sábado, 24 de fevereiro de 2024

KKKKKKKK um diálogo aleatório de uma reunião de minha família rascunho respostado

rose você a outra, quem é
do fernando, tá la na corda ce ja foi la ver
a pessoa
que outra pessoa
tem eu a mariana o thomas aqui
quem é que vai sair comigo pra caminhar?
ah wagner voce tava tao legal
ele saia com voce agora vai ser ela
voce vai ter que carregar ele nas costas
ele pega um taxi preciso levar
eram quatro quatro mãe
quatro mãe
a principal
você, e a outra
o negócio tá ficando ruim
acontece
ele ta tão feliz
que agora tá degringolando
só tinha dois aqui
é a mesma que veio em fevereiro
a outra achei que estava falando da mariana
não
a mariana nem sabia que ce vinha
não, não é normal
fazer o que
você tem que.. ler
você não lê
pior que eu esqueci o nome da outra
espero que seja o meu, pai
da rose
ler é fundamental
concordo

infinitos infinitivos

 eu poderia escrever

o quanto me faz delirar

o quanto amo ouvir gemer

peço para não parar

poderia continuar

mas a alma deste corpo a deixar,

penso, meus dedos vão sumir

em vez disso, meu bem

te quiero, vou dormir

 Somente ódio 

Am 

Por qué haces esto

No pueder oír

En una altura normal

Estoy murriendo

En la manana 

Tortura

Como aturar

Quiero Destruyir

Tu tele

Quiero limpiar 

tu mente

Bruido me pone insana

Quiero esta tele silenciar

ÓDIOOOOOO

SOMENTE ODIO

NO QUIERO MÁS ESCUCHAR

ÓDIO

SOMENTE ÓDIO

de mi no vas olvidar

porque voy a contestar

todo este bruido

muerraaaaaaaaa 

muerrraaaaaaaa ahoraaaaaaaaa


domingo, 18 de fevereiro de 2024

quedate conmigo

 me coma viva

e me sinta revirando 

pelas suas entranhas 

não tenho sede

não tenho fome

só quero suprir essa pulsão 

me chocar iceberg com seu corpo navio

somos corpos mas também mar

diluídos em saliva, envelopados

pelo sal

essa necessidade de inebriar

você, anestésico

conforme degusto seiva veneno

voluntariamente paralisar

caímos exaustos de guerra

a chama inquieta não cessa

não some ânsia

mas tira trégua

até tua boca oásis uma légua

o oasis em que a água vulcânica

atiça cada nervo sob derme 

a morfina que preciso para ficar

de barriga pra cima olhando pro ar 

 penso que joia

no meio das pedra, que achado

quedate bien

te quiero siempre 

te querré

mismo si no más, 

quedate conmigo 

vamos a mirar

una pelicula

vamos a jugar música

quiero ser tu amiga

quiero besar-te

siempre

te querré

mismo si no más

o cuando no más

aún te querré

e como querré

Grasno

Grasno

 só me 

rasga

com suas garras

me afaga 

o couro cabeludo

me inundo

minha existência

a seu dispor

me transborda

em transe, torpor

o desejo como suor

que escorre ensopa a cama toda

que nademos em nossos fluidos

perdi minha língua na sua boca 

e ela ainda está lá, se contorcendo, 

em essência. 

te trago mesmo não te levando 

lhe mordo em superfície derme

sorvo cheiro de sua quente carne

para depois se eu tardar a lembrar

de cheiro de vida, êxtase, vontade 

aterradora de viver, um fogo verde brota em nossos peitos e incendeia esse lugar

eu grito é angústia é orgasmo

pego carona na sua respiração

me inspiro e sob essa chamuscada pele

expiro, que pessoa é esta, os olho reviro

mas enquanto você não vem boto esse fogo em um potinho e falo

sua tonta.

TRABAIA MISERAVI, QUE TESÃO NÃO PAGA CONTA

morte e vida

 lutam. Sou barroca. Sou barro que esqueceu que era terra. Por isso que gosto da chuva, porque me lembra do cheiro do barro e me lembra que estou vivo. Acho que por isso que gosto de sexo, porque lembro que estou vivo. De arte. De música, de cores, decorando uma casa virei a própria decoração eu sou as paredes e a água que escorre pelas calhas é o meu suor. Escrever por escrever, sem pensar se vai ficar ruim, meu choro, um jorro, minha vida são gemidos de dor e prazer confundidos... A urgência de dizer eu sinto eu quero ser visto e presente, quero um presente, mas me presenteei com um pedal mês passado. Quem sabe esse ano eu consiga me dar de presente um vibrador. Um sugador de clitóris de preferência. Por que o dado é banal, dizer ok seremos um por breves momentos, me cansa. Já sou um, quero me afogar na minha cama para me lembrar se ainda sinto alguma coisa. Estou voando sobre um mar em calmaria e tentando regular meu vôo, a queda é alta, o risco é diário. Cansade de estar vivendo um risco diário, de ter âncoras frágeis, de não conseguir melhorar minhas ferramentas. Queria mais consultas por semanas simplesmente para eu conseguir reportar como realmente me sinto. Uma pressa de fazer as coisas, pressa de aprender, fome, fome de sucesso, de diversão, corpos novos. O último corpo que me envolvi? uma delícia, mas o preço era muito caro, é meio que sempre muito caro e eu prefiro escolher eu. Olhar com carinho para as coisas é um exercício. É colega, eu quero ir pra sua casa e que nós gozemos e nos amemos por o tempo que é escrita uma palavra. Não quero ser mais que uma palavra, não quero ser mais que letras que resolveram se rebelar e ser pós-estruturalistas. Eu quero só olhar. Não quero devorar essa refeição cujo gosto nem sei se gosto. O gosto do desconhecido do fetichizado vai ser sempre o ideal diante do real e talvez essa pseudo fixação com nossos próprios símbolos ícones internos seja tóxica. Sinto como se eu falasse pra ninguém, sinto que o silêncio... o que é o silêncio? estou ouvindo um post rock meio atmosférico com uns synths que se chama still mountains, do Artemis, vou tentar dar uma chance e ouvir até o final. Quero sentir o sol na pele mesmo sem sentir o sol na pele, quero me lembrar o que é ir para a praia. Tomei um chá, foi bom a sensação dele descendo pela minha barriga.