segunda-feira, 21 de outubro de 2019
domingo, 20 de outubro de 2019
quarta-feira, 16 de outubro de 2019
um palhaço no cemitério
Ele chega lá, as ruas secas, poderia ter chovido, mas só estão secas, assim como as folhas caídas das árvores ao seu redor.
Procura pelo seu público. Não está lá. Olha por debaixo das lápides, o pancake branco escorrendo de debaixo dos olhos. As rugas de expressão de seu rosto coçam para que ele comece a sorrir e escorrer de volta para seu mundo de fantasia.
Ele pega cinco bolinhas, faz malabarismos com ela. O sol é quente, na terceira volta, ele se distrai e deixa cair uma. Agora são quatro. Ele continua com as mãos ligeiras, as bolas suadas feitas de plástico reciclado. Ele pega todas, as enfileira, guarda no bolso, faz uma reverência para o nada.
Ele espera sentado, ansioso para poder fazer os parentes da pessoa querida rirem. Ele olha os pássaros, lembra de sua mãe enferma na cama longe, muito longe. Lembra de seu pai que jamais o aprovou no que faz, mas esses pensamentos são tão recorrentes que ele os repreende fisicamente com a mão em um gesto de dissipar, que ele possa exercer o que dinheiro nenhum pode comprar: empatia, diversão, amabilidade. Ele espera.
Gosta das crianças, elas sempre dão a mão para ele, riem com bocas cheias de balas. Mas ali ele via o oposto da energia vibrante dos pequenos, via uma morbidez, um silêncio tremendo, tinha vontade de ir embora. Mas firmou o contrato, ficaria lá, esperando.
Resolve andar, passa por lápides repletas de nomes esfumaçados, flores, algumas recém colocadas, outras já apodrecendo. Ele tem o desejo de pegar um buquê e tirar flor por flor, antecipar o beijo da matéria orgânica no concreto duro, e por um segundo ele gostaria de abrir uma lápide e despedaçar as flores em cima de um cadáver, era algo que gostaria que fizessem comigo, pensou. Por que porras você está pensando coisas tão mórbidas? Pensa ele. Ele tem vontade de chorar como uma criança. se envergonha por ter trinta anos e estar com vontade de chorar em um cemitério, se sente vulnerável como um garotinho. Quem é ele, Carlos Ricardo da Costa, se sente um algoritmo de uma pulsão ainda viva na cidade, será que seria natural, será que ele despertara risos verdadeiros ou apenas inocentes dos pimpolhos que não viram os maus agouros da vida? Será que estava com saudade de estar imerso na aura preciosa das crianças douradas, que dançam sorriem e brincam a qualquer hora? seria esse um escapismo? o que seria a vida se não um grande escapismo das catástrofes aterradoras que o homem adulto faz? Ele não se arrepende de não querer filhos, o mundo já está repleto de gente. Ele pega uma bexiga, a sopra como se estivesse devolvendo vida a um boneco. A bexiga recebe seu modelar, vira um cachorro. Ele fala:" -Au. " É como se o cachorro estivesse falando com ele, ele o afaga, a borracha de temperatura ambiente, com resquícios daquele pó que ele sempre esquecia o nome. Ele tenta se distrair com a cor vibrante do cachorro, que ele apelida de Jérson. Continua andando pelo cemitério, vê uma senhora chorando ao túmulo de alguém. Carlos amarra Jérson na pilastra ao lado da mulher, nem espera pra ver se ela nota sua presença. Pensa que pode estar sendo infantil, que é só um balão mas... Carlos se sente vivo ao ver que sua intenção de cura através de objetinhos tem algum efeito. Mas agora Carlos absorve o choro dessa senhora, se senta no chão, na sombra de uma amendoeira, e tenta ligar para o contratante. Dois bipes, no terceiro atendem.
-Alô? Quem é?
-Oi, é o Carlos.
-Quem?
-O palhaço.
-(voz abafada) ah, é o palhaço.
-Foi mal, a gente repensou a parada...
Carlos nem precisa ouvir mais, mas continua por educação.
-Mas a gente te pagou metade do valor, só pra não ter ido aí a toa.
Carlos desliga, olha pro céu. Não sabe para onde ir, ou o que fazer. O que será que corrompe os homens, se pergunta. Talvez a ausência de propósito claro, o indeterminismo. Ele gostava de fazer as pessoas rirem, mas elas riam como assistindo a um espetáculo e voltavam para suas realidades, quando ele queria ser pertencente e realmente fazer alguma mudança. Tudo parecia tão engessado. Carlos limpa a cara com a própria camisa, tira o nariz de palhaço, está quente. Carlos pensa que no futuro, gostaria que em seu funeral tivessem tortas, pessoas atirassem-nas nas outras, seus companheiros pareciam tão ocupados ultimamente, queria que eles se recordassem de tempos bons... era engraçado, quase trágico, porque seu trabalho, como homem do entretenimento, era fazer tudo dar certo... O show precisa continuar, e agora ele tinha vontade de chorar. Sabia que deveria ser independente e se auto consolar, mas só no cemitério, queria que chovesse para que mascarasse as lágrimas que logo escorreriam pela sua face. Carlos se lembra que na adolescência, pensou em ser político, por conhecer bastante gente, mas se resguardou diante de tamanha violência que é cultivada por lá, e Carlos se perguntava o porquê de pessoas serem tão complicadas. Alguns o chamavam de inocente, até de infantil, mas ele não via motivo para os impulsos agressivos e possessivos que o cercavam, preferia se resguardar no mundo das crianças, muito mais interessante.
Procura pelo seu público. Não está lá. Olha por debaixo das lápides, o pancake branco escorrendo de debaixo dos olhos. As rugas de expressão de seu rosto coçam para que ele comece a sorrir e escorrer de volta para seu mundo de fantasia.
Ele pega cinco bolinhas, faz malabarismos com ela. O sol é quente, na terceira volta, ele se distrai e deixa cair uma. Agora são quatro. Ele continua com as mãos ligeiras, as bolas suadas feitas de plástico reciclado. Ele pega todas, as enfileira, guarda no bolso, faz uma reverência para o nada.
Ele espera sentado, ansioso para poder fazer os parentes da pessoa querida rirem. Ele olha os pássaros, lembra de sua mãe enferma na cama longe, muito longe. Lembra de seu pai que jamais o aprovou no que faz, mas esses pensamentos são tão recorrentes que ele os repreende fisicamente com a mão em um gesto de dissipar, que ele possa exercer o que dinheiro nenhum pode comprar: empatia, diversão, amabilidade. Ele espera.
Gosta das crianças, elas sempre dão a mão para ele, riem com bocas cheias de balas. Mas ali ele via o oposto da energia vibrante dos pequenos, via uma morbidez, um silêncio tremendo, tinha vontade de ir embora. Mas firmou o contrato, ficaria lá, esperando.
Resolve andar, passa por lápides repletas de nomes esfumaçados, flores, algumas recém colocadas, outras já apodrecendo. Ele tem o desejo de pegar um buquê e tirar flor por flor, antecipar o beijo da matéria orgânica no concreto duro, e por um segundo ele gostaria de abrir uma lápide e despedaçar as flores em cima de um cadáver, era algo que gostaria que fizessem comigo, pensou. Por que porras você está pensando coisas tão mórbidas? Pensa ele. Ele tem vontade de chorar como uma criança. se envergonha por ter trinta anos e estar com vontade de chorar em um cemitério, se sente vulnerável como um garotinho. Quem é ele, Carlos Ricardo da Costa, se sente um algoritmo de uma pulsão ainda viva na cidade, será que seria natural, será que ele despertara risos verdadeiros ou apenas inocentes dos pimpolhos que não viram os maus agouros da vida? Será que estava com saudade de estar imerso na aura preciosa das crianças douradas, que dançam sorriem e brincam a qualquer hora? seria esse um escapismo? o que seria a vida se não um grande escapismo das catástrofes aterradoras que o homem adulto faz? Ele não se arrepende de não querer filhos, o mundo já está repleto de gente. Ele pega uma bexiga, a sopra como se estivesse devolvendo vida a um boneco. A bexiga recebe seu modelar, vira um cachorro. Ele fala:" -Au. " É como se o cachorro estivesse falando com ele, ele o afaga, a borracha de temperatura ambiente, com resquícios daquele pó que ele sempre esquecia o nome. Ele tenta se distrair com a cor vibrante do cachorro, que ele apelida de Jérson. Continua andando pelo cemitério, vê uma senhora chorando ao túmulo de alguém. Carlos amarra Jérson na pilastra ao lado da mulher, nem espera pra ver se ela nota sua presença. Pensa que pode estar sendo infantil, que é só um balão mas... Carlos se sente vivo ao ver que sua intenção de cura através de objetinhos tem algum efeito. Mas agora Carlos absorve o choro dessa senhora, se senta no chão, na sombra de uma amendoeira, e tenta ligar para o contratante. Dois bipes, no terceiro atendem.
-Alô? Quem é?
-Oi, é o Carlos.
-Quem?
-O palhaço.
-(voz abafada) ah, é o palhaço.
-Foi mal, a gente repensou a parada...
Carlos nem precisa ouvir mais, mas continua por educação.
-Mas a gente te pagou metade do valor, só pra não ter ido aí a toa.
Carlos desliga, olha pro céu. Não sabe para onde ir, ou o que fazer. O que será que corrompe os homens, se pergunta. Talvez a ausência de propósito claro, o indeterminismo. Ele gostava de fazer as pessoas rirem, mas elas riam como assistindo a um espetáculo e voltavam para suas realidades, quando ele queria ser pertencente e realmente fazer alguma mudança. Tudo parecia tão engessado. Carlos limpa a cara com a própria camisa, tira o nariz de palhaço, está quente. Carlos pensa que no futuro, gostaria que em seu funeral tivessem tortas, pessoas atirassem-nas nas outras, seus companheiros pareciam tão ocupados ultimamente, queria que eles se recordassem de tempos bons... era engraçado, quase trágico, porque seu trabalho, como homem do entretenimento, era fazer tudo dar certo... O show precisa continuar, e agora ele tinha vontade de chorar. Sabia que deveria ser independente e se auto consolar, mas só no cemitério, queria que chovesse para que mascarasse as lágrimas que logo escorreriam pela sua face. Carlos se lembra que na adolescência, pensou em ser político, por conhecer bastante gente, mas se resguardou diante de tamanha violência que é cultivada por lá, e Carlos se perguntava o porquê de pessoas serem tão complicadas. Alguns o chamavam de inocente, até de infantil, mas ele não via motivo para os impulsos agressivos e possessivos que o cercavam, preferia se resguardar no mundo das crianças, muito mais interessante.
segunda-feira, 14 de outubro de 2019
fluxo de pensamento tres
nada só preciso dormir estou enrolando e meio exausta também, meio exaurida, meio cheguei a uma rua sem saída
agora preciso aprender a voar
agora preciso aprender a voar
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
lorca
quero encontrar com menino que quis cortar o coração em alto mar
talvez ele possa tocar
nas águas e nelas se afogar
eu vou ver e rir
me despir e jorrar
por além do discurso
vou com o curso de não mais um mar
mas um rio
que te abriga e abraça
e descompassa um coração desacalmado
vamos em rumo ao nada
pela leve não tortuosa remada
tiro a faca da tua mão
pra que cortar o coração
aperte com força, é ilusão
essa agonia comedida pode ser comédia
o gozo do riso do outro
guarde a faca e esfaqueie peixes crus
para comermos e desfiarmos com os dentes
deixemos para trás os idosos e os crentes
mas que te beije entredentes
o ar que há tanto tempo congela teus pulmões
a água que preenche imensidões
e percebe, no leito, sem receio
estou, sou pleno
sempre fui cheio
talvez ele possa tocar
nas águas e nelas se afogar
eu vou ver e rir
me despir e jorrar
por além do discurso
vou com o curso de não mais um mar
mas um rio
que te abriga e abraça
e descompassa um coração desacalmado
vamos em rumo ao nada
pela leve não tortuosa remada
tiro a faca da tua mão
pra que cortar o coração
aperte com força, é ilusão
essa agonia comedida pode ser comédia
o gozo do riso do outro
guarde a faca e esfaqueie peixes crus
para comermos e desfiarmos com os dentes
deixemos para trás os idosos e os crentes
mas que te beije entredentes
o ar que há tanto tempo congela teus pulmões
a água que preenche imensidões
e percebe, no leito, sem receio
estou, sou pleno
sempre fui cheio
domingo, 6 de outubro de 2019
fluxo de pensamento dois
Luisa está escutando uma música que se chama Bad Girl e detesto essa denotação, detesto essa frase de efeito, porque chamando de "garota má" há duas problematizações, e vou deixá-las o mais claras possíveis:
1- A infantilização e fetichização da mulher, do gênero mulher, e a apelação sexual esgarçada que está em todas as esferas da sociedade e da cultura ocidental.
2- O termo em inglês, fazendo alusão a arte pop na música, nos Estados Unidos, uma concepção de um arquétipo de uma mulher que é protagonista de uma liberdade sexual. No caso do "Bad Girl", o protagonismo não é nem dela, é do homem que chega e a denomina sobre o que ela é, ele a restringe.
3- A problemática de homens dizendo o que mulheres são, como se a autodenominação não fosse possível, é necessário um discurso que é hierarquizante, que eu chegue e diga : Isso é uma garota má, em vez de ela dizer: "eu sou assim, assado".
Vamos fazer um teste? Vou botar no google a diferença entre homem mau e mulher má.
Homem mau- um pistoleiro
o bolsonaro
o coringa, um cara com cara de estúpido com chifrinhos na cabeça
melhor, vou botar em inglês
tem uma marca que se chama Bad Boy
por que não teria uma marca chamada Bad Girl?
Bom , parece um estereótipo de homens com tatuagens e cabelo lambido pra trás
tem um vídeo, como ser um "Bad boy"
Que tem um livro linkado, How to Get Girls to Chase You
Como fazer com que garotas te persigam? Nossa. Espero que não tenha sido escrito por uma mulher.
Tem a questão da sexualização, assim como a questão de uma cara de paisagem e desgosto juntas.
Vamos no Wikihow, três formas de ser um BadBoy.
Em vez disso, é pelo fato de eles serem confiantes e assertivos – em outras palavras, sexys. Use esses indicadores para construir sua confiança masculina e mostrar ao mundo (e a todas as mulheres nele) quem é que manda no negócio.
Um homem bad boy é quem manda no pedaço, será que uma "bad girl" também mandaria no pedaço? E que diabo é isso, uma noção de precisar se autoafimar um macho dominante? isso é decadente, ridículo, essa noção do wikihow é como você ser um pateta iludido.
Conheça a si mesmo, e você descobrirá que está fingindo valores para “se encaixar”. Você realmente pode ser feliz fingindo ser alguém que não é?
Legal, wikihow sensato. Todos nós fingimos ser pessoas que não somos o tempo todo.
Torne-se o centro de seu mundo. Você existe primariamente para se fazer feliz – os outros são secundários.
Mas cuidado com o egocentrismo, o egoísmo, a falta de empatia, a ofuscação do teu sentir em prol de uma "fortaleza" emocional, pra você não se machucar.
Bad girl é a mesma tosqueira. Sinceramente.. Uma coisa que realmente me deixa puta na sociedade é o pisar nos ovos e a linha tênue entre as coisas, um tensionamento do desejo que leva ao nada, uma boa parte de tudo que é consumido e que regem corpos, por exemplo, andando na rua sinto pessoas que se aproximam do meu corpo naturalmente, assim como o meu corpo também se rege magneticamente para outros, meu corpo clama por toque, por sexo, por qualquer coisa, e ao mesmo tempo a mídia reafirma esse gozo o tempo todo, goze, coma, goze, coma. Eu vou te ver, vou te pegar, vamos transar, esse é o pretexto de todas as músicas de funk. Com esse imperativo categórico constante, talvez eu tenha abandonado a minha espontaneidade, e é por isso que não transo há um mês. Mas o próprio transar é superestimado, porque pessoas o fazem de forma superficial, e não excluindo eu, mas me sinto frustrada, porque faço o máximo pra deixar meu corpo sadio e interessante e... como me manter interessada pelo meu corpo, quando ninguém mais está interessado, ou não quer dizer que está? Por que parece que sempre é um jogo super díficil, talvez eu devesse não pensar sobre sexo e deixar acontecer naturalmente, mas ao mesmo tempo... talvez a ansiedade constante de viver em uma sociedade não fraca, mas que tende a imbecilização e o entorpecimento, o sexo é uma válvula de tensão boa, eu queria depositar minha tensão em algum corpo como qualquer outra pessoa. Mas parece que o meio não está propício, as pessoas que estão se mostrando sexualmente disponíveis são desinteressantes pra mim, e sei que eu poderia estar fazendo qualquer coisa mais interessante, mas esse é o meu espaço de analisar o porque da minha dúvida, da minha não potência, talvez eu não seja galanteadora e sensual, talvez eu seja só esforçada, mas ao mesmo tempo meio desengonçada. Pessoas não gostam de pessoas desesperadas. A única solução que acho a curto prazo é investir em coisas pro meu prazer pessoal, mas tem uma coisa sobre isso, sinto saudade de estar me relacionando com alguém e sentir prazer aos poucos até culminar em sexo
1- A infantilização e fetichização da mulher, do gênero mulher, e a apelação sexual esgarçada que está em todas as esferas da sociedade e da cultura ocidental.
2- O termo em inglês, fazendo alusão a arte pop na música, nos Estados Unidos, uma concepção de um arquétipo de uma mulher que é protagonista de uma liberdade sexual. No caso do "Bad Girl", o protagonismo não é nem dela, é do homem que chega e a denomina sobre o que ela é, ele a restringe.
3- A problemática de homens dizendo o que mulheres são, como se a autodenominação não fosse possível, é necessário um discurso que é hierarquizante, que eu chegue e diga : Isso é uma garota má, em vez de ela dizer: "eu sou assim, assado".
Vamos fazer um teste? Vou botar no google a diferença entre homem mau e mulher má.
Homem mau- um pistoleiro
o bolsonaro
o coringa, um cara com cara de estúpido com chifrinhos na cabeça
melhor, vou botar em inglês
tem uma marca que se chama Bad Boy
por que não teria uma marca chamada Bad Girl?
Bom , parece um estereótipo de homens com tatuagens e cabelo lambido pra trás
tem um vídeo, como ser um "Bad boy"
Que tem um livro linkado, How to Get Girls to Chase You
Como fazer com que garotas te persigam? Nossa. Espero que não tenha sido escrito por uma mulher.
Tem a questão da sexualização, assim como a questão de uma cara de paisagem e desgosto juntas.
Vamos no Wikihow, três formas de ser um BadBoy.
Em vez disso, é pelo fato de eles serem confiantes e assertivos – em outras palavras, sexys. Use esses indicadores para construir sua confiança masculina e mostrar ao mundo (e a todas as mulheres nele) quem é que manda no negócio.
Um homem bad boy é quem manda no pedaço, será que uma "bad girl" também mandaria no pedaço? E que diabo é isso, uma noção de precisar se autoafimar um macho dominante? isso é decadente, ridículo, essa noção do wikihow é como você ser um pateta iludido.
Conheça a si mesmo, e você descobrirá que está fingindo valores para “se encaixar”. Você realmente pode ser feliz fingindo ser alguém que não é?
Legal, wikihow sensato. Todos nós fingimos ser pessoas que não somos o tempo todo.
Torne-se o centro de seu mundo. Você existe primariamente para se fazer feliz – os outros são secundários.
Mas cuidado com o egocentrismo, o egoísmo, a falta de empatia, a ofuscação do teu sentir em prol de uma "fortaleza" emocional, pra você não se machucar.
Bad girl é a mesma tosqueira. Sinceramente.. Uma coisa que realmente me deixa puta na sociedade é o pisar nos ovos e a linha tênue entre as coisas, um tensionamento do desejo que leva ao nada, uma boa parte de tudo que é consumido e que regem corpos, por exemplo, andando na rua sinto pessoas que se aproximam do meu corpo naturalmente, assim como o meu corpo também se rege magneticamente para outros, meu corpo clama por toque, por sexo, por qualquer coisa, e ao mesmo tempo a mídia reafirma esse gozo o tempo todo, goze, coma, goze, coma. Eu vou te ver, vou te pegar, vamos transar, esse é o pretexto de todas as músicas de funk. Com esse imperativo categórico constante, talvez eu tenha abandonado a minha espontaneidade, e é por isso que não transo há um mês. Mas o próprio transar é superestimado, porque pessoas o fazem de forma superficial, e não excluindo eu, mas me sinto frustrada, porque faço o máximo pra deixar meu corpo sadio e interessante e... como me manter interessada pelo meu corpo, quando ninguém mais está interessado, ou não quer dizer que está? Por que parece que sempre é um jogo super díficil, talvez eu devesse não pensar sobre sexo e deixar acontecer naturalmente, mas ao mesmo tempo... talvez a ansiedade constante de viver em uma sociedade não fraca, mas que tende a imbecilização e o entorpecimento, o sexo é uma válvula de tensão boa, eu queria depositar minha tensão em algum corpo como qualquer outra pessoa. Mas parece que o meio não está propício, as pessoas que estão se mostrando sexualmente disponíveis são desinteressantes pra mim, e sei que eu poderia estar fazendo qualquer coisa mais interessante, mas esse é o meu espaço de analisar o porque da minha dúvida, da minha não potência, talvez eu não seja galanteadora e sensual, talvez eu seja só esforçada, mas ao mesmo tempo meio desengonçada. Pessoas não gostam de pessoas desesperadas. A única solução que acho a curto prazo é investir em coisas pro meu prazer pessoal, mas tem uma coisa sobre isso, sinto saudade de estar me relacionando com alguém e sentir prazer aos poucos até culminar em sexo
o que tem na minha mochila
tinha o meu celular, que eu já peguei por causa do vício
tinha uns dois absorventes, que usei ontem e hoje acabei não tendo
tem uma mamadeira, que usei pra queimar uma fralda enquanto danço a uma música em que o bolsonaro dizia : nós temos que fazer cocô, dia sim, dia não
tinha um livro com uma barata estampada na capa, na penumbra eu me assustei com essa barata
tem a minha pochete pra carregar poucas coisas, com um adesivo colado meio despencando
tem uma garrafa de água vazia, agora tirei, vai talvez ficar pra encher
de água mesmo nessa semana , talvez faça calor
tem um papelzinho sobre instruções de como usar o coletor menstrual
tem um chocalho de bebê para a mesma performance de cedo
tinha uma calcinha
uma tampa azul de algum tipo de pote que não tenho a mínima ideia qual pote era
só sei que está pintado de vermelho meio escuro e manchinhas de verde
e tem umas manchinhas de um branco todo sujo e um verde musgo, diferente das manchinhas claras
o pote tem um risquinho quebradinho
tem uma fita durex que eu nem usei
outra calcinha
um amontado de fita durex azul diferente da outra, que era branca
tem uma pasta de dentes
um papel de paçoca
na bolsinha, tem um fio dental
uma escova de cerdas duras
eu digo , dessa vez vai amolecer
tem minha identidade com meu bilhete único com meu cartãozinho da UFRJ, com meu cartão de crédito, com meu cartão alimentação
tem um invólucro de plástico que jogo no lixo
tem uma ficha técnica de uma imagem que eu fiz faz um mês
queria botar ela na parede
não a imagem, a ficha técnica
queria pintar todas as paredes
tinha um papel de paçoca, não sei se era o mesmo
joguei ele fora
tinha uma velinha rosa aromatizada
acendi
tem uma meia
tem uma chupeta pra mesma performance
tem vários papéis e invólucros
tem uma paradinha pra modelagem em argila que não tem aula faz duas semanas
tem umas quatro cartelas de remédios pra cólica
e eu percebo uau realmente tem bastantes coisas
tem uma seda
e um sal do bandejão
tem uma moeda de vinte e cinco centavos
tem mais uma velinha
boto do lado da que já está acesa
tiro quase tudo, guardar em algum canto
tinha uns dois absorventes, que usei ontem e hoje acabei não tendo
tem uma mamadeira, que usei pra queimar uma fralda enquanto danço a uma música em que o bolsonaro dizia : nós temos que fazer cocô, dia sim, dia não
tinha um livro com uma barata estampada na capa, na penumbra eu me assustei com essa barata
tem a minha pochete pra carregar poucas coisas, com um adesivo colado meio despencando
tem uma garrafa de água vazia, agora tirei, vai talvez ficar pra encher
de água mesmo nessa semana , talvez faça calor
tem um papelzinho sobre instruções de como usar o coletor menstrual
tem um chocalho de bebê para a mesma performance de cedo
tinha uma calcinha
uma tampa azul de algum tipo de pote que não tenho a mínima ideia qual pote era
só sei que está pintado de vermelho meio escuro e manchinhas de verde
e tem umas manchinhas de um branco todo sujo e um verde musgo, diferente das manchinhas claras
o pote tem um risquinho quebradinho
tem uma fita durex que eu nem usei
outra calcinha
um amontado de fita durex azul diferente da outra, que era branca
tem uma pasta de dentes
um papel de paçoca
na bolsinha, tem um fio dental
uma escova de cerdas duras
eu digo , dessa vez vai amolecer
tem minha identidade com meu bilhete único com meu cartãozinho da UFRJ, com meu cartão de crédito, com meu cartão alimentação
tem um invólucro de plástico que jogo no lixo
tem uma ficha técnica de uma imagem que eu fiz faz um mês
queria botar ela na parede
não a imagem, a ficha técnica
queria pintar todas as paredes
tinha um papel de paçoca, não sei se era o mesmo
joguei ele fora
tinha uma velinha rosa aromatizada
acendi
tem uma meia
tem uma chupeta pra mesma performance
tem vários papéis e invólucros
tem uma paradinha pra modelagem em argila que não tem aula faz duas semanas
tem umas quatro cartelas de remédios pra cólica
e eu percebo uau realmente tem bastantes coisas
tem uma seda
e um sal do bandejão
tem uma moeda de vinte e cinco centavos
tem mais uma velinha
boto do lado da que já está acesa
tiro quase tudo, guardar em algum canto
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