terça-feira, 7 de maio de 2019

estão todos mortos

são as estrelas que já explodiram
mas eu sou uma supernova
e estou infinitamente explodindo
e os fragmentos da bomba machucam os que estão ao meu redor
mas é isso minha luz incendeia o olhar de alguns
outros a ignoram
outros nem percebem
ao mesmo tempo que sou uma explosão cósmica
sou um grão de areia brilhante
um brilho de um pote de purpurina
que nasce e morre todo dia
mas tenho a luz dentro de mim
menos como uma paladina de algum tipo
mas como um punhado de sangue
que se mexe corre rápido e forte
sou uma máquina bem ajeitada
mas nunca domada
quero morder e sentir a pele alheia
meter os pés na areia
os que vi que vivi
já se foram lápides no meu coração
mais espaço para eu correr e respirar
e perceber
que estou mais viva que nunca

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