quarta-feira, 5 de outubro de 2022

 te quero chama

me chama pra me apagar

me mata

de embriaguez

injeta curiosidade na minha veia

sopra ar nos meus pulmões 

pra eu sair voando como um balão 

com o seu ar e você se contorcendo sem oxigênio 

me afaga pra 

longe

e não te afogo nas minhas mágoas

uma ponte 

um surto

um salto

um sorriso de cabo a rabo que parece uma ferida aberta 

um corte

que sorte

de ainda te ter

memória fresca

como um queijo 

não abarrotada de julgamento alheio

mais ou menos, como azeitonas engarrafados pensamentos

que esse lance seja

sem freio

ops

batemos


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