ainda se visse, eu penso. Mas ele não está mais comigo.
Essa semana, pela primeira vez, vi o projeto de fazer uns instagrans idiotas que fizemos juntos- Não por acaso umas paradas bem doidas e aleatórias. Achei que fosse sentir falta de tudo de novo. E o que me deu felicidade muito profunda de ter vivido altas aventuras com alguém tão especial. E de ter essa amizade documentada em fotos, vídeos, textos, conversas. Não falta nada.


terça-feira, 6 de setembro de 2016

Minhas músicas favoritas de 2016 na ordem

A maioria das músicas são em inglês, mas algumas são em português 

Eu percebi que não sei viver sem ter você. Mas você me machucou tanto, fiquei tao frágil quanto uma mosca na parede. Eu sempre te amei, mas aquele um porcento sabia que você era problema. Cheguei a ficar quase louca, matei meu peixe dourado e o enterrei em um cemitério de bichinhos. Mas então alguém me falou para arrancar essa mágoa do meu peito. Achava que tinha me perdido na vida, mas não, estava em casa, vagando desiludida na minha própria mente. Tive que aprender a arte de quebrar, de romper com sentimentos já não mais necessários. Escrevi uma carta para você, dizendo: ``Volte para mim, você me faz tão bem``. Não enviei. Fiquei triste, queria dormir, mas não consegui. Fui ler meu livro de contos, meu favorito por último: A nova roupa do imperador. Não adianta, não consigo me divertir, me sinto incompleta. Respire, apenas respire, já dizia minha psicóloga. Terei de me virar sozinha, por minha conta a partir de agora. A fantasia de uma vida perfeita passa longe de meus planos concretos, sei que pode ser difícil de engolir esse destino difícil, mas coisas piores já passaram pela minha garganta. Só queria poder ver meu peixinho de novo, estou arrependida, há essa hora ele deve estar perto do paraíso... E minha vida desmorona, perde todo o sentido, sem você, sem meu peixe. Mesmo eu estando com amigos, com família, só penso no lar, em como éramos lindos juntos. Apesar das brigas, quando eu gritava para você: ``-DEIXA EU FALAR!!`` E nenhum falava apenas gritos e insultos. Tentei me converter para a sua religião, não deu certo. Quando me pediram para encarar a profundidade nos olhos de satan, foi demais. Tive que te deixar sozinho com sua seita, e você foi embarcando para a depressão. E quando você tentou se matar, com uma bala no cérebro? E eu cheguei, aflita, e você gritou para mim, com lágrimas nos olhos: -Faça isso parar! Contemple minha dor, querida audiência de uma pessoa só, esse é meu último recurso! Acabe com essa dor! Atire em mim, pois não consigo fazê-lo sozinho!
Eu respondi : -Pare com isso. Não mude minha vida para sempre. Eu te amo. Vamos beber até perdermos o controle de nossos corpos e estarmos deitados no chão, rindo.
Você me disse que tinha parado de beber, que fazia mal para a alma, e Belzebu reprovava. Eu te disse, porém que deveria fazer bem, pois bom é quando faz mal. E que iríamos morrer cedo, enterrados com nossos problemas psicológicos. Você me respondeu que não dava para fazer isso mais, para ficar conciliando esse amor e esse ódio entre a gente, mas eu gostava tanto... Nossa relação explosiva me deixava viva. Agora, nessa guerra de tronos, não há vencedor, apenas dois feridos, psicológica e mentalmente. Sem você, eu não consigo ficar mais nessa casa. Preciso ir para outro lugar, em que não tenha nossas lembranças. Tentamos uma relação mais fria, nos relacionando como máquinas. Eu só queria ser livre dessa lástima, dessa melancolia, dessa tristeza eterna. Não tenho ideia de onde você está, mas eu estou em casa, fungando, perdendo meus amigos, minha família, perdendo minha religião. O sol não parece mais límpido, mas sim um sol-buraco-negro, que suga todas as minhas energias e virtudes. E nesse meio desesperador, desce um anjo sangrento para me confortar, sendo que ele veio me avisar da morte de um solteiro. Esse meu anjo me faz perder a gravidade, me faz viajar. Não posso me esquecer de meu amado, cujo fim acabo de descobrir. O solteiro era você. Meu anjo me leva para uma cidade fantasma, e lá vejo sua tumba. Porra, Anjo. Estou de luto. Além de meu amor passado, vejo também, sepultados, prisioneiros de guerra, membros de casais que nunca irão se unir novamente, entre outros. Vendo todo esse cenário, me dá vontade de morrer. Não era para ser, meu amor. Nunca vou me esquecer da luz em seus olhos ao me ver, me beijar. Agora são só memórias de um coração quebrado. Parece que tudo isso aconteceu há um milênio, não me lembro mais do seu cheiro, todos os resquícios apagados. Não sei quem te matou, onde estariam os suspeitos mais comuns de tal crime? Nós somos lindos juntos... Ops, nós éramos. Efeitos da medicação que estou tomando para te superar. Acho que esse anjo era imaginário. Imagino-me daqui a cinco anos, chegando e abalando em uma boate. Será que terei transpassado nossa história? Afinal, não sou uma morta-viva, para perder todos meus sentimentos e necessidades. Me escute agora, que hei de cantar o hino dos solitários... Nunca mais vamos voltar a decair, a ir para baixo. Vamos respeitar o som do silencio e suportar que aquele a quem amamos foi varrido por um tornado de discórdia e afogado na água barrenta de lodo e vísceras que é a crueldade da vida. É isso.
Comprei um porquinho da índia, ele se chama Trapt. Estou com depressão. Muito triste muito mal. Estou sentada na minha sala, com uma garrafa e uma arma, uma em cada mão. Tentei ver um filme chamado O corvo e a Borboleta, mas não consigo, estou triste demais para ver qualquer coisa, muito para baixo. Eu não quero morrer. Mas quero que a dor morra. A grande divisão ocorre quando você entende que não precisa do corpo físico para viver. Estou olhando para o buraco do meu .45 e aqui escrevo a última mensagem:
A gente ainda vai se encontrar.