como um pedaco de fezes
bosta
como um grande coco marrom
e é isso
pelo menos nao me sinto burra mais
mas me sinto pra baixo
cortei o cabelo e realmente , está um corte bem curto
e é bizarro analisar o quanto as pessoas realmente se incomodam com isso
e eu nao quero deixar grande
porque deixar grande significa calor e eu morro de calor
e cara
eu continuo a mesma pessoa, e percebo que parece como se eu tivesse perdido meu valor de feminilidade ou sei lá que porras
pode ser paranoia da minha cabeca, mas enfim
e estou doente também
pra vir até minha casa e transar com a garota recém chegada de viagem, fresca, meu querido nobre colega pegou o primeiro onibus pra cá a noite mesmo
mas para ... foda-se
ninguém tem obrigacao de cuidar de mim
mas eu realmente estou me sentindo abandonada até por mim mesma
e eu nao quero voltar a usar maquiagem, isso me faz mal
nao quero usar roupas que eu nao ache confortável
nao quero nao ser eu
mas essa realidade do rio
essa realidade estática de interesses e de padroes e de um vício pairante no ar
me faz mal , está me fazendo mal, está me sufocando
se eu nao estivesse bem doente, iria pra praia e nadaria até nao conseguir ver a costa mais
eu fui embora do rio no início de janeiro
e na volta, quando cheguei, parece que nao sobrou UM amigo
a única pessoa que ainda fala comigo constantemente é a carol, que mora comigo
e o luiz renato, e eu realmente tenho medo de machucá-lo porque sei lá eu sou um porco espinho muito fodido
inclusive quero comecar logo a ler esse livro do karnal , gosto dele
me sinto perdida quanto a destino
estava na viagem e tudo parecia fluir
mas agora estou estagnada, parada, presa
me sinto como os gatos no apartamento
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