”. Como Isabelle Graw notou, “o resultado pode ser uma situação absurda na qual a instituição contratante (o museu ou a galeria) recorre ao artista como uma pessoa que tem legitimidade para apontar as contradições e irregularidades que a própria instituição desaprova”. E, para os artistas, “subversão a serviço de convicções próprias consegue achar fácil transição para subversão para ser contratado; ‘o criticismo torna-se espetáculo’”.31
do (seguindo as imposições do capital). A defesa da mobilização contínua das identidades locais e pessoais como ficções discursivas, como jogos “críticos” polimorfos sobre as generalidades e estereótipos, pode terminar sendo álibi equivocado para a obtenção de curtos momentos de atenção, reforçando a ideologia do novo – um antídoto temporário para a ansiedade do tédio.
O entendimento de identidade e diferença como construções culturais não deveria obscurecer o fato de que a habilidade de empregar identidades múltiplas e fluidas é, na verdade, privilégio de trânsito que tem relação específica com o poder.
Seja líquido, fim.
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