Grasno
só me
rasga
com suas garras
me afaga
o couro cabeludo
me inundo
minha existência
a seu dispor
me transborda
em transe, torpor
o desejo como suor
que escorre ensopa a cama toda
que nademos em nossos fluidos
perdi minha língua na sua boca
e ela ainda está lá, se contorcendo,
em essência.
te trago mesmo não te levando
lhe mordo em superfície derme
sorvo cheiro de sua quente carne
para depois se eu tardar a lembrar
de cheiro de vida, êxtase, vontade
aterradora de viver, um fogo verde brota em nossos peitos e incendeia esse lugar
eu grito é angústia é orgasmo
pego carona na sua respiração
me inspiro e sob essa chamuscada pele
expiro, que pessoa é esta, os olho reviro
mas enquanto você não vem boto esse fogo em um potinho e falo
sua tonta.
TRABAIA MISERAVI, QUE TESÃO NÃO PAGA CONTA
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