Nietzsche era Filólogo, logo é possível extrair da afirmação do não-sujeito uma proposta distante do padrão da língua escrita, em que há o agente. Mas o que Nietzsche faz é pôr gesto e potência no mesmo patamar, através também da física, de que força é em si e capaz de quantificar. Essa necessidade de exprimir um ''algo'' que direcione, a ação da ação ( de algo, de outro) é um dos pilares da linha de pensamento da religião, algo que direcione e que seja a resposta , o que preenche o cidadão com emoções e ações pré condicionadas em busca do ideal ascético, que condiciona o homem para além dos abismos do vazio do sentido. O que é discutido sempre é essa busca por trás do ser, o ideal ascético se dá para conservar, direcionar, e ''filtrar indivíduos'', a moral, de acordo com ele, é um antídoto para o nilismo prático e teórico. Através desse ideal ascético conduzido pela razão religiosa, o homem preza pelo ''além do'' seu corpo, suas ações, sua responsabilidade e passa para um outro, e esse é uma das chaves da razão da autodegradação do ser humano na sua experiência na terra: Ao almejar o futuro por trás de ( talvez uma promessa de bonança após o ''julgamento final'', o indivíduo não olha o presente, pela simples premissa de estar ou demasiadamente no passado, analisando os atos e ações como o corisco do clarão, a regurgitação da sua esfera perspectivista do que se passa no momento, ou, pelo direcionamento capitalista, almejar mais produtos para consumir e se reafirmar com seus semelhantes em busca de um grande prazer na aquisição dos mesmos, o consumo como motivador e carrasco do homem do século XXI. A religião seria então, o guia norteador do homem para que ele evitasse ''o estado de caos'' e 1) questionasse 2) se rebelasse com outros e consigo mesmo, dentre outros. O ideal ascético veio como um condutor de sentido, para que a resposta para a pergunta ''por que estamos aqui'' não fosse ''em vão''. Nietzsche vai, então, aos poucos, tecendo a crítica a esse ideal ascético e a moral de rebanho.
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