sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Palavras são prata silêncio é ouro A TEORIA

Temos o dito provérbio acima e muitos entendem superficialmente: quem cala-se se dá bem em uma situação e quem fala demais pode se dar mal. Tudo bem. Mas por que isso?

Montando um castelo de cartas, veio á minha mente a iluminação: Toda a teoria passou diante meus olhos; e é com vocês, caros leitores, que pretendo compartilhá-la.

Nos primórdios da terra, os seres humanos viviam em um período místico, onde seres sobrenaturais existiam. Tais seres eram capazes de inúmeras ações que seriam impossíveis nos dias de hoje.
Ao passo que os seres humanos começaram a falar, tais seres que nomearemos como "Anjos da Fala"
ou apenas ADF's, ouviram os primeiros grunhidos dos homens, e encantaram-se com a tamanha complexidade que os vocábulos foram adquirindo; resolveram recompensa-los, atirando barras de prata maciça na direção dos mesmos, para estimulá-los. Dito e feito, agora os homens falavam mais que nunca, aumentando e lapidando a língua. A prata lhes era dada, e com ela moldavam casas, e com o tempo, não era mais preciso estimulá-los, já falavam o tempo todo. Até que os homens apenas falavam para receber a prata, não mediam esforços para o que falariam, como falariam, diziam palavras aleatórias em troca do metal, falavam desde o momento que acordavam até irem dormir, uma algazarra bizarra que incomodava os frágeis ouvidos dos Anjos da fala. Afugentados, os mesmos voaram para longe, espantados e com medo do caos que provocaram, e se mudaram para novos horizontes.
Mas restaram uns poucos anjos, que acreditavam no homo sapiens, e que ele entraria em paz consigo mesmo, em meio ao caos total.
Houveram diversas aparições dos mesmos na vida dos meros mortais, como por exemplo:
Uma mulher hindu saiu de casa após refletir que o mundo é um lugar lindo para se explorar, e, chegando em um parque local, sentou-se. Sentou-se em uma pedra lisa aquecida pelo sol, olhou para o céu azul entrecortado por finas nuvens brancas, respirou o ar puro que as árvores lhe possibilitavam, olhou os pássaros voando em forma de "<" pelo céu, e pensou: "estou em paz".
Neste momento, caiu uma barra de ouro do céu, sem mais nem menos, a 2 metros da mesma. Olhou para ela, estranhando-a, e gritou em indiano:
"-Tem alguém aí?"
E o último Anjo da fala fugiu, assustado, voando de volta para seu habitat natural, de volta para casa, ponderando se foi o certo a fazer.
A mulher tentou explicar ás autoridades, mas ninguém a compreendeu o porquê da barra de ouro ter caído do céu. E assim, todos foram ao parque e tentaram ganhar algo, mas nada lhes foi dado, os anjos já haviam ido embora.
A moça tentou descobrir a razão, mas não encontrou-a. Aflita, explodiu a barra de ouro a céu aberto, alegando ser algo do diabo.
Até hoje, quando em contato com a paz interior e avaliando o ambiente á sua volta, pare e perceba os pontinhos brilhantes por entre os raios de sol, que, afirmo, não são poeira.

Têm vezes que gestos valem mais que palavras. Não, não têm vezes, gestos realmente valem mais que palavras. Meça as suas parça.
Isto é principalmente para mim, que falo demais.
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