Pesadelo
“-Abaixe
essa arma. “ Disse Lúcia, rica proprietária de uma mansão em Petrópolis, Rio de
Janeiro. Era uma noite fresca de verão quando ela foi abordada pelo assaltante,
magro, alto, do tipo atlético, moreno com olhos doentios.
“-Me dê todo
o dinheiro e joias da residência. “ Ordenou o ladrão que irrompera em sua casa,
nocauteara os seguranças, correra dos cachorros.
“-Tudo bem,
mas assim fica mais difícil, fico nervosa. “ Disse a mulher, vestindo apenas um
leve robe de seda, e se pôs a procurar seus tesouros. Seus ricos cabelos negros
estavam embaraçados, seu hálito ruim, detestava aparecer assim, vulnerável e
fraca, impotente.
Catou as
joias falsas que ficavam no saguão principal, dentro de um baú de madeira e
trinco de ouro. Pegou uma quantia relevante de dinheiro, sempre seguida do
homem impaciente, a dona da casa armazenando tudo no bolso superior do robe, e
de súbito tivera um plano.
Lembrou-se
que seu pai deixava seu revolver no compartimento da lareira, e lá foi ela, na
direção do mesmo.
“-Que é que
você vai fazer aí na lareira? “-Perguntou o bandido, apressado.
“-Só mais
joias. “ Respondeu ela, tentando parecer calma, mas totalmente afobada e com
coração acelerado.
Empurrou a
parede de tijolos onde havia uma depressão até que se abrisse o suficiente para
que pudesse agarrar a arma.
Pegou-a,
com mãos suadas, tremendo, e apontou para o homem:
“-Saia da
minha casa, enquanto ainda é tempo, eu não quero te machucar! ”
A mulher
não conseguiria atirar se precisasse, isso ela sabia.
O criminoso
congelara, olhando para a arma, e depois do momento de transe, deu uma risada
fraca:
“-Ora, a
garotinha rica tem um brinquedo- Disse ele. ”- Larga isso, você vai acabar
atirando no próprio pé. ”
Uma onda irrompeu-se
no interior de Lúcia, e em um movimento impulsivo, apontou a arma para o pé do
homem e apertou o gatilho, disparando, o solavanco do movimento a assustando.
A bala
correu raspando o pé do ladrão, arrancando sangue, mas nada letal, nem que
pudesse causar uma hemorragia.
O homem
xingou alto e se jogou na direção da mulher, caindo em cima dela, que se
desiquilibrou.
Ambos
deixaram suas armas caírem e ficaram no chão, lutando.
O bandido
tentava dar socos em Lúcia, que desviava e chutava, desejando estar com seus
saltos altos. O homem rasgou seu robe, expondo um seio alvo dela, e
preparava-se para um golpe baixo, quando comentou:
“-Olha, a
cadela ainda tem tudo firme por baixo da roupa esnobe! ” Rindo por um segundo,
até o joelho ossudo da mulher atingir seu membro viril, e o criminoso se
contorcera de dor.
Aproveitando
o momento, Lúcia começava a levantar para agarrar a arma e se preparar para o
pior, até que o homem a agarrou pelo tornozelo, e ela caiu com os cotovelos e
joelhos no chão, os cabelos desarrumados no rosto, o criminoso chegou por trás
e agarrou seus braços, imobilizando-a, não conseguia se mexer com ele grudado a
ela, e percebeu onde o bandido queria chegar, deixando-a nessa posição
constrangedora.
“-NÃO! –Gritou
ela, aflita- ISSO NÃO, POR FAVOR! “
“-Estou
sangrando, sua vadia, você agora vai sofrer. “- Disse ele calmamente, com um
brilho psicótico nos olhos, que Lúcia não podia ver.
Lúcia
tentava dar chutes para trás para afastar seu malfeitor, mas nada adiantava.
Ele levantou seu robe, rasgou suas roupas de baixo com uma facilidade
assustadora, como se o fizesse com frequência. Seus braços eram firmemente
segurados, ela era totalmente dominada pelo homem, impotente.
Sentiu o
membro dele a perfurando, machucando-a devido á aspereza do movimento, ele
gritando grunhidos sobre-humanos, lágrimas se formando em seus olhos, ela
gritando até doer a garganta, sabendo que seria pouco efetivo, a casa
localizava-se no meio da floresta localizada na serra dos órgãos.
Lúcia
sentiu o líquido espesso correr por entre as pernas e sentiu o homem perder a
força em que a apertava, conseguiu soltar-se e, possuída pela fúria, derrubou-o
com um empurrão, chutou-o, mordeu-o até arrancar sangue de seu pescoço, socou o
rosto dele com toda a força que lhe sobrava, escutou um barulho de algo
quebrando, poderia ser o nariz dele.
O bandido
recuperou as energias, e levantou-se para poder possuí-la talvez mais uma vez,
cada vez mais excitado com a mulher reagindo. Xingava-a e desejava-a muito.
A mulher
começou a correr na direção da cozinha, sabendo que o criminoso estava com o pé
machucado e seria mais lento que ela. Muito pouco, estava logo atrás dela, com
o desejo estampado na face, respiração rápida, o nariz, partes do pescoço e do
pé pingando sangue, ávido por mais dominação.
Conforme o
homem chegou na cozinha também, ela falou, firme e decidida:
“-Dessa vez
eu fico em cima. “
Lúcia,
agora desinibida, ficou por cima do assaltante, totalmente deitado,
acomodaram-se ao lado de um armário de cozinha comum.
Mexia-se a mulher, enérgica, ele batendo-a
enquanto os dois envolviam-se. Até que ela gritava, mas agora de prazer.
Quando os
dois estavam quase lá, abriu a gaveta mais próxima a seu alcance, sem se desencaixar
do homem, pegou um facão de açougueiro que usava para matar porcos, e em um
gesto rápido passou pela jugular do criminoso, que atingiu o orgasmo logo após
ela retirar-se de cima dele, enojada.
Sangue e sêmen
se misturavam, jorrando. O sangue se acumulava em poças ao redor do homem, já
praticamente morto. Lúcia, com a face respingada de sangue, olhava para o
bandido com desprezo.
Lúcia
decepou todos os membros do homem, machadadas rápidas, esfolara sua cabeça e
pendurara na parede como um troféu, cortou o membro viril do mesmo, pôs no
liquidificador e depois bebeu, o líquido viscoso descendo pela sua garganta
como um coquetel quente e revigorante.
Abriu a
barriga do homem com um bisturi, retirou seus órgãos moles, porém ainda com
vida para vender depois, colocando-os no formol, só um idiota desperdiçaria rins
de um não alcóolatra.
Arrancara
as unhas do criminoso, analisando uma a uma e perguntando-se porque não o
fizera enquanto ele estava vivo, para mostrar-lhe o que era sofrimento.
Estava
ficando enferrujada.
Depois,
jogou o restante maltratado em seu porão, onde dez outros homens mortos,
decapitados, mutilados, torturados encontravam-se. Vermes lhes comiam os olhos,
o cheiro de morte e podridão impregnava o ambiente, perfume para as narinas de
Lúcia. O bandido seria apenas o décimo primeiro de uma coleção.
O homem em
questão era o namorado de Lúcia, Sandro, policial do Rio de Janeiro, e seu autofalante
foi deixado para trás em uma casual visita à namorada, que estava se tratando
por ter alucinações onde distorcia a realidade e se via sempre como vítima, também se tratando por ser ninfomaníaca,
obrigando os homens a se relacionarem sexualmente com ela.
Lúcia,
agora, está por trás das grades, pelo assassinato de onze homens. Nenhum relato
de seu passado afirma que tivera sido violentada, pelo contrário, muito bem tratada
sempre. Lúcia é apelidada até hoje de Mulher Pesadelo.
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