Meu professor de inglês, quando quer ofender a mim ou o outro estudante da classe, ao invés de dizer palavras chulas e sem moral, diz a palavra : PROCRASTINATOR . É de sua opinião própria uma palavra feia de se dizer.
No meu fundamento, se fosse atribuir uma palavra a um xingamento, diria DIPIRONA.
Vai para a DIPIRONA. Seu filho de uma DIPIRONA. A palavra já é feia, mas o gosto, é de cair a língua. Estava com dor de cabeça, fui tomar este remédio maravilhoso, e pinguei umas gotas no copo vazio, que depois enchi de água. O problema é que parecia que a bendita tinha se dissolvido demais. Logo, pensei na minha lógica mental interior: Não terá tanto efeito. Logo, peguei o frasco e entornei na boca, direto, como se fosse a coisa mais normal do mundo; mas o remédio estava no fim, e apenas pingou uma gota. Esta uma gota foi quase fatal. Senti toda a amargura do mundo em um pingo de dipirona, todo o rancor e ódio do mundo reunidos em menos de um mililitro de dipirona. Logo depois, angustiada, peguei dois pedaços de chocolate, NÃO QUE EU QUEIRA COMÊ-LOS, foi algo da situação, em que me vi obrigada a afastar o gosto da discórdia e miséria da boca. Deu certo. O chocolate dá a sensação da ingestão de todos os sentimentos bons multiplicados por dois. (Até a pessoa se pesar e ver que os sentimentos pesam um pouco). Acho que terei pesadelos com a dipirona. Não quero dormir.
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