É Brasil
E os porcos continuam porcos
Jorge amado fala dos que usam o mar de lixeira
As bocas dos porcos são lixeiras
Lixeiras brilhantes que trazem a ilusão de uma melhoria da condição humana
Eu, egoístamente vou traçando meu caminho contrário
Em busca da minha psicodelia
E os porcos
Ah , os porcos
Não como porcos mas às vezes como peixe
Teria eu culhões de matar um peixe?
Eu mato uma barata e já me sinto horrível
Hoje tentei matar duas...
Enfim um ser humano minimamente bom
Não é bom mas é um pouco menos horrível
Como é ruim ser uma praga onisciente de sua presença
Deus é um farmacêutico milionário numa lancha nas barramas
E estamos festejando
A destruição das espécies , o superaquecimento
É um menino , é uma menina
Parem de ter filhos Caraí nós somos uma arma biológica contra o próprio planeta
Sei lá eu já tentei ter esperança mas parece meramente tolice
Saudades da Silvyinha
Se conectar com a natureza faz bem
E lembrei que tenho cogumelos na geladeira
E lembrei que minha cabeça não dorme
E que o barulho ao meu redor nunca vai parar
A não ser que eu esteja sob o mar
Imersa em suas ondas verdejantes
Com os ouvidos entupidos de água
Meus olhos choraram pela última vez acho que semana passada
E meu sangue circula e tento beber mais água
E quero me tornar eu mesma poça
E que tenha um arco íris de poluição em mim