Eu fui a um show em 2014 em Belo Horizonte para ver uma de minhas bandas favoritas, Linkin Park.
Chegando em Belo Horizonte, eu e um grupo de amigos, todos fãs da banda, descemos do ônibus; o sol estava cozinhando os cérebros dentro de nossas cabeças, temperatura em torno de quarenta graus. Imaginem agora um aglomerado de pessoas suadas transpirando e consumindo todo o ar possível. Pois é. Fiquei no meio delas. E antes de começar o show do Linkin Park, tive que aturar alguns shows que vieram antes; até que apareceu uma banda chamada "Titãs"; o povo não estava muito animado, e até me deu pena, nunca havia escutando esta banda; até que a música "vossa excelência" tocou, uma música cuja letra fala sobre a tirania dos políticos corruptos brasileiros, e eles os xingam abertamente. Outra música em que me identifiquei foi "Lugar nenhum", em que eles falam que NÃO SÃO BRASILEIROS. E eu penso isso: Que não pertenço a este lugar. Foi amor a primeira vista, que só percebi depois; depois de Titãs apresentaram-se Panic! At the Disco! e foi muito legal, e, infelizmente, nos primeiros 30 minutos de Linkin Park, passei mal pois não havia água para vender mais, e eu estava totalmente desidratada. Resultado: Cheguei em casa e fui escutar as músicas daquela banda brasileira, talvez gostasse das outras canções também.
Eu amei todos os álbuns, todas as músicas, sem exceção. Todos os 14 álbuns. Então aqui estão minhas sinceras desculpas, Titãs, por não ter prestado a devida atenção ao show de vocês. Em novembro do mesmo ano, fui a um show pequeno, Titãs e Raimundos. Cantei como se nunca houvesse cantado antes, já havia decorado todas as músicas do álbum novo, e ainda, por fim, peguei a baqueta que o baterista praticamente entregou a mim. Eu amo esta banda, mas o problema é que nasci na época errada. Titãs já tem trinta anos, seus integrantes, em torno de cinquenta cada. Haverá um dia que o inevitável acontecerá. E eu nunca vou me perdoar, por não ter ido em todos os shows que ocorreram deles, nunca vou me perdoar por ter ido ao Rio Grande do Sul ao invés de vê-los, em Copacabana, praticamente na varanda de minha casa; esta banda conseguiu conquistar meu coração, e não estou pronta para vê-los separados. Este texto é também para expressar o amor que sinto pela banda, antes que realmente se separem e digam que apenas o fiz pois acabou.
Não. Eu nunca terei a chance de ver Legião Urbana, Mamonas assassinas, Raul Seixas.
Isto já é um peso que carrego no meu coração, dói na alma;
Vocês podem estar achando o texto um pouco dramático, mas é o poder da música, alguns sentem, outros não.
Eu escuto mais música do que falo com pessoas, eu reflito mais sobre suas letras do que discursos do dia-a-dia. As canções me acompanham onde quer que eu vá, seja qual for meu gênero, raça, cor. Nada importa, as músicas comunicam-se com as pessoas, e junto com os livros e animais, são os melhores amigos que alguém pode ter.
Então, vou comparecer ao máximo de shows desta magnífica banda, e que ela dure enquanto durar, e não vou me abalar quando me dizerem: "Você não é dessa geração, músicas velhas, eu hein"
Ouço músicas velhas SIM, sou ultrapassada SIM, prefiro ler livros a falar com pessoas estúpidas de cabeça fechada TAMBÉM, e me deixe em paz. Tchau. Ouça Titãs quando tiver tempo.
quarta-feira, 3 de junho de 2015
Desabafo da semana #2
Em meus curtos e breves quinze anos, meu gosto musical foi se modificando perceptivelmente.
Antes, era dominada pela cultura Americana e seu famoso ''Pop-chiclete". Ouvia canções que estavam "na moda", e que tinham significados rasos.
Logo depois, descobri, por meio de amigos, o rock. Começando pelo rock melódico, depois para o metal, grunge. Escutei inúmeras bandas, americanas apenas; desprezava enormemente a música brasileira, e dizia com orgulho: "-eu odeio música brasileira".
Até que, um belo dia, meados de 2012, me deparo com uma música do gênero Funk. Isso mesmo, o tão condenado Funk. Era uma música totalmente superficial, mas que ficou na minha cabeça.
E eu tentava me convencer de que aquilo era algo mau, algo que precisava ser retirado da minha mente o mais rápido possível; até que eu analisei as letras das músicas americanas, e percebi o óbvio: as letras falam sobre as mesmas coisas: sexo, dinheiro, popularidade, beber, ser livre, ser feliz.
Eu comecei a ouvir, então, tais músicas brasileiras; comecei pelo mais fútil, sem razão alguma. Minto, popularidade; hoje em dia, convenhamos que uma melodia caoticamente escrita porém com um ritmo legal está em alta.
Tinha vergonha de ouvir músicas brasileiras; quando alguma tocava em meu computador, fazia questão de abaixar o som para minha família não ouvir.
Até que percebi que meu comportamento era ridículo e realmente passei a não ligar para a opinião dos outros, me libertei musicalmente, não importa quão cafona isto seja.
Comecei a ouvir, e há músicas que gosto muito, e as que não me agradam, como em qualquer elemento existente! Ouço pagode, funk, música clássica, sertanejo, pop, rock, metal, eletrônica, e se bobear ainda tento dançar forró. (Samba já tentei, mas prefiro a batida dos tambores) Sou eclética e amo as músicas de todos os países, sobretudo do meu país, que tem seus problemas, mas tem um legado cultural gigante!
Há Mc brinquedo, Anitta, Ludmilla, sim, e suas músicas são grudentas e ficam na cabeça, qual o problema? Não os-ouço com frequência, mas tem certas músicas da cultura atual que me agradam, não pela letra, apenas pelo ritmo, e daí que não é um Faroeste Caboclo? É apenas uma canção, para dançar, se divertir com amigos;
Mas depois da cultura atual brasileira, fui desenterrar a cultura antiga... e me apaixonei. Sinceramente.
Mas isso fica para o próximo Desabafo
Antes, era dominada pela cultura Americana e seu famoso ''Pop-chiclete". Ouvia canções que estavam "na moda", e que tinham significados rasos.
Logo depois, descobri, por meio de amigos, o rock. Começando pelo rock melódico, depois para o metal, grunge. Escutei inúmeras bandas, americanas apenas; desprezava enormemente a música brasileira, e dizia com orgulho: "-eu odeio música brasileira".
Até que, um belo dia, meados de 2012, me deparo com uma música do gênero Funk. Isso mesmo, o tão condenado Funk. Era uma música totalmente superficial, mas que ficou na minha cabeça.
E eu tentava me convencer de que aquilo era algo mau, algo que precisava ser retirado da minha mente o mais rápido possível; até que eu analisei as letras das músicas americanas, e percebi o óbvio: as letras falam sobre as mesmas coisas: sexo, dinheiro, popularidade, beber, ser livre, ser feliz.
Eu comecei a ouvir, então, tais músicas brasileiras; comecei pelo mais fútil, sem razão alguma. Minto, popularidade; hoje em dia, convenhamos que uma melodia caoticamente escrita porém com um ritmo legal está em alta.
Tinha vergonha de ouvir músicas brasileiras; quando alguma tocava em meu computador, fazia questão de abaixar o som para minha família não ouvir.
Até que percebi que meu comportamento era ridículo e realmente passei a não ligar para a opinião dos outros, me libertei musicalmente, não importa quão cafona isto seja.
Comecei a ouvir, e há músicas que gosto muito, e as que não me agradam, como em qualquer elemento existente! Ouço pagode, funk, música clássica, sertanejo, pop, rock, metal, eletrônica, e se bobear ainda tento dançar forró. (Samba já tentei, mas prefiro a batida dos tambores) Sou eclética e amo as músicas de todos os países, sobretudo do meu país, que tem seus problemas, mas tem um legado cultural gigante!
Há Mc brinquedo, Anitta, Ludmilla, sim, e suas músicas são grudentas e ficam na cabeça, qual o problema? Não os-ouço com frequência, mas tem certas músicas da cultura atual que me agradam, não pela letra, apenas pelo ritmo, e daí que não é um Faroeste Caboclo? É apenas uma canção, para dançar, se divertir com amigos;
Mas depois da cultura atual brasileira, fui desenterrar a cultura antiga... e me apaixonei. Sinceramente.
Mas isso fica para o próximo Desabafo
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