quarta-feira, 25 de outubro de 2017

DOR DE CABECA E RAIVA

"Você está muito violenta"
Nao diz isso 
Nao para mim
Sabe por que? 
Porque aí que eu lembrarei que sei
Ser violenta
Que consigo emanar raiva
E VOCÊ FALOU ISSO
E AGORA EU ESTOU PUTA
NUNCA É SUFICIENTE
eu vejo pessoas rindo nas ruas
e tenho raiva delas
Eu me imagino socando a árvore
até meus punhos ficarem sangrando
Eu me imagino socando a garota dançando na minha frente
Eu me imagino socando um adversário no ringue
Até inundar a cara dele de sangue
É
Cara
será que eu me estraguei
ou foi influencia externa?
Já ouvi diversas coisas
minha avó acha que eu sou um monstro 
e, sei lá
Agora minha mãe deve achar também
Eu acho que eu gostava de carinho
e coisas bonitinhas
Mas agora nao consigo sentir isso 
Estou puta
Só sinto raiva
Vou jogar jogo de tiro 
E ver se passa
É FODA

terça-feira, 24 de outubro de 2017

CHORAR

Me fala
Me fala quando
Me fala quando chorar virou sinônimo de fraqueza
Voce ter sentimentos significa ser fraco?
Sentimentos significa algo como força física?
Chorar é coisa de mulher?
Mulherzinha?
Que bom que sou mulher, mas não me chame de diminutivos
Que eu fico puta
Sou a pessoa mais fraca desse planeta
Eu choro
E choro bastante
Crianças são cruéis
Sabe por que?
Porque quando você chora perto delas
Elas param tudo e começam a apontar
Dizendo:
-Fulano está chorando
E dizem isso com um certo encantamento
Como se fosse algo inédito
Água saindo dos olhos de uma pessoa
Uau, como isso é legal
Mas enfim
Parem de criticar quem chora
Eu tenho vergonha
e tenho raiva
de chorar na frente de todas as pessoas
A melhor coisa
é chorar sozinha
Pois nao vai chegar
A PORRA DE UM FULANO
E DIZER
-OLHA, VOCÊ ESTÁ CHORANDO!

domingo, 22 de outubro de 2017

TAVA DEMORANDO NÉ

Queria chorar
Por qual motivo?
Não sei
Tristeza eterna que me corrói
Queria chorar mas não tenho lágrimas mais
Estou colapsando.
Para variar.
Não quero comer, não consigo.
Não essa comida amaldiçoada.
Quero morfina ou algo que me apague.
Família, me desculpe.
Mas eu não consigo ver algo de legal em vocês.
Voces são estranhos.
Eu já fiz algo com voces no passado?
Porque eu nao me lembro.
Só um pouco.
Tios, tias, avós, avos. Para mim, é tudo uma grande mentira.
Uma grande piada, pessoas que realmente não ligam.
Eu queria ser uma pessoa apegada á família e atribuir
Algum valor real a ela
Mas não consigo
Me tornei uma pessoa amargurada.
Amanha volto a socar sacos de areia.
Espero que eu melhore
Porque tá foda
De verdade
Não tenho vontade de socializar.
Os estranhos que eu chamo de amigos
Vao indo embora, vao sumindo
Eu precisava de ajuda
Será?
Eu afasto tudo e todos
Minha mãe tá puta comigo.
Porque eu sou uma pessoa escrota
Que só pensa em si.
Alguém me mata.
Viu, voltaram os pensamentos suicidas.
Mas não em peso.
Já estive pior.
Será que dá tempo de melhorar?
Será que é apenas drama?
Pode ser.
Eu sou uma pessoa horrível
Só queria sei lá
Que alguém batesse na minha cara
E o gosto do sangue inundasse a minha boca
Para eu aprender a deixar de ser
Babaca

tiny conto


Ela estava em casa, e seus amigos iriam se divertir. O dinheiro era contado, e a diversão era incerta. Botara suas melhores roupas, uma calca preta de veludo e uma blusa vermelha decotada. Em contraste com sua pele branca, aquilo lhe parecia atraente aos olhos externos. Mas nenhuma maquiagem botou, por preguiça, por não gostar tanto de tinta em suas pálpebras e pele. Disse aos amigos que estaria sem celular, não conseguiria se comunicar com eles direito.
E lá foi ela, noite adentro, apenas com um dinheirinho, chave de casa e seu corpo brutal. Sem salto, sem maquiagem, sem joias, uma mulher simples.
Encaminhou-se para a floresta de prédios decadentes, bueiros abertos, mendigos cantantes e cerveja derramada. As estrelas eram encobertas pela poluição, o barulho dos carros lhe rasgava a calmaria, o engarrafamento inundava a paisagem com luzes vermelhas, brancas e amarelas, e lá estava ela, tao pequena no meio de uma imensidão cinza.
Chegando ao local, avistou um homem enorme, que fazia sombra nela mesmo que o brilho presente fosse da lua. Ele abriu a boca e começou a falar coisas estúpidas, e ela seguiu seu caminho.
Mas, primeiro, era necessário comprar uma garrafa de algo. Alguma coisa para realizar o famoso ato do "esquenta", e lá foi ela para a fila. Na fila, apenas homens, que deixaram suas fêmeas em segundo plano para escolher qual bebida comprariam. A fila apenas aumentara, e, assim, homens se esgueiravam pela lateral para tentar comprar mais rápido, furando fila. A garota ficara indignada, e, propositalmente, também se dirigiu para a lateral, bloqueando os homens com seu corpo. Comprou sua bebida e deixou que eles furassem, afinal, ninguém mais estava incomodado com isso.
No que ela bebeu, sentia a violência tomar conta de seu corpo, queria socar pessoas, e arreganhar os sorrisos tortos de todas elas, mas no fundo ela sentia uma completa inveja, inveja por essas pessoas conseguirem se aturar, conseguirem ficar juntas, pois para ela... não sobrara ninguém. Todos haviam ido embora. Mas ela se encontraria com os amigos, foi para a fila do recinto, com a garrafa na mão, e recebia diversos comentários:
-QUE ISSO!
-DIRETO DO GARGALO!
-MENINA ALTA!
Dentre outros. Chegando á fila, estavam todos empolgados, ansiosos para entrar.
Tao ansiosos que aguentariam uma hora em pé em uma fila, por algum motivo.
A garota não viu sentido nisso e foi beber na calcada.
Ela foi andando, com sua garrafa, e percebeu que não queria dançar.
Que ela odiava dançar.
 Sentada na calcada, ela via todos passando, milhares de pessoas, ás vezes grupo de homens aparentemente solteiros que queriam "se dar bem", ás vezes casais, monogâmicos e firmes de mãos seladas, de vez em quando estrangeiros, que olhavam para tudo de maneira encantada e desconfiada.
-O que você está fazendo?
-OI? a garota respondeu ao nada.
-Isso, você, menina.
Ela olhou para a garrafa e havia uma pequena fada lá dentro. A mulher era gordinha e tinha asas de libélula e cabelos grisalho-arroxeados.
-O que você está fazendo da sua vida?
A menina ficou perplexa.
-Como assim, quem é você?
Ela começou a olhar para os lados, para ver se os outros lhe encaravam de maneira estranha. Mas depois, lembrou-se que nada disso importava, que nunca mais iria se deparar com os mesmos rostos, e mesmo que visse, nada fazia sentido mesmo.
-Meu nome é Juliana, e eu sou a sua Fada Madrinha até a sua bebida acabar.
E assim, a menina sempre que poria mais álcool para dentro, via aquela figura cada vez menos provida de líquido, menos provida de vida.
-Eu vou para casa quando a garrafa acabar...
Ela bebia, e bebia, gole após gole, e volta e meia conversava com a fada:
-Você também se sente sozinha, fada?
E ela, piscando, respondia:
-Eu sou você, então eu sempre me sinto só. Você está falando consigo mesma, sabe disso?
E a garota ria, mas ria de angústia, olhava para a garrafa e não via nada.
Em um piscar de olhos, a fada estava de volta.
-Nossa, você me assustou!
-Pois bem, minha doce amiga, mas daqui a pouco morrerei... Eu sou como se fosse sua energia e sua lucidez. E vou embora.
A menina bebia, bebia e tudo parava de fazer sentido, ela sentia tudo, desde raiva, solidão, tristeza, desamparo, mas depois ficava ligeiramente contente por estar se divertindo sozinha, de não precisar de pessoas. O problema, é que ela até queria as pessoas, mas aí quando ela via as pessoas, perdia a vontade, ela cansava, ela ficava de saco cheio.
Havia dois dedos de bebida restantes.
A menina queria chorar pela breve perda da amiga, mas não havia mais lágrimas.
-Fica comigo... dizia ela, segurando a garrafa com força.
-Adeus, criança, fique bem...
Nisso, ela bebeu os dois goles restantes, e com isso a fada se deixou evaporar, restando nada mais que ar dentro da garrafa vazia.
Ela estava sozinha agora. Teve raiva, e queria jogar a garrafa longe e ouvir todos seus cacos se estilhaçarem contra o concreto...
-Fada... me sinto mal...
Ela chegou em casa, triste, triste. Tirou os sapatos, a calca, a blusa, e ficou com medo.
Ficou com medo do próximo pesadelo.
Ela tremia, mas o doce álcool lhe embriagara a ponto de ter um sono pacífico, mudo e pesado. E ela deu boa noite a Fada, e prometeu a si mesma para na próxima segunda ir pedir o resultado de seus exames acerca esquizofrenia.



sábado, 21 de outubro de 2017

:/

eu digo que as pessoas não ligam para mim
mas ás vezes parece que eu é que não ligo para elas.

Meu vizinho do doze

Ele anda rápido
As baratas precisam desviar dele
Pois ele olha para o chão
Mas não as vê
Ou apenas não se importa
 Eu tenho um vizinho
E ele mora no doze
Eu o consigo identificar
D`ele andando na rua
De cabeça baixa
Roupas pretas
Cabelo raspado
Maos nos bolsos
Feio, feio, feio
Lhe falta empatia, lhe falta alguma coisa
Fico perplexa pois
O vizinho do doze está sempre com pressa
Do que seria?
Ele anda rápido, com panturrilhas de quem anda de skate
Faz o tipo dele, marrento
Ele seria do meu tamanho
Mas anda encurvado
Parece menor
Eu fico com pena
Ou com ódio?
Dessa feição fechada
E de suas sobrancelhas franzidas
Será
Que ele nunca descansa?
Eu sinto uma aura negativa nele,
Uma raiva que é exalada em sua respiração
Preciso apressar meu passo
Pois ele não olha para trás
Ele olha para baixo
E ignora todos
Minto, ele murmurou algo indistinguível ao porteiro
Acho que nem ele entendeu
Bom, meu querido vizinho
Me desculpe
Mas eu não quero subir no mesmo elevador que você
Pois você é um otário
Bom, dizem que mau-humor é infelicidade que os outros sentem
Você não só é mal humorado, quanto mal educado
Mas quem somos nós
Eu fui mal educada também, ó vizinho
Eu fui instruída para minha mente caber em uma caixa
E ficar com medo de tudo
Competir com os outros
E me achar superior
Estou desconstruindo isso há muito, ó vizinho
É difícil, não vou negar.
Se você foi mal educado, há tempo de mudar isso
Você é jovem, deve ter um pouco mais que a minha ideia
Por que todo esse amargor?
Rebele-se, vizinho do doze.
Sorria uma vez na sua vida.

Diário

Olá, colegas.
Faz muito tempo que não lhes escrevo.
Aqui deixo meu histórico, e como eu estou.
Porque por algum motivo, eu acredito que, no fundo, alguém ainda se importe.
Bom, aí vamos nós.
Estou lá na Belas Artes, e estou feliz pelo curso e como estou exercitando minha criatividade com ele...
Minha vida amorosa está na linha de terra, mas volta e meia dou uns beijos em alguma festa.
Nada emocional, nada real.
É.
Minha família se divide em minha avó, pai e avô que meio que pouco se lixam, e minha mãe que fica desesperada sempre que eu sumo.
É foda, pois eu gosto de sumir. Eu amo sumir. Se eu pudesse, eu sumiria sempre. Eu sumo porque eu gosto de esquecer das pessoas, esquecer da minha vida meio tosca, eu gosto de desaparecer, de trilhar caminhos desconhecidos. 
Sabe, amigos. Esses últimos dois meses, eu venho me perguntando frequentemente: 
-O que estou fazendo com a minha vida?
e
-O que vou fazer da minha vida?
Eu não sei. Eu queria sumir. Mas sumir para novas aventuras, lugares diferentes e tal. Queria mesmo.
Conhecer gente nova, coisas novas, e tudo mais. 
Estou ouvindo Linkin Park, e me vem saudade, mas a saudade vem com uma parede de insensibilidade na frente, pois estou meio calejada quanto a isso.
Éah. Minha mãe acha que estou me drogando.
Estou cansada das chantagens emocionais dela. 
E da minha família agindo como eles agem. 
Entenderam porque eu gostaria de sumir?
Sou uma pessoa errante, nômade 
Queria pintar um quadro, amigos
Um cavalo, marrom sobre fundo preto
Bem iluminado e delineado 
Queria mesmo.
E dar um ''Oi'' para o Yan, se ele ler isso um dia.
Com relação a amigos, me sinto na mesma, sinto que todos eles
São aparições.
Pessoas com quem eu rio mas depois não faço esforço 
De me esquecer de.
Os laços ficam cada vez mais finos, 
Prestes a se romper.
Acontece.
O que eu vou fazer da minha vida, eu me pergunto...

domingo, 8 de outubro de 2017

Agradecimentos aos meus amigos e pessoas vc pode estar aqui

CARA
sei lá
É domingo
Á noite
e eu estou com GRATIDÃO
no meu peito
por ter me divertido esses dias
PARABÉNS
vocês me distraíram da minha cabeça
agora só continuar assim até o fim da minha vida
Tá na ordem cronológica
Obrigada Danusa, professora de geometria descritiva, por rir da nossa tragédia
Obrigada Uilla, por ter almoçado comigo.
Obrigada Lucas Barros, por ter almoçado já, e voltar ao bandeijao SOMENTE para falar comigo.
Obrigada galera da Belas Artes, por serem lindos.
Em especial, ao Hyan, á Bia, Bruna, Wallace,( a gente superará esse 7,5),  Calú, ao Victor, Crislaine e toda a nossa galera de gravura.
Obrigada por me emprestarem as paradas quando eu não tenho, gente.
Já disse que no futuro vou dar balas a todos vocês.
Obrigada ao pessoal da letras por recomendar coisas legais.
Obrigada ao pessoal da medicina, por ter caras escrotos os quais a gente pode rir de.
Obrigada ás substancias que deixam as pessoas fora de si.
Obrigada Lua, meu primo querido, por ter proposto a festinha.
Obrigada Ana e seu colega, por terem me visto e ficado ao meu lado na festinha.
Obrigada Garoto aleatório da medicina que puxou papo ( ou nós ((eu)) ) puxou assunto e depois foi embora como se nada tivesse acontecido.
Obrigada Garota aleatória que a Ana empurrou pra longe do homem que queria falar com você e você contou a história da sua vida e do cara que você está pegando, eu dei conselho pra você e depois de tudo falei:
-Dane-se, siga seu coração.
Obrigada Ayrton (?) da Belas artes, por ter me reconhecido na festa.
Obrigada Duas garotas aleatórias da Belas artes, e desculpe por ter deixado vocês sem graça pois eu não sabia o nome de vocês.
Agora também tem uma desculpa:
Desculpa outra garota aleatória da Belas artes, de interiores, por ter deixado voce com muita vergonha, mas aí você queria ir pra casa e eu e AAh tretas.
Mais uma desculpa:
Desculpa Uilla, por falar que ia beber com voces e fui para outros cantos.
OBRIGADA DEMAIS ao povo que estava no 485, bonde do Arthur e companhias, pessoas da PUC e do fundao, ces sao demais.
Ces fizeram meu final de noite ser lindo, deu para gastar bastante com voces, indo para o McDonalds e depois para o Bar.
Obrigada a galera do Handebol Comunicacao UFRJ, foi legal ir ao parque olímpico, mesmo perdendo.
Obrigada a mim mesma, por decidir comprar a droga da passagem ontem quase de madrugada.
Obrigada cara do onibus pois ele nem esperou para sair, já partimos para rodoviária.
Mais um "Desculpe":
Desculpe para a mulher e o cara do VLT que disseram que se eu continuasse eu iria ganhar uma notificação. DANE-SE, EU NÃO IA PAGAR MESMO.
Obrigada Raul, por ter vindo de Guapimirim para ir para a Chacrinha e tomar suco de laranja com ovo com shoyu comigo. Obrigada João, sim, O João, por ter sido essa pessoa maravilhosa comigo, mesmo que distante, gosto muito de você, que voz maravilhosa que você tem, vem cá.
Obrigada mãe, pois eu sou grata a você todo dia.
Obrigada Tia Luzia, porque sem você também, as coisas estariam bem mais difíceis.
Obrigada minha avó, que fez esse macarrão com salsicha.
Obrigada, obrigada, obrigada.
Saudades de vocês, meus amigos
Saudades Marcos (bunda eterna da maldade)
Saudades Val
Saudades Dani ( dani da letras, você mesma )
Saudades Teti
Saudades Pablo
Saudades Fest,
mas isso a gente providencia na semana
Saudades Luiz, é, o benevides
Espero que esteja legal em Portugal
E CARA DESCULPA
PRA VOCE
QUE NÃO É NENHUM DESSES
SE EU NÃO TE CITEI
FOI MAL
MAS CE TA NO MEU CORAÇÃO
<3